Repensando a gordura como combustível para exercícios de resistência

Há várias décadas, a dieta cetogênica vem se mostrando eficaz no tratamento e prevenção de várias doenças. Para saúde, sua segurança e eficácia tem um corpo de evidência bem consolidado. E no meio esportivo? Quem me acompanha certamente tem visto um bom acervo de artigos sobre o assunto.

Venho compartilhando artigos de alto nível (causais e não associativos), mostrando que a restrição de carboidratos pode, na verdade, otimizar a performance em atletas de resistência.

Uma coisa é sabida: quando há glicose disponível na corrente sanguínea, o corpo vai usar essa glicose para energia e inibir a oxidação da gordura. E se tiver glicose demais, mais gordura será gerada.

Sobre o assunto, há um artigo que propõe que a gordura seja a principal fonte de energia para exercícios de resistência. Nele, os autores relatam: “…as atuais táticas de abastecimento que enfatizam a ingestão de carboidratos antes e durante o exercício inibem a utilização de gordura”. “A abordagem mais eficiente para acelerar a capacidade do corpo de oxidar gordura é reduzir a ingestão de carboidratos na dieta a um nível que resulta em cetose nutricional enquanto aumenta a ingestão de gordura por um período de várias semanas”. “Neste artigo, revisamos essas novas descobertas e propomos que a mudança para ácidos graxos e cetonas como combustíveis primários, quando o carboidrato dietético é restrito, pode ser benéfica para alguns atletas”.

Fonte:

James P. Morton, Graeme L. Close. “Current controversies in sports nutrition”. 2015. European Journal of Sport Science 15:1, páginas 1-2.


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