MAIS CARNE PARA CURAR ft. Dra. Sara Marilyn – Episódio #630
Podcast
Hoje temos o prazer de conversar com a Dra. Sara Marilyn, uma profissional de saúde que passou por uma jornada incrível de superação e transformação. Após anos lutando contra diversas doenças e sintomas enquanto seguia uma dieta vegetariana e vegana, a Dra. Sara encontrou sua salvação na carne. Sua história é um testemunho poderoso sobre a importância de ouvir o próprio corpo e não se render a narrativas ideológicas quando se trata da saúde.
Conte-nos um pouco sobre sua trajetória e como chegou a esse ponto de virada em sua vida.
Desde criança, eu enfrentei diversos problemas de saúde, incluindo uma doença autoimune reumatológica chamada espondilite anquilosante. Apesar disso, cresci e me formei em Odontologia. No entanto, meus problemas de saúde continuaram e, aos 22 anos, decidi experimentar uma dieta vegetariana. Acreditava que essa mudança me ajudaria a melhorar, mas o que se seguiu foi uma verdadeira jornada de sofrimento.
Aos 27 anos, eu chegava a pesar apenas 38 kg. Enfrentava depressão, ansiedade, perda de memória, problemas menstruais e uma lista interminável de outros sintomas. Passei por diversos tratamentos, dietas e terapias, mas nada parecia funcionar. Fiquei cada vez pior, tanto física quanto mentalmente.
O que te fez finalmente tomar a decisão de voltar a comer carne?
Eu estava completamente desesperada. Havia tentado de tudo, desde dietas vegetarianas “limpas” até jejuns prolongados e detoxificações, mas nada me trazia a melhora que eu tanto buscava. Foi então que comecei a observar alguns amigos que haviam sido vegetarianos e veganos, mas que decidiram voltar a comer carne. Eles pareciam estar muito melhores, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Isso me fez questionar tudo o que eu acreditava.
Em 2019, finalmente tomei a decisão de experimentar comer carne novamente. Foi uma decisão difícil, pois eu estava muito envolvida na ideologia vegetariana/vegana. Mas, no fundo, eu sabia que precisava fazer algo diferente para recuperar minha saúde.
E como foi essa transição de volta à alimentação à base de carne?
Quando comi carne pela primeira vez depois de anos, foi uma experiência surreal. Senti uma explosão de energia, clareza mental e bem-estar que eu não experimentava há muito tempo. Foi como se meu corpo tivesse voltado à vida. Aos poucos, fui notando a melhora em diversos aspectos, desde meu humor e disposição até a resolução de problemas crônicos, como a síndrome do intestino irritável e a queda de cabelo.
Hoje, após mais de 4 anos seguindo uma dieta baseada principalmente em carnes, me sinto no meu melhor estado de saúde. Consigo fazer atividades físicas que antes eram impensáveis, como surf, acrobacia e CrossFit. Minha doença autoimune está completamente controlada, sem a necessidade de medicamentos. Estou vivendo minha melhor versão.
Você mencionou que passou por uma série de problemas de saúde durante o período vegetariano/vegano. Pode detalhar um pouco mais sobre isso?
Sim, a lista é extensa. Enfrentei anemia, infecções recorrentes, depressão, ansiedade, perda de memória, problemas menstruais, síndrome do intestino irritável, micoses, mãos e pés constantemente frios, transtorno disfórico pré-menstrual, noctúria (acordar à noite para urinar) e uma série de problemas de pele, como eczemas e dermatites. Cheguei a ficar 4 anos sem menstruar. Foi realmente um período de muito sofrimento físico e mental.
O mais preocupante é que eu estava constantemente buscando soluções, fazendo detoxificações, jejuns e mais restrições alimentares. Mas, na verdade, o problema era a própria dieta vegetariana/vegana, que me privava de nutrientes essenciais. Só quando voltei a comer carne é que consegui resolver a maioria desses problemas.
E como tem sido sua relação com o jejum desde então?
O jejum foi uma ferramenta muito importante no meu processo de recuperação. Cheguei a fazer jejuns prolongados de até 21 dias, o que me ajudou a regenerar meu organismo. Atualmente, ainda faço jejuns, mas de forma mais esporádica, geralmente de 24 a 72 horas.
Inclusive, organizo retiros de jejum e saúde holística, onde as pessoas têm a oportunidade de experimentar os benefícios dessa prática ancestral, aliada a outras terapias como yoga, meditação e terapias corporais. Esses retiros têm sido transformadores na vida de muitas pessoas.
Você mencionou que sua mãe também se beneficiou dessa abordagem. Pode nos contar mais sobre isso?
Sim, minha mãe é um dos meus maiores testemunhos. Aos 73 anos, ela conseguiu reverter completamente a espondilite anquilosante, uma doença reumática grave pela qual ela estava sendo tratada com fortes imunossupressores e quase ficando paralisada. Após adotar uma dieta à base de carnes, com a inclusão de jejuns e outras terapias, ela se livrou por completo dessa doença. Hoje, ela faz musculação, caminha e leva uma vida ativa, sem nenhuma medicação.
Casos como o da minha mãe me motivam ainda mais a compartilhar essa mensagem. Acredito que muitas doenças modernas podem ser revertidas através de hábitos ancestrais, como a alimentação baseada em carnes e o jejum. Meu maior desejo é poder ajudar o maior número de pessoas a recuperarem sua saúde e qualidade de vida.
Você mencionou que organiza retiros de saúde. Pode nos contar um pouco mais sobre essa experiência?
Sim, os retiros que organizo são muito especiais. Eles se diferenciam dos retiros convencionais por serem focados em uma alimentação à base de carnes, aliada a práticas como yoga, meditação, terapias corporais e palestras sobre nutrição e estilo de vida saudável.
Realizamos esses retiros tanto aqui em Angola quanto em Portugal. Eles duram geralmente 3 a 4 dias, com atividades diárias na praia, como terapia com argila, caminhadas e banhos de mar. Também incluímos sessões de sauna, acro yoga e muito tempo para conexão e troca entre os participantes.
Tenho a intenção de levar essa experiência também para o Brasil em breve. Estou planejando realizar um retiro na região de Itaipava, no Rio de Janeiro, ainda este ano. Fiquem atentos às minhas redes sociais para mais informações!
Quais são seus cortes de carne favoritos?
Eu sou apaixonada por carne! Alguns dos meus favoritos são a picanha, o filé-mignon e o uc̜o (o rabo) do boi. Adoro também a língua de vaca, quando bem preparada. Mas gosto de variar bastante, consumindo carnes de diferentes animais, como cabrito, porco e aves. Sempre dou preferência para carnes de animais criados em pasto, pois acredito que sejam mais nutritivas e éticas.
Você tem alguma mensagem final para quem ainda está em dúvida sobre a alimentação à base de carne?
Minha principal mensagem é: mantenham a mente aberta e não se conformem com a dor ou com os problemas de saúde. Muitas vezes, somos conduzidos por narrativas ideológicas que não condizem com a realidade do nosso corpo. Não tenha medo de questionar e experimentar uma abordagem diferente, como a alimentação carnívora.
Minha história é prova de que é possível reverter doenças crônicas e recuperar a saúde através de hábitos ancestrais. Não se deixe levar por documentários e informações enviesadas. Busque fontes confiáveis e, acima de tudo, confie no seu próprio corpo. Ele sabe exatamente o que precisa para se curar e florescer.
Sigam-me no Instagram (@drasaramarilyn) para ter acesso a mais informações sobre meu trabalho e minha jornada de saúde. Estarei de braços abertos para recebê-los em um de meus retiros, onde poderão vivenciar essa transformação por si mesmos. Juntos, podemos mudar vidas e construir um futuro mais saudável.
Perguntas Frequentes
Quais são os principais benefícios da dieta carnívora?
A dieta carnívora pode trazer diversos benefícios, como a resolução de problemas de saúde crônicos, melhora do humor e da disposição, equilíbrio hormonal, fortalecimento do sistema imunológico e maior performance física. Muitas pessoas também relatam melhora no sono, na pele e na saúde mental.
Não há risco de deficiências nutricionais na dieta carnívora?
Não, desde que a pessoa consuma uma variedade de carnes, incluindo cortes nobres, miúdos e gorduras, não há risco de deficiências nutricionais. Todos os nutrientes essenciais para a saúde humana estão presentes em alimentos de origem animal. Populações tradicionais, como os inuítes, viveram por séculos exclusivamente de uma dieta carnívora sem apresentar problemas de saúde.
Quais são as principais diferenças entre uma dieta vegetariana/vegana e a dieta carnívora?
A principal diferença é a fonte de nutrientes. Enquanto a dieta vegetariana/vegana depende de fontes vegetais, muitas vezes insuficientes ou de difícil absorção, a dieta carnívora fornece todos os nutrientes essenciais em suas formas mais biodisponíveis. Isso se traduz em melhores resultados para a saúde, tanto a curto quanto a longo prazo.
Quais são os principais desafios de implementar uma dieta carnívora?
O principal desafio é superar as crenças e narrativas predominantes sobre a alimentação, que muitas vezes demonizam o consumo de carne. Também pode ser um desafio encontrar fornecedores confiáveis de carnes de boa qualidade. No entanto, com o crescimento dessa abordagem, essas barreiras têm se tornado cada vez menores.
Você recomenda que as pessoas façam acompanhamento médico ao adotar a dieta carnívora?
Sim, é altamente recomendado que as pessoas tenham acompanhamento médico, especialmente no início da transição. Alguns parâmetros, como perfil lipídico e hormonal, podem sofrer alterações significativas, e é importante monitorá-los de perto. Profissionais de saúde atualizados sobre essa abordagem podem ajudar a garantir uma transição segura e eficaz.
Obrigado pela oportunidade de compartilhar minha história. Espero que ela inspire e empodere outras pessoas a buscarem a saúde e o bem-estar através de hábitos ancestrais. Juntos, podemos mudar vidas e construir um futuro mais saudável.