INFLAMAÇÃO CRÔNICA, EXERCÍCIO E LOWCARB – EPISÓDIO #344

Podcast:

Transcrição:

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Olá, boa noite. Hoje é quinta-feira, 6 de julho de 2023. Estamos iniciando mais uma live incrível do Atletas LowCarb com duas… Cara, não são nem convidadas, né? São sócias-fundadoras que só dão um show aqui de conhecimento. A Maria Vitória, que é a sócia-fundadora, está de volta aqui depois de um tempão aí na faculdade, sugando o seu tempo. Ela está aqui de volta. Seja muito bem-vinda de volta, MV. É nóis, brigadão, André!

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Gisele, professora, mestra, atleta, nutricionista, cara, quanto se eu for falar com você. Nética não! Boa noite! Gisele, Gisele, esteja muito invida novamente. Gisele, afasta um pouquinho, Gisele, por favor, aqui, só pra gente ver aquela bicicleta ali atrás, olha só. Ah, a bicicleta! Tem uma grelha pra lá, lá ó. Olha só, a Gisele já teve uma… Olha, uma atleta!

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Um tempo aqui a gente falou do ciclismo, né? Segue o Instagram dela pra vocês verem. A menina é atleta braba. Vai em jejum, faz uns 100 horas de pedal em jejum. E se a gente for falar o currículo? Se a gente for falar o currículo o dia inteiro, né? Oi? Se precisar a gente pedala o dia inteiro, corre o dia todo. Se a gente for falar o currículo da Gia, que nós vamos ter que fazer uma live só pra falar o currículo da Gia. Bom, Gisele é formada em Educação Física, desde que eu falo.

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Aí você completa, tá, Gi? A Gi é formada em educação física, ela tem PhD, ela tem doutorado, ela é professora da UFMG, ela é cientista, ela é minha orientadora no meu TCC, no meu projeto de pesquisa. Que mais? Ela é ciclista, ela é… Esse é o principal, esse é o mais importante. Ciclista.

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Nutricionista e Educadora Física, ela tem duas graduações, mais PhD, mais doutorado, que mais você tem? Não, só isso. Só isso. Tá bom. Eu tenho a honra de ter a Maria Vitória como minha aluna de Iniciação Científica, na verdade ela é a aluna mais disputada na UFMG, todos os professores.

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ficam requisitando a Maria Vitória para os laboratórios de pesquisa, mas a Maria Vitória é minha. Não, não aceito mais nenhum convite. Na verdade, eu que fui atrás da G, né? Que a Giselle é, acho que a única, não conheço mais ninguém ela na UFMG, que entende de estratégias low carb, cetogênica, né? Infelizmente, ela não é do departamento de nutrição, eu tive que pular para outro departamento para poder pegar a G, mas dentro da comunidade… E na verdade, Maria Vitória, porque a gente vê o contrário, né?

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Existe muito preconceito e a gente percebe, às vezes, até um certo… Uma certa rivalidade, vamos dizer assim. E tá todo mundo indo pro mesmo objetivo, o que todo mundo quer é a saúde do paciente e os utricionistas ainda ficam brigando muitas vezes. Até que eu tô percebendo lá na faculdade, tá começando a ter uma abertura, sabe, G?

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Parece que parece que o nível de evidência já é tão absurdamente alto que os professores de universidades federais eles são mais atentos à evidência científica. Então eu tô percebendo que tá começando, sabe? Já se fala de low carb, alguns professores ainda falam mal, mas muitos professores já falam bem, muitos professores já aceitam isso como uma estratégia interessante. Então o nível de evidência tá ficando tão alto que já tá ficando chato, né?

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No nível que a gente conversa aqui, no nosso nível de papo aqui no Atletas Low Carb, eu acho que ainda vai demorar um tempinho ainda para chegar firme mesmo lá no departamento de nutrição. Mas aí isso é uma jóia rara, né? Você é a jóia rara dentro da UFMG. E quando eu consegui entrar, eu falei, cara, eu vou atrás da Agil o mais rápido possível.

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pra gente começar a fazer trabalho juntos e os professores realmente eles ficam atrás de mim. Eu já recebi convite de vários professores pra fazer parte desse projeto de pesquisa deles. Eu agradeço, né, com muito respeito, mas meu coração é da Low Carb. Foi o que eu falei ontem, né, NB? Você tá lá na faculdade só porque você precisa do título, né? Porque o conhecimento… Ah, mas tem muita coisa que a gente aprende, né? A gente já sabe… eu falo que eu aprendi Low Carb de trás pra frente, né? Eu aprendi das patologias e do tratamento.

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Então, quando eu entrei na faculdade, teve muita coisa, principalmente agora no ciclo básico, que eu terminei o ciclo básico agora. No ciclo básico tem muita coisa nova, assim, que eu tive que aprender, muitos mecanismos, né? A parte de bioquímica eu já sabia muita coisa, mas alguns detalhes assim a gente precisa aprender, né? Então, acaba que a gente aprende muita coisa. Mas o fato da gente entrar na faculdade já com mais experiência e vim de fora para dentro…

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É muito legal, é muito legal a gente aprender o ciclo básico, aqueles detalhezinhos, né? Que a gente já sabia o que acontece, a gente já sabe como aquilo vai se dar lá na frente, né? Eu acho isso muito legal. Mas é lógico que tem muita coisa para aprender, sem dúvida. Agora no ciclo clínico, com certeza também vou ter alguma coisa para aprender. E vamos lá, é um negócio que realmente é fascinante, fazer mais um curso superior nessa outra área.

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Putz, é bravo, mas vamos lá, estamos aqui para vencer. Maravilha, para quem está chegando agora, para quem está acompanhando, peça o desde lá que compartilha, tá? Assim como a Maria Vitória falou, cara, tem muitas pessoas que na academia hoje estão despertando para esse movimento de comida de verdade, porque o movimento, as evidências são tão robustas que se torna incontestável, não tem mais o que o ego vai baixando e você vai aceitando as evidências. Só que aqui no Atletas LowCarb já há anos.

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a cerca de cinco anos a gente vem trazendo profissionais como a Gisele e a Maria Vitória, atletas que se torne contestável, né? Então, se você tá chegando aqui agora, compartilha, tá? Compartilha, porque quanto mais difundir, melhor pra todos, né? A boa informação vai sendo propagada, tá? Vamos lá, pra quem tiver aqui alguma dúvida, algum comentário, deixa aqui, tá? Deixa aqui o comentário no Instagram, no YouTube. Alguém falando que o sul está muito ruim, a voz tá duplicada.

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Eu deixei aqui no YouTube, tá fixado, no Instagram, para vim, venham para o YouTube, tá? Venham para o YouTube, aqui o som tá maravilhoso. Então, você vai conhecendo aqui. Se o som para você tiver com eco, tiver ruim no Instagram, pode vir para o YouTube, o link tá aqui, tá bom? youtube.com/atletas/lowcarb, tá? Venham simbora. Não estamos conseguindo escutar, alguém falou aqui. Tá fixado aqui, Gi. Venham para o youtube.com/atletaslowcarb, tá?

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E aí aqui o som tá maravilhoso. Vamos lá, Gi, pra gente começar o tema, inclusive, quando o convite foi feito, inclusive, a Maria Vitória, cara, num postagem que a gente fez semana passada com a Gi e a Maria Vitória, cara, vamos marcar outra, vamos. E aí quando falei com a Gisele, olha, vamos marcar essa semana agora, você pode? Posso. Que tal a gente falar sobre inflamação crônica e exercícios e low carb? Exatamente o tema que tem hoje. E aí, Gisele, pra quem tá chegando aqui agora, o que é inflamação?

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Para a gente começar a entender o contexto, porque por um lado a inflamação é boa, sempre acontece inflamação no nosso corpo, mas tem um cenário que pode ser precisado de atenção. Então, para quem está chegando aqui agora, o que é inflamação? Sim, inclusive quando eu estava conversando com a Maria Vitória sobre esse tema, a ideia era exatamente associar a low carb com a inflamação crônica e o exercício. A inflamação, a gente precisa diferenciar a inflamação crônica…

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da inflamação aguda, acho que a primeira coisa, a inflamação aguda ela é importante, ela é benéfica, inclusive se a gente pensar no contexto de exercício, né, quando uma pessoa faz uma sessão ali de um treino na academia, de uma musculação, o que vai acontecer ali para que a pessoa tenha hipertrofia é exatamente um processo inflamatório, inicialmente a pessoa tem uma micro lesão no músculo e é a inflamação.

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o reparo daquela micro lesão que vai culminar na hipertrofia muscular. Então essa inflamação aguda, ela é muito benéfica. O problema é quando a gente tem a inflamação crônica, aquela inflamação subclínica. A gente já sabe que estratégias alimentares que diminuem essa inflamação, uma das principais causas da inflamação crônica é exatamente…

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a hiperinsulinemia. Então a dieta low carb, uma vez que ela reduz a insulina, ela tem um papel essencial ali na redução da inflamação, por isso que essa estratégia tem sido associada na diminuição ali do diabetes, síndrome metabólica, a existência insulínica, sobrepeso, obesidade. Agora, do outro lado,

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também atua na prevenção e no tratamento dessas mesmas doenças crônicas não degenerativas exatamente pelo fato de reduzir a inflamação. Então imagina quando a gente consegue juntar as duas coisas, a melhor estratégia alimentar com o exercício físico que também tem esse potencial.

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de reduzir a inflamação. A gente tem a famosa pílula mágica, né? Antigamente, a gente acreditava que hormônios eram produzidos apenas pelas glândulas endócrinas, hipófises, hipotálamo, tireoide, glândula subrenal, mas hoje o tecido muscular tem sido visto como um órgão endócrino, exatamente porque ele produz hormônios que vão atuar.

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longe, distante do tecido muscular. Uma vez que ele percorre, a medida que ele alcança circulação sistêmica, ele pode atuar longe, reduzindo a inflamação. No conjunto, esses hormônios são chamados de miocinas, porque eles são produzidos pelo músculo. E em que contexto, em que situação que a gente tem a produção dessas miocinas? Exatamente durante a contração.

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Então é durante o exercício físico que a gente tem a produção dessas citocinas anti-inflamatórias. E eu acho engraçado, a gente tem um jargão, eu tenho certeza que todo mundo já ouviu uma frase, deixa só lembrar, o exercício não compensa uma dieta ruim, a gente já cansou de ouvir essa frase e eu super concordo com essa frase.

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Eu discordo um pouco quando algumas pessoas falam que o exercício não emagrece. Na verdade eu acho essa visão mais reducionista. Se a gente olhar de uma forma mais ampla, o exercício junto com a alimentação, ele é essencial no emagrecimento. E quando eu falo isso, eu não estou falando de, pelo fato do exercício…

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aumentar gasto energético, que isso também acontece. Eu não estou falando pelo fato do exercício aumentar taxa metabólica de repouso, eu estou falando exatamente pela função do exercício de promover esses sinalizadores, esses mediadores bioquímicos. Então o exercício junto com a alimentação, na verdade eu não consigo dissociar o exercício da alimentação num processo de emagrecimento.

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A gente até consegue ver uma pessoa que consegue inicialmente ter um resultado só com a alimentação, uma pessoa que sai de um contexto ali, uma pessoa sedentária, que tem a alimentação à base de fast food, só farinha, açúcar, se a pessoa retirar isso daí, ela tem um resultado fantástico. Mas a manutenção do peso e até a continuação de um processo de emagrecimento?

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ele demanda a presença de um exercício físico. Exatamente porque o exercício físico, ele reduz a inflamação crônica. Isso, hoje, sem contar o papel do exercício físico na resistência solínica, né? Que eu falo muito lá nos meus stories, né? E eu vejo que você me acompanha como que principalmente a musculação, os exercícios de força, como que eles são importantíssimos para ajudar na…

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na captação da glicose, pela aquela mecana transdução que eu acho fantástico, como que o fato só de você movimentar o músculo já joga os receptores de glicose para a membrana da célula e ajuda na captação de glicose, porque você está com um defeito ali no receptor de insulina, a pessoa que está com resistência insulínica, a insulina não está…

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tá funcionando direito lá o receptor tá chegando insulina demais, tá com muita insulina e muita glicose no sangue e o músculo está perdendo a capacidade dele de captar glicose. Aí a pessoa vai lá começa a fazer exercício físico só de movimentar, já joga o receptor da glicose para membrana para começar a captar mais glicose e se ela entra com uma dieta de baixo carboidrato aí a mágica acontece porque ela para de fazer o pâncreas pro…

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produzir aquele monte de insulina e ela começa a atacar o problema de dois lados ao mesmo tempo. Então isso é muito legal. E detalhes, gente, tem outra coisa também, no papel da massa magra, no papel do ganho muscular no emagrecimento.

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é o fato de quando você faz exercício de força, você gera hipertrofia, com mais hipertrofia você tem uma taxa metabólica basal maior, quanto mais músculo a pessoa tem, maior tem que ser o metabolismo dela, mais energia ela vai gastar para poder manter aquela quantidade de músculo, mais calorias ela vai ter que gastar para poder manter aquilo ali. E se você consegue ter isso a longo prazo, principalmente depois dos 40 anos,

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que é quando a gente tem um decréscimo maior de massa magra, né? É fantástico, fantástico! Você consegue manter o seu metabolismo funcionando bem após os 40 anos. Isso pra velhice, gente, é incrível! Porque muita coisa que as pessoas não param pra pensar, o que que faz uma pessoa idosa ir perdendo capacidade? O idoso vai ficando frágil à medida que ele vai perdendo músculo. É o músculo que sustenta o idoso, gente!

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Então quando que a pessoa começa a ter um decréscimo de funcionalidade depois na vida idosa, né? É quando ela vai perdendo capacidade muscular.

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é quando ela não consegue mais andar direito, quando ela não consegue mais ficar em pé, porque começa a sentir dor no corpo inteiro, porque dói as pernas, dói tudo, né? Que minha mãe fala, a famosa dor na escadeira, eu tenho dor na escadeira. Por quê? Porque ela tá perdendo músculo, ela não consegue mais tomar banho sozinha, a pessoa não consegue mais levantar da cama sozinha, a pessoa não consegue mais fazer compras sozinha, ela vai perdendo a autonomia dela porque perde músculo.

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E aí ela começa a ter outras coisas também da vida idosa, dessa parte, que ela começa a ficar com menos fome, com menos músculo, ela tem um metabolismo ainda mais lento, a necessidade energética dela vai só caindo. Então, isso tudo é um conjunto. E se a pessoa não tem uma alimentação adequada, ela vai ficar com a inflamação crônica subclínica, que nós vamos falar daqui a pouco, né, Gi? A inflamação dela está alta, o que também ajuda a perder mais músculo.

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Quanto mais inflamação crônica a pessoa tem, mais músculo ela perde. Quanto mais resistente a insulina, mais músculo ela perde. É uma bola de neve ruim que acontece, né? E aí eu vejo um dos grandes problemas de… Só voltando para o emagrecimento, que boa parte das pessoas elas não querem se esforçar para emagrecer. Acaba muitas vezes sem querer mudar hábito e tenta compensar exatamente o que a G falou. Cara, uma…

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exercício físico não compensa uma mala limitação. Tem estudos comprovando o que a G falou de um outro aspecto. Pessoas sedentárias tendem a ter uma expectativa de vida menor, tendem a viver menos. A atividade física é essencial, fundamental. O estilo de vida envolve atividade física, comida de verdade e outros fatores, qualidade do sono, manejo do estresse. Mas pessoas, de um modo geral, querem compensar uma mala limitação se esforçando demais na academia e isso é frustrante. Algumas

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mas a grande maioria não vai ter a mal alimentação compensada pelo excesso de exercício, né? E aí, pra longevidade, como a Maria Vitória falou, é essencial, né? Sim, e a Maria Vitória colocou bem essa questão do tecido muscular como importante marcador de longevidade e por que o tecido muscular? Porque ele também está associado com função mitocondrial. E isso…

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é função do exercício, é onde eu falo que eu não consigo dissociar a alimentação do exercício físico. Quando as pessoas falam, mas para emagrecer só alimentação é suficiente, eu acho que é suficiente até a página dois. Até um certo ponto. Exatamente igual que se a gente pensa aqui na função mitocondriál se a gente pensar num carro.

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Se a gente colocar uma gasolina aditivada, uma gasolina de autoctanagem no carro, mas deixar esse carro parado, a gasolina de autoctanagem não vai impedir ali danos futuros no carro. Esse carro precisa estar em movimento. Nós somos uma máquina mecânica semelhança de um carro. Então biogênese mitocondrial, formação de novas mitocôndrias, repago de mitocôndrias, a alimentação não faz isso.

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A ausência da alimentação faz, o jejum faz isso, mas a alimentação em si não. Quem faz biogênese mitocondrial além do jejum é exatamente o exercício físico. Então o exercício físico ao promover, ao aumentar massa muscular, ao preparar mais as mitocônias, isso daí são marcadores de longevidade que estão relacionados única e exclusivamente ao exercício físico.

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Então, eu não consigo dissociar a alimentação do exercício físico. E muito interessante, quando a gente faz exercício físico, principalmente musculação, que a gente tem liberação de ácido lático, o ácido lático, ele sinaliza na mitocôndria, né? Ele sinaliza a mitocôndria para usar mais gordura como fonte de energia. Sim, sim. Essa deogênese mitocondrial é fantástica. E quando a gente faz exercício físico…

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junto com uma dieta de baixo carboidrato, que obriga o nosso organismo a buscar uma outra fonte de energia, que é a gordura, a gente passa exatamente por esse período chamado de cetoadaptação, que é quando a gente está ali fazendo biogênese mitocondrial, multiplicando as mitocôndrias, porque a quantidade de energia vinda de gordura, gente, é absurda, absurda! É exatamente isso que marca o período de cetoadaptação, porque quando você troca de combustível, quando você está usando carboidrato…

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Aí a gente vai até entrar nisso daqui a pouco, mas a gente não precisa de tanta mitocôndria. A gente tá ali. Aí quando a gente troca de combustível, a gente entra em cetose e começa a obrigar o nosso organismo a utilizar mais gordura como fonte de energia, esse período de certa adaptação é justamente o período onde você tá produzindo mais mitocôndrias, produzindo mais enzimas, pra dar conta de utilizar aquele monte de energia que tá começando a chegar na célula. E nesse período é quando a gente tem essa queda de rendimento.

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que demora aí pelo menos umas duas semanas inicialmente, depois mais ou menos quatro a oito semanas, que é quando você está multiplicando suas mitocôndrias. Por isso que a gente tem essa queda de rendimento, que as pessoas não entendem. É isso, seu organismo está começando a ficar muito eficiente agora para poder utilizar gordura como fonte de energia, só que você tem que ter o exercício físico aliado do dieta. Sim. Olha só, deixa eu só falar a mesma coisa de Vitória só de uma outra perspectiva. Algumas pessoas leigam as Vitórias.

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acham que a cetogênica é algo muito diferente porque acaba forçando o corpo a funcionar diferente. A Vitória usou uma expressão agora que quando a gente faz low carb, força o corpo a usar gordura, o que é verdade. Mas olhando de outra perspectiva, é que essa dieta equilibrada com muito carboidrato atrofia nossa capacidade natural de usar gordura corporal para a energia. É a mesma coisa, porque todo mundo já nasce, já vem de fábrica com a capacidade natural de usar gordura para a energia. E esse estilo de vida inadequado…

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com a enxurrada de carboidratos, dietas equilibradas, comendo tudo um pouco, acaba atrofiando essa capacidade metabólica que é natural, né Gisele? Sim, sim. E voltando à questão da inflamação crônica, se a gente pensar ali nas duas miocinas mais, vou colocar as mais famosinhas e as mais estudadas, que são interleucina 6 e irisina. A irisina foi descoberta em 2012. E olha só que legal.

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ela consegue, a gente tem dois tipos de tecido de pouso, vou tentar falar de forma bem acessível, de forma bem simples, tecido de pouso branco e marrom. A irisina atua fazendo o que a gente chama de browning, o que que é isso? Ela consegue, o tecido de pouso branco é como se ele tivesse uma conformação ilibioquímica mais voltada para produzir e estocar gordura, então o tecido voltado para estoque, ele é mais inédito. O marrom…

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ele consegue oxidar, ele consegue utilizar essa gordura. A irisina, interleucina 6, ao serem liberadas pelo músculo, conseguem chegar lá no tecido adiposo e mudar essa conformação, esse perfil bioquímico de forma que o adipócito agora consegue usar a gordura que está lá dentro. Porque utilizar a gordura, o corpo também tem que estar apto a isso.

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Então, a liberação dessas citocinas, além de reduzir a inflamação, conseguem facilitar, fazer com que a célula, fazer com que o adipócito saia desse modo de armazenar gordura para um modo de queimar gordura. E é outro fator que eu não consigo dissociar o exercício da alimentação pensando…

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no emagrecimento porque é muito acho que as pessoas já têm mais introjetado a questão de hipertrofia muscular não é possível acontecer se não tiver o estímulo do exercício ali, as pessoas já internalizaram isso. Agora no emagrecimento acho que algumas pessoas ainda ficam, eu sei que a alimentação é mais importante que o exercício, mas quando a gente tem os dois juntos.

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a gente potencializa, a gente maximiza o resultado. Exatamente, e uma coisa que é muito interessante, as pessoas que falam que não tem como emagrecer se você fizer atividade física sem dieta, a atividade física não emagrece porque tem aquele efeito da supercompensação. Realmente, o efeito da supercompensação pode até ocorrer se a pessoa come muito produto industrializado, que eles têm grande carga calórica em pequenas porções e carga de carboidrato.

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enormes, né? Agora, quando a pessoa faz uma dieta de baixo carboidrato, a gente fica muito saciado. Para vocês terem ideia, o iogurte que eu comi aqui agora foi a minha segunda refeição do dia. Não era munguzá, não? Não era munguzá, não. Não era munguzá, era iogurte integral, você acredita? Com gordura. A gente vai para Recife só para comer munguzá. Nós vamos ter que ir lá agora em Recife para provar esse tal de munguzá.

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Mas era em útero integral com muita gordura saturada, da boa. E aí, o que que acontece? Eu hoje de manhã fiz treino de tiro, tiroteio danado, estava dando o último tiro lá pra 354. Dizem que não temos energia, né? E eu faço dieta carnívora. Minha dieta é quase zero carboidrato. O carboidrato que tem lá é só da gema do ovo. Aí fiz um tiroteio hoje de manhã aqui na Andradas.

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passou uma hora depois que eu treinei, eu bati um pratão de costela de porco maravilhoso e só fui comer de novo agora. Muito provavelmente hoje eu não vou bater a quantidade de calorias que eu preciso e estou completamente sem fome, eu comi isso aqui e toa, poderia não ter comido que eu tava sem fome. Então essa é a grande diferença, uma coisa é o efeito compensativo, né?

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do exercício físico, esse efeito da supercompensação, você faz mais exercício, você come mais, isso é verdade. Inclusive, tem dias que eu faço o treino longo que realmente eu sinto mais fome do que o normal. Mas quem faz low carb não consegue comer a quantidade de comida e calorias que a pessoa…

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que não faz low carb, que come comida ultraprocessada, come. Tanto é que a gente tem estratégias low carb para atletas, que são estratégias hipercalóricas. A gente tem que adicionar gordura na dieta pro atleta da conta, de comer a quantidade de calorias que ele precisa comer. Não é fácil. Não é fácil, é. Não é fácil, né, Gi? Outro dia eu tava até ajudando um ciclista com a alimentação dele, aí ele foi me falar.

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o que ele come, ele treina muito, participa de competição, vai participar de uma agora no final do mês aí ele foi me falando o que ele come por dia, eu falei gente do céu, como é que eu vou fazer e pra complicar ele era vegetariano, como é que eu vou colocar só comida de verdade com esse volume que ele come pra bater a meta dele de proteína? É fácil, é muita comida

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É muita comida e você tem que entrar com suplementação, você tem que entrar com suplementação de proteína, você tem que entrar com as fat bombs, que são os docinhos low carb, que são feitos com óleo de coco, TCM…

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cacau, manteiga, justamente para aumentar o aporte calórico, porque a gente não consegue comer, um atleta, o cara dificilmente consegue comer tudo em forma de comida mesmo, pratão, né? A gente acaba tendo que suplementar com um óleo de coco, um azeite, porque é diferente da pessoa que está querendo emagrecer, é um papo que é diferente. A pessoa que quer emagrecer, ela vai aproveitar o exercício físico sem ficar enfiando gordura na alimentação.

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ela vai comer comida de verdade, aproveitar a gordura natural dos alimentos e aproveitar que ela vai ficar sem fome e ganhar o brinde, as calorias que ela gastou lá no exercício físico. E olha só que curioso, a MV tá falando de emagrecimento, a G também falou de emagrecimento, não sei se vocês já viram, mas tem um estudo mostrando que pessoas que seguiram a dieta cetogênica, por exemplo, emagreceram mais do que quem seguiu a dieta da pirâmide alimentar, mesmo comendo 300 calorias a mais, os homens.

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mesmo comendo mais calorias, emagreceu mais, queimou mais gordura. Isso é mais uma prova de que é sobre qualidade, né? O impacto metabólico do alimento, assim como está sendo explicado aqui, quando a gente fala em emagrecimento, queimar gordura, né? Sim, porque emagrecimento não é só aquela matemática, né, do vermelho e gastar mais, né? A gente está falando aqui de uma cascata hormonal, de várias coisas que podem…

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te colocar no fluxo do emagrecimento, né, ou te colocar com outra, imagina ele nada, a contraporrenteza, né? Então isso vai além da continha, ele come menos e gasta mais, vai muito além disso, né? G, voltando para o tema aqui, inflamação crônica. A obesidade é um estado inflamatório, mas para quem está chegando aqui agora e quer se identificar que tipo de inflamação crônica a gente pode obter benefícios…

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aliando atividade física e comida de verdade, low carb. Que tipo de inflamação crônica? Como assim? Sim, por exemplo, para quem tem enxaqueca, rinite, asma, que são processos inflamatórios que podem obter benefícios melhorando o estilo de vida. Ah, tá. Outras situações além do sobrepeso, obesidade, né? Exato. Todas as itis aí, né, que vão desde… Tudo que envolve inflamação.

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Você falou desse ilusite, rinite, que mais gente cita? Asma, inchaqueca, que mais? Qualquer inflamação que a pessoa tiver, até doenças bacterianas, tipo candidíase, com low carb também desaparece. Psoríase, doenças de pele, enxaqueca, epilepsia.

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Muitas das doenças autoimunes também, né? Tipo artrite e reumatoide, né? Doenças autoimunes, a gente pode citar, além da artrite, autismo. Autismo é considerado, e eu tô falando isso porque eu tô trabalhando com o autismo agora. É considerado uma doença autoimune. A gente tá fazendo um projeto de doutorado utilizando dieta cetogênica em crianças com autismo. Impressionante.

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E, Ogir, uma coisa que é muito legal, que tem tudo a ver com estresse oxidativo, o estresse oxidativo, a inflamação crônica, gente, ela parte do estresse oxidativo. A gente chama de inflamação crônica subclínica porque ela não aparece, você não percebe. É diferente daquela inflamação aguda de quando, por exemplo, você cortou o dedo. Se infeccionar, ele vai ficar vermelho, ele vai doer.

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calor, rubô, então vai ficar vermelho, vai ficar quente, vai doer, vai dar pus, então isso é uma inflamação aguda, essa você percebe, quando a inflamação aguda ela dói, aí você vai no médico, vai lá ver o que é, a inflamação crônica é um perigo, é a que mata, é a que mais mata atualmente, as pessoas que infartam, as pessoas que têm AVC, as pessoas que têm um evento tromboembólico, elas têm isso por causa da inflamação crônica.

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é o que mais nada aí. Pessoas que infartam muito, às vezes as pessoas têm um peso, um IMC normal, um peso corporal ali, aceitável, é a famosa pessoa, ah, eu como de tudo e não engordo, mas essa pessoa, na verdade, ela corre mais risco de saúde do que uma pessoa que às vezes está com sobrepeso, porque ela, pelo fato dela comer tudo e não engordar, ela não se preocupa com a alimentação.

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e depois ela tem um infarto ali em função dessa inflamação que é silenciosa né? Exatamente e ela pega pessoas magras e pessoas obesas, tem muita gente que é magro diabético, essa semana mesmo eu estava conversando com a menina, pré diabética, magrinha se olha para ela e diz que não é possível, já com o estresse oxidativo, porque o diabetes gente, ele deriva do estresse oxidativo, ele vem da resistência insulínica, tudo começa ao mesmo tempo.

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A gente precisa explicar, né, Gi, o que é o estresse oxidativo? Começa com o excesso de glicose, principalmente. Explica aí, Gi, como que o excesso de glicose, o que ele faz lá dentro da célula, o que ele produz o excesso de glicose, o que ele produz que começa a roubar elétrons das nossas células e aí a coisa começa a complicar, começa a estragar os tecidos do corpo. Conta aí o que é isso, o tal do radical livre.

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para simplificar, respirar produz estresse oxidativo é por isso que a gente vai envelhecendo né com o passar dos anos então é um processo que ocorre naturalmente mas ele pode ser agravado pelo estilo de vida consumo de açúcar de farinha sedentarismo tudo isso a inflamação

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com a produção desses radicais livres aí e ainda vou acrescentar mais um ponto a favor do exercício. O exercício físico ele consegue produzir enzimas que são chamadas de antioxidantes porque elas vão combater esse estresse oxidativo. Ao contrário do que muitas pessoas acreditam,

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diria que o exercício físico pode rejuvenescer. O exercício físico ele produz, por que eu estou falando isso? Por causa de dois fatores, o exercício físico ele produz essas enzimas anti oxidantes, superóxido, desmutase, catalase, que vão diminuir a espécie reativa de oxigênio e vão anti oxidar o corpo.

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E o outro fator que eu até comentei na mensagem com a Maria Vitória é devido à produção de sirtuinas. O que é isso? Isso tem ficado muito em alta ultimamente, tem sido muito estudado e associado à longevidade. Sirtuinas são enzimas que estão relacionadas a esse metabolismo antioxidante, ao reparo da mitocôndria, ao reparo do DNA.

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Então por isso que ela tem sido associada à longevidade e o exercício físico estimula sirtuinas. Então é um outro fator aí que além do exercício diminuir a inflamação crônica, além dele produzir antioxidantes, ele também consegue produzir sirtuinas que são altamente benéficas, têm sido chamadas de enzimas do rejuvenescimento.

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exatamente porque estão associadas ele ao repago do DNA. Então eu diria, o exercício ele pode até rejuvedecer. Exatamente, as pessoas não entendem o dano que a glicose alta causa no nosso organismo, gente, a gente precisa deixar isso muito claro, até para a gente poder justificar, por que a low carb é tão incrível? Por que quando a gente começa a fazer low carb, com poucos dias a gente já começa a se sentir muito bem?

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Por que a gente começa a ter aquela energia boa na hora que a gente acorda, né, G? Aquela coisa boa que a gente acorda com disposição, que a gente já da hora que acorda, da hora que vai dormir, a gente está bem, né? Já imagina uma hora… Da mesma que fria aqui no Belo Horizonte agora, né? Seis horas da manhã, a hora que a gente vai para a academia, está de noite e está frio agora. É, e a gente vai naquela disposição. O que acontece? Vamos dar só uma paginada aqui para o pessoal entender.

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A glicose, gente, ela sempre vai ter a preferência na queima, sempre, porque a glicose é tóxica para o nosso organismo quando ela está em níveis altos. Então o nosso organismo vai fazer de tudo para não deixar essa glicose ficar alta.

36:16
Então quando ela começa a subir um pouquinho, ele já produz insulina para mandar essa glicose rápido para dentro das células para a gente ficar livre dela. Porque se ela ficar alta no nosso sangue, a gente começa a ter problema. E que problema que é esse, assim? O primeiro problema é a glicação. A glicose, ela glica. O que é isso? O que é glicar?

36:36
Eu vou explicar para vocês verem entender. A glicose gruda nas nossas proteínas e faz as nossas proteínas perderem a função. Por isso que a gente faz aquele exame de hemoglobina glicada. Todo mundo já deve ter feito aquele exame. Esse exame é importante para mostrar o quanto da sua glicose que está grudando nas suas proteínas. E quando ela faz as proteínas perderem a função, ela vai meio que matando os seus tecidos. Então ela glica no seu colágeno, aí ela faz você envelhecer.

37:05
Ela glica na sua córnea, ela faz você ir ficando cego, por isso que os diabéticos vão ficando cego ao longo dos anos. Ela glica nos seus nervos, nos seus neurônios, por isso que os diabéticos vão perdendo a sensibilidade nas mãos e nos pés. Ela glica nas suas proteínas da pele, por isso que os diabéticos têm dificuldade para cicatrização e eles têm muitas amputações por causa disso. Então a glicose alta é um problemão.

37:35
um problemão, porque a glicose vai fazendo seus tecidos morrerem, ela vai te matando por dentro. Outro problema que a glicose alta causa, a glicose aumenta o estresse oxidativo. O que é isso que a gente acabou de falar aqui? O aumento de radicais livres. O que é um radical livre?

37:56
O negócio é o seguinte, o oxigênio é uma molécula extremamente eletronegativa. O oxigênio rouba elétrons muito fácil. Ele é um dos elementos mais eletronegativos que tem, se não for o maior. Ele é o flúor, o oxigênio e o nitrogênio, são os três elementos mais eletronegativos que tem. Então, o oxigênio rouba elétrons muito fácil. Vocês já viram água oxigenada? Vocês vão entender agora. A água oxigenada, vocês lembram antigamente, quando a gente machucava, que a mãe da gente colocava água oxigenada na…

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no machucado para poder matar as bactérias, por que a água oxigenada mata a bactéria? Porque o oxigênio que está nela é tão eletronegativo que na hora que ele encosta na membrana da bactéria, ele mata aquela célula da bactéria, ele mata a bactéria na hora, só que ele mata o nosso tecido também. Então, se você joga a água oxigenada no seu machucado, você vai matar as bactérias que estão lá, mas também vai matar o seu tecido. Por isso que hoje não usa-se mais usar a água oxigenada em ferimentos.

38:55
porque ela acaba te machucando mais, ela rouba os elétrons das suas células e ela te machuca mais, ela meio que necrosa a sua pele. Só que tem um problema, o nosso corpo produz água oxigenada? Nós produzimos água oxigenada, que é um processo que deriva do estresse oxidativo. Como a gente respira oxigênio, esse oxigênio que a gente respira, ele tem uma função energética, no finalzinho da…

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da geração de elétrons de ATP, esse oxigênio que a gente respira, ele vai lá justamente para buscar esse elétron e levar essa elétron ele vira água e em forma de água a nossa gordura vai embora, tá gente? A nossa gordura vai embora pela respiração. Esse é o processo de troca energética. E o oxigênio ele gera elétrons, a gente tem a nossa membraninha lá da mitocôndria e a gente tem uma geração de, as elétrons eles passam, ficam lá entre as membranas, é onde gera o ATP.

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a nossa energia, a nossa moedinha de energia. Só que nesse processo, naturalmente, já tem uns escapes ali. Tem uns escapes de elétrons ali, que é onde o nosso oxigênio vai lá, pega esse elétron, aí ele vira água oxigenada, e aí vem os antioxidantes. Por isso que a gente tem que comer coisas antioxidantes, nosso organismo também produz moléculas antioxidantes. Justamente para quê? Para neutralizar essa água oxigenada, esse peróxido de hidrogênio que foi formado.

40:16
Porque se você deixar esse peróxido de hidrogênio solto, o que acontece? Ele vai lesar você todinho por dentro. Ele vai matando suas células por dentro. Então, o nosso organismo, funcionando normalmente, consegue neutralizar a maior parte dessa água oxigenada que a gente produz. E daí a gente vai envelhecendo, mas bem devagar. A gente tem um envelhecimento normal.

40:39
Porque apesar da gente produzir antioxidantes, a gente não consegue antioxidar 100%, por isso que a gente envelhece e um dia morre. Pô, o problema é quando a criatura começa a comer excesso de glicose.

40:52
Quando a gente come excesso de carboidrato, excesso de glicose, essa produção de elétrons fica prejudicada, ela aumenta demais. Então a mitocôndria fica sobrecarregada e começa a ter muito escape de elétron na membrana da mitocôndria. E esse excesso de escape de elétrons começa a produzir muita água oxigenada. E a pessoa tem uma alimentação ruim, porque ela come muita glicose, farinha, açúcar, nutrientes que é bom mesmo nada.

41:19
Então a produção de oxidante natural do organismo não dá conta de neutralizar essa quantidade enorme de água oxigenada que a gente produz. O que acontece? A pessoa começa a ter muito radical livre, muito peróxido de hidrogênio sobrando no corpo e esse peróxido de hidrogênio, ele tá com o oxigênio dele lá sedento, ele vai roubar elétron. O que acontece? Na hora que ele encosta nas suas células, ele vai lá e arrebenta a membrana da sua célula.

41:47
ele consegue entrar dentro da sua célula e lesar o seu DNA dentro do núcleo da célula. Ele lesa o DNA dentro do núcleo. E aí, meu amigo, você sabe o que acontece? Ah, tem um detalhe. Como a pessoa está toda inflamada, porque ela não para de comer açúcar, farinha, óleo de soja, como ela está toda inflamada, o sistema imunológico dela está todo preocupado.

42:11
e ficar ali brigando, macrófago toda hora, no processo inflamatório que está acontecendo. E a gente tem um processo imunológico justamente para poder perceber células que estão com funcionamento errado.

42:26
o macrófago vai lá, essa célula ela entra em apoptose, ela morre, aí o macrófago vai lá, come aquela célula que não era, que começou a se proliferar de forma errada, aí o macrófago vai lá e come aquela célula. Todos os dias a gente tem câncer na gente, só que ele não vai pra frente, porque o nosso sistema imunológico tá no bom, ele consegue perceber essa célula, mata ela e tira ela de cena.

42:49
e outra célula nova entra no lugar. O problema é quando você está com excesso de radicais livres, você está comendo excesso de glicose, você está com insulina alta, você está com inflamação subclínica, essa inflamação crônica subclínica de baixo grau, ela está ali.

43:03
comendo excesso de radicais livres batendo nas suas células, o excesso de radicais livres ele pode entrar e lá alisar o núcleo da célula, alisar o DNA e essa célula ela não entra em apoptose, o nosso sistema imunológico não consegue perceber, essa célula ela vai se multiplicar com o DNA errado, com um erro no DNA. Aí meu amigo, já era. Por que vocês acham que câncer está muito…

43:30
muito, mas muito associado com obesidade e resistência insulínica, com inflamação crônica. Podem ver, gente, toda pessoa, toda não, porque não é 100%, tem questões genéticas aí dentro do espectro do câncer, mas a maior parte das pessoas que têm câncer tem resistência insulínica, tem obesidade, tem excesso de inflamação crônica, tem excesso radical livre no organismo, tem excesso de estresse oxidativo.

43:57
pode olhar porque o câncer está crescendo tanto nos últimos anos, justamente com o excesso de comida ultraprocessada. Vocês acham que é coincidência? Não é só o câncer, né, MV? E Gisele, o número de pessoas com diabetes está assustador. Só no ano 2025, 2021, mais de 12 mil amputações foram feitas em diabéticos e esses diabéticos estavam tomando remédio. Mais de 300 mil pessoas morrem de infarto no Brasil devido à hipertensão, sem falar em doenças tumorais.

44:26
E aí Gisele, as pessoas vão se acostumando com isso achando que é normal, né? A genética influencia, influencia, mas é o estilo de vida que vai dizer o desfecho. Sim, acho que a genética tem que ter 15% né? O estilo de vida demanda ali 80%, né? Então é o nosso estilo de vida que tem o poder ali de silenciar esses genes.

44:52
que podem, que estão ali propensos a desenvolver alguma doença, ou não, né? Então, a gente tem sob nosso controle aí 80%, né? A gente não pode ficar ali, ah, é genética, meu pai teve, minha mãe tem, meu tio tem, e se acomodar nisso daí, né? Não é o tema hoje, mas eu só quero deixar registrado mais uma vez, eu tinha falado isso em praticamente toda live. Cara…

45:16
crianças estão crescendo doentes e gordas, doenças de adultos que era raro há poucas décadas, está se tornando comum em crianças. Diabetes, hipertensão, gordura no fígado, cara, e está tudo relacionado a esse estilo de vida, né Gisele? Sim, e a Maria Vitória estava falando agora um pouco do câncer, do estresse oxidativo, e aí eu reforço o papel também do exercício nisso daí, o exercício ele tem sido um tratamento

45:44
tratamento coadjuvante também no câncer, exatamente por diminuir esse estresse oxidativo, essa inflamação crônica. A Gisele tem falado muito da importância da atividade física. Qualquer atividade física é melhor que nenhuma. O sedentarismo é o problema. Mas das opções que a gente tem, Gisele, aeróbio, atividade de força, qual tem melhores desfechos em questões

46:14
de produção ali de citocinas anti-inflamatórias, qualquer exercício produz, só que essa produção está relacionada, é dependente da intensidade. Então se a gente pegar ali um treino resistido, uma musculação, a gente vai produzir mais citocina anti-inflamatória num exercício mais intenso. O exercício aeróbico, a mesma coisa, então quanto mais intenso, maior a produção.

46:43
Agora, a produção de sirtuínas, que são essas enzimas ali que estão relacionadas a essa ação antioxidante, elas não são dependentes, pelo menos elas são novas, né? Tem pouco estudo sobre isso. Elas não, o que tem, o que eu já li a respeito disso, é que elas não são dependentes da intensidade do exercício. Então, citocina anti-inflamatória, sim, mas as sirtuínas não.

47:12
Então qualquer coisa é válido. Eu vi um estudo, estava vendo inclusive bem recentemente, eu não terminei de ver tudo, que testou isso. Olha só que interessante. Eles pegaram um grupo e fizeram uma dieta. E aí é onde está o problema, né? Fizeram uma dieta focando só em calorias, mas justamente para avaliar o potencial antiinflamatório. Um outro grupo fez a dieta com atividade aeróbica e outro com atividade de força, né? A atividade resistida.

47:40
O que teve melhor desfecho foi o grupo com dieta e atividade de força, musculação.

47:48
O exercício de força, ele está relacionado ali… Eu acho que na verdade, quando você… Não teve um grupo que juntou os dois, né? Não, não. Eu acho que se tivesse tido esse grupo, acho que o resultado ainda teria sido melhor ainda. Melhor? Sim, eu entendo.

48:11
E a dieta é o que me preocupa, a gente não sabe que tipo de dieta, né? Porque se fizer uma dieta focando em calorias, o indivíduo pode estar comendo aveia, óleo de soja e que no final das contas, cara, poderia ter sido melhor, né? Sim, sim, verdade. E aí quando a gente fala em alimentação, Gisele, para o leigo que está chegando aqui agora, que tipo de alimento a gente deve ter uma atenção especial para evitar? Que são alimentos que favorecem a inflamação?

48:38
O Gama, a Revitória acabou de falar aí reforçando açúcar, farinha. Então, na verdade, quando a gente fala divide açúcar e farinha, exatamente falando para a pessoa que está chegando, porque, na verdade, para quem já está mais tempo ali, quando a gente fala em carboidrato, a pessoa já, automaticamente, ela já sabe que tem que cortar farinha, tem que cortar açúcar, que tudo no final das contas é a mesma coisa. Mas para quem está chegando, então a gente fala dividindo, né?

49:07
açúcar, farinha, farinha de trigo, aveia, Olhos vegetais refinados. Olhos vegetais refinados, gordura hidrogenada. E onde está tudo isso? Em grande maioria industrializados, né? Em grande maioria industrializados. Certo dia, eu estava fazendo uma live e falei cara, quer começar? Começa evitando industrializado. E um rapaz na live comentou até de forma arrogante se eu tirar isso, o que é que eu vou comer?

49:35
Maria Vitória, quando a gente tira industrializado, o que é que sobra pra gente? O que é que sobra pra gente? O que o ser humano comeu nesse planeta aqui, gente, durante 10 mil anos, 100 mil anos, né, que a espécie hominídea está aqui. Tem 100 mil anos que a gente vive aqui e a gente só passou a comer depois da… A gente viveu em jejum, 100 mil anos? A gente só passou a ter o que comer depois da era da industrialização? Não, né, gente? A gente come basicamente comida de verdade.

50:05
e o que a gente acha? Nós somos seres caçadores-coletores. Eu falo que para a gente entender low carb, a gente tem que ser bom de história, porque quando você entende história humana, você consegue entender a realidade que a gente vive hoje. Então o ser humano parece que esqueceu, parece não, esqueceu de onde a gente veio. A gente veio de um planeta que tem comida que está na natureza. A gente que inventou botar comida na latinha, de botar comida no pacotinho, mas na verdade a nossa comida…

50:33
solta por aí, você tem que sair correndo atrás dela. Então, quando a gente volta a pensar com essa mentalidade, você consegue mudar a sua vida, você consegue transformar a sua vida. Você vê o tanto que a gente está sendo enganado, de briada, de uns anos pra cá. De marketing, principalmente, né? De algumas companhias aí que criaram comidas que nunca existiram. Aquele velho do chapelão mesmo, aquele cara foi fantástico. O cara conseguiu pegar um negócio que era dado aos porcos.

51:02
botou numa caixinha e começou a vender aquilo como se fosse a salvação do seu intestino. Então, tipo, ninguém vivia com um intestino bom até inventarem a aveia na caixinha, né? A gente tem até uma live aqui só falando sobre a aveia, né, André? Como que as pessoas não raciocinam? A aveia é rica em fibra, gente, a aveia tem 3% de fibra. 3! Então, a cada 100 gramas de aveia você vai comer 3 gramas de fibra.

51:31
Eu como isso na avacate. 100 gramas de avacate, acho que deve ter mais de 3 gramas, eu acho. E olha só, 78% da aveia produzida no planeta Terra é para engordar gado, é para ração animal. Aveia, soja, todos os grãos e cereais, eles são feitos para engordar. E vendo isso… O estudo que comprovou o benefício ele dar fibra, acho que foi um estudo em animal, né?

51:59
eles utilizaram o que seria equivalente humana, acho que a pessoa teria que comer… A quantidade é absurda, é surreal, né? .. de uns três quilos, eu acho, de aveia por dia. Não, a aveia, gente, ela é muito rica, mas não é em fibra, não, é em carboidrato. Quando a gente está fazendo plano alimentar lá na faculdade, quando você quer subir o carboidrato, você põe um tiquetinho assim de aveia, assim, você já bate a meta de carboidrato. Ela é muito rica em carboidrato e muito rica em antinutrientes também, que arrebenta com o seu intestino.

52:29
Rebenta com a sua saúde, causa mais inflamação crônica subiclinica. E aí eu queria até fazer uma pergunta para a Gi, né Gi? Por que quando a gente começa a fazer low carb, quando a gente come comida de verdade, a gente tem uma recuperação muito melhor nos treinos? Isso é uma das características do low carb. Como que a gente treina? Você faz pedal, eu e a André a gente corre maratona e no dia seguinte a gente está inteiro. Que negócio é esse que tem no low carb?

52:57
que outro dia tá assim, gente, não é possível, será que eu fui na academia mesmo? Eu acabei de chegar da academia, parece que eu não treinei, mas na hora que eu tava lá, eu tava no limite, eu treino até a falha, né? Eu faço um tanto de repetição, treino até a falha, na hora que eu tô treinando, eu falo, não aguento mais, mas na hora que eu acabo de sair da academia, que eu termino de fazer exercício, eu tô inteira. A revitalização é outra coisa, atletas, né? O André que deve ter contato com muito atleta de…

53:26
de alto rendimento, Maria Vitória correndo as maratonas, né? Como é que a recuperação é? Que negócio é isso? Explica aí Gisele, o que que acontece que quando a gente faz essa bendita dessa low carb, a gente tá sempre inteiro, a gente nunca sente aquele monte de dor que a gente sentia antes, a gente termina os treinos inteiros, faz maratona no dia seguinte da maratona, tá correndo. Que negócio, o que que acontece quando a gente come comida de verdade, hein G?

53:54
O ácido lático é produzido e na verdade a Maria Vitória vai saber, ela estudou bioquímica recentemente, eu vi ela fazendo uns stories disso, que eu não lembro a fundo, mas ele é absorvido com mais facilidade, não é? Na verdade, é o seguinte, a gente tem uma produção maior de ácido lático quando a gente fermenta, quando a gente vai para o processo de fermentação, quando a gente chega no limite, a gente tem um processo de fermentação.

54:23
maior, só que quando a gente vive em cetose a gente tem umas diferenças metabólicas aí. Quando a gente utiliza corpos cetônicos como fonte de energia, a gente preserva glicogênio, a gente demora um pouco mais a produzir ácido ático.

54:39
pode produzir, mas demora um pouco mais, porque a gente está muito certo adaptado, usando mais cor fisetônicos ali. Então a taxa de gliconeogênios diminui, a gente preserva mais glicogênio, então tem uns lances metabólicos aí que fazem com que a produção de ácido lático seja menor. Só que quando a gente produz ácido lático e a gente não tem um consumo alto de glicose, o nosso consumo de glicose na loucada é bem baixinho, o que que acontece? Esse ácido lático, ele volta para o figo para produzir glicose.

55:06
ele é absorvido mais rapidamente, ele sai da sua circulação mais rápido, porque uma das três vias de produção de glicose é o ácido lático. Então quando a gente produz ácido lático na low carb, ele é muito mais rapidamente absorvido por isso, porque ele é um dos substratos de produzir glicose. Então ele não fica rodando no seu sangue muito tempo não, o seu corpo pega ele rápido para poder produzir glicose. E a própria taxa basal de glicogênio aumenta durante…

55:35
com o treinamento, né? Treinar… Aumenta, a gente consegue. Em low carb aumenta ali a taxa basal de glicogênio. Então, uma pessoa que treina em low carb, ela já começa um exercício com um nível maior de glicogênio. Exatamente, a gente consegue estocar mais glicogênio, é impressionante. A gente consegue não só estocar mais, como preservar mais.

55:55
Tem até aquele estudo do Volek, que é muito legal, que eles botaram atletas ultramaratonistas que comiam carboidrato, muito carboidrato, e ultramaratonistas seto adaptados, low carb, botaram os caras para correr três horas na esteira e aí depois que terminou as três horas eles fizeram biópsia muscular em todos eles. A quantidade de glicogênio muscular nos dois grupos era idêntica, praticamente idêntica, variação mínima.

56:20
Fizeram bióxido, mostraram, olha, o atleta low carb está preservando glicogênio aqui. E a gente pensa, né, que depois do exercício a gente tem que comer carboidrato para poder repor o estoque de glicogênio, né, é o que todo mundo pensa. Só que não. E nesse estudo que a Vitória falou do Fester, o Zach Bitter, que talvez seja um dos maiores ultramaratunistas da atualidade, detentor de vários recordes, ele foi também, participou, ele foi estudado lá.

56:45
E durante as três horas de corrida na esteira, 98% da energia dele empregada veio da gordura corporal. Só 2% veio do glicogênio e aminoáceas, outras fontes, tá? 98% da gordura. E foi feito biópsia antes, imediatamente após e duas horas após. Impressionante. E o mais legal é… Eu tenho lá no meu…

57:10
lá nos destaques, no meu Instagram, eu tenho três posts que eu fiz quando eu tava no meu período certo adaptação, quando eu comecei a correr em low carb, depois e depois. No início, quando eu comecei a correr em low carb, eu sempre corro em jejum, tá gente? Então todas as medições lá foram feitas em jejum. E eu correndo mais de 20, mais ou menos, eu acho que eu correi 28 quilômetros, três treinos de 28 quilômetros, uma coisa assim. No primeiro, eu tava produzindo mais glicose.

57:35
e menos corpos cetônicos. Então meu corpo produzia muita glicose, eu saía pra correr em jejum com, sei lá, glicemia de 80 e voltava com 120 de glicose, correndo em jejum. Então fico do ar produzindo glicose. E eu produzia corpos cetônicos também, mas menos. À medida que eu fui ficando seto adaptada, eu fui produzindo cada vez menos glicose e mais corpos cetônicos. Meu corpo foi ficando mais eficiente em produzir corpos cetônicos e preservando ali ó.

58:03
usando muita gordura, oxidando gordura pra caramba e preservando os meus tecidos e os meus aminoácidos ali, de boa. E como eu estava correndo em zona aeróbica, eu estava produzindo praticamente nada de ácido lático. Então, assim, top, top, top, top. Olha, tem um estudo, MV, com atletas que correm 5 km que buscam performance. Foi feito um estudo com eles, testando performance, um estudo de 6 semanas, que a cada 2 semanas tinham teste de performance.

58:32
eles seguiram a abordagem com muito carboidrato, duas semanas de descanso e depois seis semanas com a abordagem cetogênica. A performance não foi comprometida, como a gente sabe, e a grande diferença do metabolismo energético é que na abordagem cetogênica, exatamente o que a EMV falou, eles usaram menos o glicogênio e mais a gordura, começaram a oxidar mais a gordura. E aí ao passar do tempo a gente vem vendo que quanto maior o período na adaptação, na cetogênica, melhor a oxidação da gordura e preserva o glicogênio. E eu queria voltar a um ponto que a Gisele falou.

59:01
e a Maria Vitória também sobre inflamação e sobrepeso. A gente se comunica aqui muito com o atleta, né? E é triste a gente ver, Gisele e MV, cara, como tem muitas pessoas que tentam se exercitar muito, com muito sobrepeso e não consegue emagrecer. Vez ou outra eu falo da experiência com a Vitória, que a gente participou do desafio Cidade Maravilhosa, que a gente foi correr a meia maratona no sábado. A gente viu vários corredores de 21 quilômetros com sobrepeso.

59:29
E naquela cinta de hidratação, Gisele, vários gés. O cara com sobrepeso, pra correr 20 km e ir tomando gel de açúcar. Cheio de energia. Sobrepeso é reflexo de energia em abundância, né? Ele tem energia. E aí é um outro ponto, ele não vai emagrecer nesse sentido, né? Tomando açúcar pra… pode até emagrecer, mas passando fome. E um outro ponto que vocês falaram sobre emagrecimento, hoje também é muito comum a gente ver atletas com uma boa composição física.

59:57
mas com diabetes, hipertensão, gordura no fígado, também resultado de uma mala alimentação, né? Então, a alimentação, a atividade física por si só, ela não salva, né? É preciso ter uma conversa entre estilos de vida, principalmente a alimentação e a atividade física, né? Só acrescentando aqui, André, eu costumo até brincar, eu também pedalo bastante, o gel de carboidrato é muito comum também no ciclismo, né? Então, quando eu vou pedalar com um grupo…

01:00:24
Às vezes aí tem uma pessoa ou outra que leva ali 3, 4 sachets e aí eu costumo até brincar. Eu sei, olha, cuidado que o exercício pode estar te engordando. Porque se você ficar no sofá, aí ele não vai consumir aqueimão de higiene, se você ficar no sofá, você vai ficar louco. Porque você sai pra pedalar, aí a cada 20, 30 minutos você vai consumir um gel de escarboidrato, o exercício tá engordando ele. É melhor você ficar em casa.

01:00:54
É melhor você ficar em casa, você vai comer menos. É, pois é. Impressionante. E outra coisa que a gente não falou ainda, que é extremamente importante nesse processo de inflamação, é a gordura visceral. Gordura visceral, gente, é reflexo de resistência insulínica. Tem muito atleta com gordura visceral. É esse povo que come carboidrato em gel, de 30 em 30 minutos está tomando gel de frutose.

01:01:21
A frutose gera estetose hepática, ela gera um acúmulo de gordura no fígado, que piora a resistência insulínica, piora o fígado da pessoa, ele fica resistente à ação da insulina e ele não entende mais a sinalização da insulina. Então quanto mais frutose e açúcar a pessoa come, o fígado dela vai tendo um acúmulo de gordura.

01:01:45
e ele vai perdendo a sinalização à insulina, porque quando a insulina chega lá no fígado, ela fala para o fígado assim, fígado, chegou a energia, para de produzir glicose, ou diminua a produção de glicose. Aí o fígado entende a sinalização da insulina, ele para de produzir glicose para poder queimar aquela glicose que a pessoa queimou. Só que a pessoa fica comendo tanta glicose, tanto açúcar, tanta farinha, que vai chegar uma hora que ele vai ficando surdo. O que acontece? A insulina chega lá…

01:02:13
e fala, Fígado, chegou glicose, chegou energia, para de produzir glicose, só que ele tá surto. Ele não entende a sinalização da insulina, ele continua produzindo glicose, mesmo com a pessoa comendo glicose. Ou seja, a pessoa passa a ter ainda uma produção ainda maior de insulina, começa a ter um efeito cascata. Isso é muito comum, gente, isso é muito comum. No diabetes, isso é um negócio que ferra.

01:02:41
com a saúde da pessoa, até o pâncreas da pessoa entrar em falência, que é onde o diabético tipo 2 agora ele não consegue mais produzir insulina porque o pâncreas dele morreu, de tanto ele comer carboidrato o pâncreas dele morreu, ele tem que ir na farmácia agora comprar insulina e agora ele fica dependente dando dinheiro dele todinho para a indústria farmacêutica. Vocês entendem? E tem muito atleta com gordura visceral, como é que você sabe que a pessoa tá com gordura visceral? Quando ela tá com circunferência, abdominal aumentada.

01:03:11
Aumentou a circunferência abdominal, amigo, pode saber, o cara tá com gordura visceral. E é a mais perigosa que tem, né? É a gordura mais perigosa que tem, não é a gordura do tecido de pouso. Essa também é resultado de resistência insulínica também. Mas a gordura da barriga aumentou a circunferência abdominal, meu amigo. Você já tá começando a botar seu pezinho lá no caixão. É essa gordura abdominal que vai gerar mais estresse oxidativo, que vai gerar mais inflamação.

01:03:41
que vai piorar sua resistência insulínica, a insulina alta no sangue, o povo tem medo da gordura saturada, mas ninguém sabe o que lesa a sua artéria é a insulina, viu? É a insulina e o radical livre, aquele stress oxidativo que eu expliquei, é a insulina alta que vai batendo na parede das artérias ali e vai lesando a parede da artéria, aí a pessoa come óleo vegetal, né?

01:04:04
ela come óleo de soja, óleo de canola, óleo de girassol, esses óleos causam a oxidação do seu LDL, o seu LDL, o seu colesterol LDL, ele fica agora pequeno e denso, oxidado, e agora pequeno e denso, ele consegue penetrar pela parede da artéria que foi lesada pelo excesso de insulina. Aí, lá dentro da sua artéria, na hora que esse LDL entra, tem um macrófago lá esperando por ele.

01:04:31
O macrófago, que é sua célula de defesa, está lá esperando por esse LDL pequeno e denso, que foi oxidado pelo óleo vegetal que você comeu, a artéria foi lesada pelo excesso de insulina, o LDL entrou na parede da artéria, aí o macrófago está lá, o macrófago vai lá e, ó, come esse LDL. No que o macrófago come esse LDL, na hora que ele fagocita ele, ele calcifica.

01:04:54
Aí ele vai calcificando a parede da sua artéria. Por causa do excesso de óleo vegetal que você comeu, por causa do excesso de açúcar que você comeu, que a insulina foi lá, lesou a artéria, o LDL pequeninense entrou, o macrófago pegou, calcificou. Olha, tem umas perguntas… Vai, continua! Continua comendo açúcar, bonitão! Continua! Tem umas perguntas aqui, ó. Levi, boa noite a todos. Fígado de boi pode ser congelado para ir comendo as porções sem perder os nutrientes?

01:05:27
Será? Pode. Claro, né? Eu sei porque as pessoas têm essa dúvida. Você já entendeu isso? As pessoas sempre perguntam isso porque se o fígado pode ser congelado, pode. Claro que pode. Pode com qualquer outra carne. Pode. Deixa eu ver aqui, tem mais outra. Olha só. Depois que comecei a fazer low carb, estou tendo muita insônia. Estou dormindo quatro horas por noite em média. Será que é falta de carboidrato? Faça musculação pela manhã. Falta de carboidrato é muito forte, né?

01:05:55
Mas assim, a insulina que é estimulada pelo carboidrato, ele vai ter um papel ali. Muitas pessoas vão ter até um sono melhor fazendo uma última refeição com uma fruta, comendo uma raiz, alguma coisa nesse sentido, né? Qual a opinião de vocês?

01:06:08
Eu acho que tem muitas camadas essa pergunta aí. Exato. A insônia, né? Pode ser função ali da energia do corpo cetônico, pode ser… Eu não sei quanto tempo ela tá fazendo low carb, ela falou? Não. Pode ser o cortisol um pouco mais aumentado, então teria que saber ser um pouquinho mais pra poder… Isso é muito comum no início da low carb, geralmente na primeira e na segunda semana.

01:06:37
Quando a gente entra em cetose a primeira vez, é muito comum. Quando a gente faz os jejuns prolongados também é muito comum. O jejum é? A produção de corpos cetônicos aumentada. Quando a gente está em cetose, a gente tem um excesso de energia ali. A gente tem a produção de corpos cetônicos muito alta. E até o nosso organismo adaptar a isso, a gente perde o sono mesmo. Você já fizeram o André? Eu sei que ela fez. Você já fez jejuns maiores de 24 horas?

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Já! Tem mais tempo, assim, a última vez que eu fiz, mas eu cheguei, assim, o mais longo que eu fiz, eu achei que foi muito hard pra mim. Fiz uma vez só e não tenho ideia de fazer de novo. Então eu fiz de um dia em cinco dias. Tem mais tempo isso. E a minha maior dificuldade foi exatamente dormir. Aham. A gente acorda, tipo, três, quatro horas da manhã. E ardeza. Uma energia assim, ó.

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igual aquele pessoal que fuma crack, né? Pessoal que fuma crack, o pessoal fica doidão, assim. Quando a gente tá em jejum também, assim, acima de 24 horas, a gente acorda também à noite, e tá assim, meu Deus, mas eu dormi 4 horas! Parece que eu dormi 8 horas e tô aqui, pronto pra sair correndo aqui. Esse excesso na dívida. Talvez o mais importante dessa pessoa, né? Se ela tiver começando…

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É Flávio, e ele falou que está seis meses, tá? Seis meses, aí? Você não colocava seis meses. Aí tem que ver o que pode ser, porque… Tem que investigar, talvez, mais a alimentação, a rotina, o gerenciamento do estresse, talvez tem que entrar com algumas estratégias ali, um fitoterápico, um chazinho mais sedativo.

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Um magia do som, de vendo luz, tela, essas coisas todas podem ajudando. Às vezes não tem a ver só com a alimentação, né? Assim como a G falou, cara, pessoas que vão dormir com o celular na mão, com tablet e muita luz, isso compromete também a qualidade do sono, né? Às vezes só a mudança na alimentação desperta muita tensão, mas às vezes pode ter relação com a alimentação. Se tiver, Gisele, eu vejo muitos casos de pessoas na cetogênica que pelo excesso de energia têm dificuldade para dormir.

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E se for cetogênica, se não for terapeutica, como um carboidrato pode sair da cetose? Não é pecado sair da cetose, né? Um pouquinho, né? Eu já vi estudo mostrando que um pouquinho de carboidrato ali, à noite, pode ajudar nisso daí. Tanto para sono, ou então, uma atleta que está visando muito a hipertrofia, uma dose, um pouquinho de carboidrato ali antes de dormir, no período noturno.

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pode auxiliar. Comer banana antes de dormir? Comer banana antes de dormir é uma beleza, você dorme na criança. E pôr de banana na low carb, EMV? Por isso que o povo que enche a pança de arroz com feijão e macarrão no almoço passa a tarde inteira naquela lombeira, morrendo de sono, porque encheu a pança de carboidrato, a glicose vai pro sangue, meu amigo. Na hora que chega no cérebro você fica lá…

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E aí só para a gente ir sintetizando, Gisele, doenças como asma, renite, sinusite, castões, artrite, rheumatoide, enxaqueca, tudo pode ter melhoras significativas apenas fazendo ajustes na alimentação e atividade física regulada. Exatamente. Para mim, essa é a famosa pílula mágica que já existe e as pessoas ainda continuam procurando.

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é o combo perfeito. Para mim, eu falo que é remédio. Eu defendo exercício a unhas e dentes. E para mim, eu sempre falo, o exercício é remédio. A gente vive numa loucura, numa vida louca. Eu vejo a Maria Vitória publicando nos 6 horas da manhã. Eu não publico tanto, mas esse é exatamente o horário que eu consigo na academia. Então eu lembro da MV lá também, não, 6 horas da manhã, eu vou lá. Porque…

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É prioridade pra mim, é prioridade. É. O exercício que me ajuda a habilidade, gente, é bom demais, gente. Nossa, é outro nível. Você se sente muito mais apto, você se sente bem em todos os sentidos. Eu, antigamente, eu não gostava de academia, eu gostava só de correr. Hoje eu vou confessar, eu tô gostando mais de ir na academia até do que de correr, porque é muito gostoso, assim, a sensação de você se sentir mais capaz.

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sabe? Eu estava prestando um conversado. A gente nem citou falando do exercício, inflamação, a gente nem citou os benefícios ali do exercício exatamente na função cerebral, né? De produzir endorfinas, sensação de bem-estar, diminuir a ansiedade, depressão, melhorar a memória, aprendizado, a gente nem citou nada disso, né? Mas isso ainda daria ali umas quatro lives.

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Não, eu tava no supermercado ontem, né? Fui lá fazer aquele trabalho lá dos rótulos, fui até postar no meu Instagram. Uma senhora, tipo, não tinha nem 60 anos de idade, já tem uns 50 e poucos anos de idade. Eu tô lá, ela tá me chamando assim, ó menina, ó menina, eu olhei assim, tu é comigo, ela falou assim, é, você é mesmo, vem cá. Olha o preço pra mim desse negócio aqui, ó, porque eu não tô conseguindo abaixar. Gente, a dona não tava conseguindo agachar pra poder olhar o preço do produto no supermercado, de tão obesa que ela tava.

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Eu pensei assim, meu Deus do céu, nessa idade ela não estava aguentando andar direito, ela estava andando com muita dificuldade e ela não conseguia abaixar para olhar o preço de um produto no mercado. Você vê a pessoa com uma idade dessas 50 e poucos anos ali, já com dificuldades funcionais, sabe? E nem passa pela cabeça dessa senhora fazer uma atividade física. Na hora que eu olhei o carrinho de compra dela, o carrinho dela cheio de comida ultraprocessada, eu falei, gente, é muito triste isso.

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Eu acho que quem está aqui assistindo a gente, que tem essa oportunidade de ter contato com isso que a gente está falando, gente, nós não estamos falando aqui para vocês, é um supra-sumo, é o supra-sumo da nutrição. Ninguém vê isso aqui em faculdade, nada disso. Isso aqui que a gente está falando para vocês é o supra-sumo da saúde. A Maria Vitória que está aí na melhor universidade do país, né Maria Vitória, na faculdade de nutrição da melhor universidade do país, não vê isso. Não vê.

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Eu às vezes fico procurando informação, eu falo assim, gente, eu tô precisando estudar tal coisa, mas eu gosto muito de vir aqui pro YouTube pra poder estudar enquanto eu tô fazendo, mano, tô dirigindo, tô na cozinha, eu ponho o videozinho pra rolar e vou procurar informação sobre alguma coisa, né, fisiopatologia, que eu gosto de estudar muito, fisiopatologia de doença, que tem relação com a resistência sulímpica, e eu falo assim, eu não vou conseguir achar esse assunto aqui do jeito que eu quero.

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em português no YouTube. Não vou achar, eu tenho que procurar um vídeo em inglês, aí eu tenho que ficar sentada para conseguir ver a legenda muitas vezes, porque dependendo do cara que está falando, se ele fala o inglês muito rápido, eu não vou conseguir pegar. É muito difícil a gente ter informação boa, sabe gente? Então aqui, aproveitem, mandem essa live aqui, as outras lives do Atleta Slow Carb, compartilhem isso com os amigos, nós estamos falando aqui para vocês do supra-sumo da nutrição.

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da alimentação de verdade, os mecanismos que a gente conta aqui para vocês, vocês têm que ler tanto de livro para conseguir entender isso que a gente resume aqui na live. Aproveitem isso, sabe? Que é uma informação de ouro que vocês estão tendo aqui. Vocês não vão ver isso na televisão em lugar nenhum, nenhum. Televisão com o compromisso das redes de TV é com os patrocinadores deles, é com quem patrocina margarina, cerveja.

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pão, essas coisas, eles não têm compromisso com a verdade, eles têm compromisso com quem patrocina, sabe? Vocês têm que aproveitar demais isso aqui que vocês estão escutando. E só o que é triste pra gente encerrar, as pessoas se acostumam com doença, acham que é normal ter sobrepeso. Não tem a ver com gordofobia, cara, as poucas décadas era raro. A gente vai pra 1930, 1940, quando você vê fotos, relatos, qualquer documento, era raro

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encontrar um adulto com sobrepeso e obesidade. Encontrava, claro, mas era raro. Hoje é o padrão. Um estudo foi publicado há poucos meses fazendo uma previsão para 2035, dizendo que mais da metade da população do planeta Terra vai ter sobrepeso e obesidade. Essa dieta equilibrada, né? Então não se acostuma com isso, tá? É comer comida de verdade e cuidar da própria saúde, do bem-estar, se exercitando, dormindo bem. É tão simples que assusta muitas vezes, né? É.

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E aqui a gente fala com os pingos uzis, né, André? Aqui a gente não tem papas na língua, não. Aqui a gente fala o que precisa ser falado. Esse papo é a dieta equilibrada. A gente não… Dieta não é equilibrada. Não existe dieta equilibrada. A nossa dieta não é equilibrada. Equilibrada é o quê? 33%, 33%, 33%. Isso não existe. É o desequilíbrio mesmo, que é o nosso equilíbrio vem do desequilíbrio. Numérico, esquece o número.

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Cada macronutriente tem uma concentração que a natureza definiu. Carboidrato é, ó, tiquititinho só. É o que a gente encontra nas plantas. Proteína e gordura é o que realmente constrói o nosso organismo. Proteína e gordura. Então, assim, eles fizeram um negócio ficar todo ao contrário pra poder bagunçar a nossa saúde, pra gente dar o dinheiro pra esse pessoal aí.

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Então alguém precisa falar a coisa, não é que precisa ser falado, se vocês forem ficar se escutando na televisão, vocês não vão escutar ninguém falando isso. Entendeu? Uma nutricionista que vai na televisão falar, parecido com isso aqui que eu falei, não vai ter tanto processo na cabeça dela? Eles vão meter tanto processo nas costas dela? Que é terrível, a gente não pode falar a verdade não. Tiraram o ponto meu outro dia porque eu coloquei no plano alimentar lá para comer comida de verdade, né G?

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Eu falei pra gente dizer, olha o que está acontecendo com a nutrição. Eu pedi ponto porque eu orientei o paciente a comer comida de verdade. Porque isso, segundo a pessoa que corrigiu o meu plano, falou que demigre outros grupos alimentares. Eu falei ué, você falar pra pessoa comer comida de verdade, você está agora denegrindo outros grupos. Gente, é difícil demais, você não está numa luta, nossa senhora, não é fácil.

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Gisele e Maria Vitória, muito obrigado. Eu que agradeço, André, foi um prazer de novo estar aqui com vocês. Foi um prazer, MV. Obrigada pelo convite. Faremos mais. Com certeza. Certamente. Você já plantou a sementinha do papel da atividade física em outras questões, né? A produção de neurotransmissores, por exemplo, né? O papel para ajudar na sensação de bem-estar, de prazer, de autoconfiança e…

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como isso pode ser traduzido em benefícios no estilo de vida também, né? Sim. A sementinha foi plantada, hein? Combinada, a gente marca mais para frente, então. Vamos marcar mais. Chega a bater na tia vocês duas. Olha aqui. Olha aí. A gente foi com a gente. Até a próxima. Tchau, tchau.


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