5 MENTIRAS SOBRE A DIETA CARNÍVORA – Episódio #945

Você já ouviu muitas coisas sobre a dieta carnívora, mas será que tudo o que dizem por aí é verdade? Neste episódio, vamos desvendar as 5 maiores mentiras que circulam sobre essa abordagem alimentar que tem transformado vidas, mas que ainda enfrenta muitos preconceitos e desinformações. Com base em anos de prática, estudo e relatos reais, vamos mostrar o que realmente importa para quem vive a dieta carnívora e deseja entender seus benefícios e mitos.
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Introdução: A Verdade Por Trás dos Mitos
Muitas pessoas falam sobre a dieta carnívora sem nunca terem experimentado, baseando-se apenas em mitos antigos, informações desatualizadas ou até interesses financeiros. A dieta carnívora, que consiste basicamente no consumo exclusivo de alimentos de origem animal, tem sido alvo de críticas infundadas. Mas quem realmente vive essa experiência há anos sabe que a realidade é outra.
Neste artigo, vamos abordar cinco mentiras frequentes sobre a dieta carnívora, trazendo evidências, relatos de quem pratica e explicações científicas, para que você possa formar sua opinião de forma consciente e informada.

1. A Dieta Carnívora Faz o Colesterol “Sair pelas Mãos”
Você deve ter visto a manchete sensacionalista sobre um homem que, supostamente, teve o colesterol tão alto que “saía pelas mãos” após seguir a dieta carnívora por 8 meses. Essa história ganhou as manchetes, mas a verdade é muito diferente.
O estudo em questão não era um estudo científico rigoroso, mas um relato de caso publicado numa seção da revista sem revisão por pares. O homem em questão consumia entre 2,7 a 4 kg de queijo por dia, além de barras de manteiga — algo que não caracteriza uma dieta carnívora tradicional, mas sim um consumo exagerado e desequilibrado de laticínios.
Mesmo com essa alimentação extrema, ele não apresentou problemas cardiovasculares, o que já desmonta a narrativa alarmista. Além disso, muitos influenciadores que criticam a dieta carnívora não se dão ao trabalho de verificar os detalhes, espalhando desinformação.

É importante lembrar que a dieta carnívora ainda possui poucas evidências científicas robustas, mas até hoje não há relatos confiáveis de efeitos negativos graves dela. Pelo contrário, existem muitos relatos de pessoas que melhoraram sua saúde, incluindo reversão de doenças autoimunes e metabólicas.

2. A Dieta Carnívora Causa Deficiências Nutricionais
Outro mito comum é que a dieta carnívora, por não incluir vegetais, causaria deficiências em nutrientes essenciais. Mas será que isso é verdade?
Quando comparamos alimentos de origem animal com os vegetais, as carnes ganham disparado em biodisponibilidade de nutrientes. Carnes e órgãos são fontes ricas e facilmente absorvíveis de vitaminas, minerais, proteínas e gorduras saudáveis. Além disso, alimentos vegetais contêm antinutrientes que podem prejudicar a absorção e causar inflamação intestinal.
Algumas pessoas que têm inflamações severas ou doenças autoimunes, por exemplo, precisam eliminar os vegetais para permitir a recuperação intestinal. Nesses casos, a dieta carnívora pode ser uma estratégia terapêutica eficaz.
Não existe nenhum nutriente vital que só esteja presente em vegetais, portanto, uma dieta carnívora bem planejada não leva a deficiências nutricionais. Exemplos históricos e atuais de povos como os inuítes, gaúchos e Massá, que vivem há gerações com dietas predominantemente animais, comprovam isso.
3. A Dieta Carnívora Não Tem Fibras e Prejudica o Intestino
Muita gente acredita que, por não ter fibras, a dieta carnívora prejudica o funcionamento intestinal. Mas na verdade, o contrário acontece.
As fibras são opcionais na nossa alimentação e, em excesso, podem causar constipação, gases e desconforto intestinal, especialmente em pessoas com intestino inflamado. Pessoas com constipação crônica melhoram muito ao reduzir ou eliminar fibras da dieta.
Além disso, o intestino pode produzir ácidos graxos de cadeia curta essenciais para sua saúde por várias vias, não apenas pela fermentação das fibras. Aminoácidos, corpos cetônicos e outros processos metabólicos também contribuem para isso.
Quem faz dieta carnívora geralmente tem menos resíduos para eliminar, o que diminui a frequência de evacuações, e isso é normal e saudável. O mito de que é preciso evacuar diariamente para ter um intestino saudável é falso.


Outro ponto importante é que a carne não “apodrece” no intestino. O processo de putrefação só acontece em matéria orgânica morta, e nosso sistema imunológico impede que isso aconteça enquanto estamos vivos. A digestão da carne é um processo enzimático complexo que não gera esse tipo de problema.
4. A Dieta Carnívora Acelera o Envelhecimento
Existe a crença de que a dieta carnívora aumenta o estresse oxidativo, produz radicais livres e envelhece a pele e o corpo. Mas a prática mostra o contrário.
Casos como o do Dr. Shawn Baker, médico e ex-atleta de alto rendimento que segue a dieta carnívora há quase uma década, e da Meg White, que segue a dieta há mais de 60 anos e tem 83 anos, demonstram que a dieta pode ser compatível com saúde e longevidade.

O que realmente acelera o envelhecimento é o excesso de açúcar e carboidratos, que causam glicação de tecidos, especialmente do colágeno, e aumentam a inflamação. A gordura saturada e as proteínas da carne ajudam a formar colágeno e a manter a pele saudável, especialmente em um ambiente com menos inflamação.
Nosso fígado produz toda a glicose que precisamos, e o carboidrato não é um nutriente essencial para os humanos. A ciência confirma que a necessidade diária de carboidratos é zero, e nós somos prova viva disso, correndo maratonas e mantendo saúde com zero carboidrato.
5. Carne Causa Câncer
Talvez o mito mais difundido seja que carne vermelha e processada causam câncer. Porém, as melhores evidências científicas disponíveis — revisões sistemáticas e metanálises de alta qualidade — mostram que essa associação é muito pequena e de baixa certeza.
Estudos amplos com populações enormes indicam que não é honesto afirmar que a carne causa câncer. Muitas vezes, a carne está associada com câncer em estudos observacionais apenas porque as pessoas que comem carne também têm outros hábitos ruins, como fumar, beber, sedentarismo e consumo de alimentos ultraprocessados.
O aumento real do câncer está ligado ao consumo crescente de alimentos ultraprocessados, ricos em óleos vegetais refinados, gordura hidrogenada e carboidratos refinados, e não à carne vermelha.


Populações indígenas e caçadores-coletores que consomem dietas ricas em carne não apresentam incidência elevada de câncer. O aumento do câncer é um fenômeno moderno, associado a estilos de vida industrializados e alimentação ultraprocessada.
Conclusão: A Dieta Carnívora é uma Opção Real e Saudável
A dieta carnívora não é para todos, mas é uma opção válida, natural e baseada na nossa evolução como espécie. Ela pode ser especialmente útil para pessoas que precisam reverter doenças autoimunes, inflamações crônicas e problemas metabólicos.
É fundamental fazer a dieta de forma adequada, consumindo proteínas e calorias suficientes e praticando exercícios físicos para evitar perda de massa muscular. Também é importante buscar orientação profissional e respeitar as necessidades individuais.
Acima de tudo, é preciso desconstruir os mitos e as fake news que cercam a dieta carnívora, buscando fontes confiáveis, estudos científicos de qualidade e ouvindo quem realmente pratica e estuda essa abordagem.
Compartilhe este episódio com quem ainda tem medo de experimentar ou entender a dieta carnívora. Informação correta transforma vidas!
