ENXAQUECA: COMO ACABAR COM O SOFRIMENTO – Episódio #356
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Olá, boa tarde! Hoje, sexta-feira, 21 de julho de 2023, estamos iniciando mais uma live do Atletas Low Carb. Um tema interessante, enxaqueca. Será que é possível acabar com essa dor, com esse desconforto, com esse sofrimento? Olha só, vamos falar sobre isso e para falar sobre esse tema, estamos recebendo pela primeira vez aqui a nutricionista Valéria Jacobi. Valéria, muito obrigado por ter aceitado o convite, seja muito bem-vinda.
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Obrigada a vocês pelo convite, acompanhe atletas low carb já faz bastante tempo e estou bem honrada com essa participação aqui. MV, por incrível que pareça, é a primeira vez que a gente fala sobre esse tema aqui, mais específico, enxaqueca. Interessante, né? E a alimentação tem uma influência muito forte, né? Muito, né? Quem estuda esse campo aqui da alimentação low carb, da comida de verdade, sabe que a dieta cetogênica, principalmente…
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tem um papel muito importante aí na remissão da enxaqueca retirada do glúten principalmente também já ajuda muito e o fato da pessoa está em cetose tem coisas muito legais aí que eu acho que a gente vai falar hoje na live e vocês vão gostar. Rapaz, vai ser interessante demais. Eu já vou antecipar uma questão aqui. Não achem que a enxaqueca é normal, tá? Não achem. É plenamente possível ganhar qualidade de vida. É comum, né, André? É comum, mas não é normal.
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é comum, mas não é normal exatamente. É plenamente possível, tá? E a mudança pode ser mais simples do que vocês pensam. Para quem sofre com enxaqueca ou conhece alguém de antemão, já manda aqui a live, tá? Se você tiver ao vivo, manda para a pessoa participar ao vivo. Se você tiver assistindo a gravação ou ouvindo o podcast na gravação, encaminha, porque a experiência e o conhecimento aqui vai ser grande, tá? Rapaziada, quem tiver aqui, olha aí, turma, já vai chegando. Rosane, boa tarde, Rosane. Juliano, tá em todas. Grande Juliano, boa tarde.
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Grande Reinaldão, Reinaldão Pelegrino, Wagner Lopes, Carlos Jarutais. Olha só, a gente vai falar sobre corrida também. Valéria, o Carlos Jarutais, ele correu uma maratona duas horas e… 49, foi isso, 55, por volta de duas horas e 50. Nossa! Na cetogênica, em jejum. Muito bom! E existem aqueles que duvidam, né? Mas enfim, vamos lá.
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Para quem tiver aqui e quiser participar, deixa sua pergunta, deixa sua dúvida, se quiser colaborar, se conhece alguém que sofre de enxaqueca, compartilha, tá? Que vai ser interessante. Olha só, Valéria, eu fiz uma pesquisa há um tempo sobre enxaqueca e vi que 15% da população mundial sofre de enxaqueca. No Brasil, mais de 30 milhões de brasileiros sofrem de enxaqueca. Então é muito mais comum do que a gente pensa. Com certeza.
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e a Valéria sofria bastante enxaqueca e resolveu isso. Mas antes de a gente chegar nesse ponto, Valéria, para quem ainda não te conhece, nossa audiência que está aqui, quem é a Valéria, onde mora, o que faz, qual a sua especialidade? Conta um pouco para a gente. Vamos lá. Eu moro em São Paulo. Na verdade, eu me formei nutricionista faz pouco tempo, recentemente, porque a minha mudança começou faz sete anos e meio.
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que foi quando eu descobri a Low Carb. Antes disso, eu sou formada em administração e ciências sociais, trabalhei em banco, depois trabalhei como tradutora de inglês, por um bom tempo, por uns 10 anos, eu trabalhei como tradutora de inglês, na verdade fazendo versões de artigos científicos para serem publicados em revistas internacionais.
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10 anos nisso. E por 30 anos eu tive enxaqueca crônica, sofri bastante, com bastante dor, fui viciada em analgésico e anti-inflamatório, que é um outro assunto que ninguém fala, porque as propagandas de analgésico e anti-inflamatório estão aí todos os dias, em todos os canais, em todos os veículos de comunicação, e ninguém…
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coloca como se fosse algo que pudesse ser prejudicial, mas foi bastante prejudicial para mim. Eu tive úlcera estomacal decorrente do vício em analgésico e, principalmente, em antiinflamatório. Eu não vivia sem. Todos os dias eu tinha que tomar o antiinflamatório, porque senão eu não conseguia levar o meu dia a dia.
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minha primeira mudança foi com a comida de verdade. Então assim, a primeira mudança foi bem antes de uma dieta cetogênica ou de uma low carb, mas foi com comida de verdade, só tirando os industrializados farinha e açúcar, retirando tudo isso, eu já melhorei bastante, porém, aos poucos as dores foram voltando e…
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depois de alguns anos eu já tava de novo ali também lutando com esse meu vício aí de analgésico e anti-inflamatório, foi quando então… Olha só, olha, desculpa interromper Valéria, quem aqui nunca sofreu por conta da limitação sem saber? Cara, eu sofri bastante, eu tive sobrepeso, MV também. Cara, quem acompanha aqui o Atlético Carpe sabe o quanto MV, foi uma guerreira, né? Na sua transformação, na sua conquista de saúde.
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E é o que a Valera está contando aqui, boa parte de vocês talvez já tenham passado por isso, né? Sofrer com enxaqueca, sofrer e de alguma forma achar que só tomar um remédio, tomar uma medicação, tá? Vai resolver e a gente acaba viciando, né? Come de tudo um pouco, MV, essa dieta equilibrada, dieta flexível e aí tem um incômodo, nesse caso a enxaqueca. Assim como a MV falou um pouco aqui antes da live pra gente conversando, cara, é comum.
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As pessoas se acostumam, mas é simples reverter, né, MV? Exatamente, é comum, mas não é normal, gente. As pessoas precisam entender isso. A enxaqueca com várias outras doenças, né? Podem ter um cunho e alimentar. Não que a alimentação esteja causando. Às vezes a pessoa já tem alguma predisposição. Mas a alimentação errada é que faz aquilo despertar. É que faz aquilo se manifestar. Então, principalmente glúten, a gente já sabe, né? Glúten.
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leite, por causa da caseína principalmente. Então a gente tem que ter muita atenção, porque muita coisa que é vendida para a gente como saudável, na verdade pode ser o que está fazendo a sua doença, a sua condição se manifestar. Eu só queria te falar que parece que estavam reclamando do áudio ali no Instagram. Não sei se já voltou, se eles estão ouvindo. É, está aqui. Para quem tiver com dificuldade no áudio no Instagram, venha para o YouTube, tá? O link está aqui, está fixado.
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Não se preocupem não, no YouTube aqui tá tudo perfeito. O YouTube é maravilhoso. Venham, venham se embora pro YouTube, venham. Então quer dizer Valéria, era bancária, há 30 anos era bancária, sofria de enxaqueca e como era a alimentação naquela época? Eu nunca fui muito de comer essa coisa de…
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junk food, assim, todo dia, de ser viciada em doce. Nunca fui, na verdade, uma pessoa viciada em doce. Nunca fui dessas pessoas que adoram, não ficam sem uma sobremesa, sabe? Não era desse tipo. Mas era uma pessoa que era cada vez mais… A minha dieta, até por me preocupar com a questão da enxaqueca, eu buscava melhorar minha alimentação.
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E quando você busca melhorar a alimentação sem entender exatamente o que você precisa fazer, você acaba caindo no discurso do Plant Based. Então, minha alimentação era basicamente Plant Based, era uma alimentação com muita salada, vamos dizer…
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Meu café da manhã era um café da manhã com bastante cereal, bastante fibra, porque meu intestino já era bem ruim, já há bastante tempo era bem ruim. E aí eu consumia muita fibra, pouca proteína, muita salada, muita folha e comia bastante. Então era assim, era salada, daí depois eu comia brócolis e arroz integral.
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uma mão no café da manhã e, às vezes, até aqueles cereais de fibra, esse tipo de coisa. Então, assim, eu vivia entupida, na verdade, de tanta fibra que eu consumia e passando mal, passando mal e com enxaqueca e viciada em analgésico.
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E é um ciclo vicioso, que você vai entrando nisso e não parece que não tem fim, não sai. E por mais que seja uma coisa você ter uma dor de cabeça de vez em quando, outra coisa é você dormir e acordar com dor todos os dias da sua vida. Isso é uma sensação assim que não… É desesperador, sabe? Você vai ficando num desespero mesmo, vai…
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levando a vida, e assim, eu não tenho do que reclamar da minha vida, mas com a dor tudo fica tão nebuloso, tão triste, que às vezes você acaba chegando a pensar mesmo, um pensamento ruim acaba acontecendo mesmo que você não tenha um perfil mais depressivo, nem nada, isso acaba acontecendo.
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esse ciclo vicioso e ruim acaba te puxando, sugando para baixo mesmo. E aí foi quando eu comecei a ver outras coisas. Nunca fui muito acima do meu peso, meu peso sempre foi o que eu tenho hoje em dia, flutuando um pouquinho para mais, um pouquinho para menos. E uma das épocas que eu queria emagrecer um pouquinho,
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Comecei a fazer uma low carb, né? Olha, eu vou querer saber, Valeria, como chegou lá. Mas antes eu só queria reforçar uma questão aqui, olha só. A Valeria sempre se preocupou em se alimentar bem. Isso já é fantástico, boa parte das pessoas não se preocupam. E está tudo bem, tá? É escolha. Mas olha só, MV, a Valeria se preocupava em se alimentar bem. Logo, ela priorizava vegetais e fibras.
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A culpa não é dela, porque o marketing é muito forte sobre isso. Então parece que com a dieta aqui, quanto mais fibra, melhor. E boa parte das pessoas não vai tolerar tanto. E no nosso… Cara, no nosso inconsciente, quando a gente fala em alimentação e saúde, até na escola, eu vejo no livro da minha e dos meus filhos, sempre tem um vegetal. Sempre que tem um vegetal. Como se fosse qualquer vegetal, é sinônimo de saúde. Não estou falando mal de vegetais, mas a gente acaba entendendo isso, e quando vai fazer uma escolha, prioriza vegetais. E a Valeira estava…
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com alimentação rica em cereais, em fibras e cara, a enxaqueca dela estava desespera. Então o marketing é muito forte sobre isso, né, MV? Não é demais, né? E a gente sempre tende a seguir as diretrizes até a hora que a gente não aguenta mais. Então quando a gente…
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tem algum problema de saúde, a primeira coisa que a gente faz é vou mudar minha alimentação, aí você vai seguir as diretrizes, o que é que as diretrizes e a modinha mandam? Grãos e cereais integrais, estão tudo integral, tudo sem gordura, porque gordura faz mal, então você vai seguindo as diretrizes, só que o seu problema não melhora e muitas vezes ele pode até piorar.
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Então, a pessoa que tem uma enxaqueca, uma pessoa que tem uma doença autoimune, uma pessoa que descobre um diabetes, a pessoa começa a seguir as diretrizes, acha que os vegetais são bacanas, né? E não que eles não sejam, mas que para algumas pessoas, dependendo da condição que a pessoa tem, pode ser que os vegetais não sejam tão legais. E aí a pessoa segue as diretrizes. Aí ela começa a ver que a coisa não está funcionando. E aí, quando ela ouve falar sobre low carb, sobre carnívoras, sobre essas coisas, ela pensa assim, isso é loucura. Isso é loucura. É moda.
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isso é moda, tá louco cara, o que é comer só carne, ovos? Tá doido, mas isso mesmo, então a pessoa muitas vezes já tem uma repulsa, porque como é muito diferente do que as diretrizes mandam, a tendência é que todo mundo pensa que é uma moda, que é coisa de gente doida, que é uma dieta de desespero, né? Que aí eu só vou fazer isso se algum dia eu quiser emagrecer mesmo, sei lá. E aí a pessoa deixa aquilo guardado.
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ou muitas vezes tem repulso mesmo, nunca vai dar ideia. Mas se a condição de saúde dela começa a piorar a tal ponto que ela não consegue resolver com as orientações tradicionais, se a pessoa começa a engordar tanto e ela não consegue resolver com as orientações tradicionais, se ela tem uma doença autoimune, uma enxaqueca, alguma coisa que está atrapalhando muito a vida dela, igual a Valéria falou, está tirando a vontade de viver, a pessoa fala assim, foi o que aconteceu comigo, tá gente? Comigo foi a mesma coisa. Eu não estava conseguindo mais emagrecer.
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Chegou um ponto que eu já tinha engordado quase tudo de novo. Eu falei, eu vou dar uma chance pra essa coisa louca de low carb? Eu acho que isso é moda, mas como eu já tentei de tudo e não dá certo, eu vou tentar essa low carb e vai que dá certo. E depois eu volto a comer meus carboidratos, volto a correr e tal. Só que pra minha surpresa, e provavelmente pela surpresa da Valéria também, o que aconteceu foi um negócio muito maravilhoso. Aí sua ficha cai.
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Aí quando você dá a oportunidade que só a ficha cai, você fala assim, pera lá, então esse negócio de low carb, carnívoro, isso aqui não é moda coisa nenhuma. São as diretrizes que estão ao contrário da fisiologia e da evolução humana. Né, Valeria? É, então, mas eu acabei chegando, então vamos falar assim, eu acabei chegando…
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Como muita gente acabou chegando, através da Lara Nesteruk, que ela fazia na época bicho e planta. E eu acabei fazendo um bicho e planta desses, que ela propunha tudo para o final de ano. Isso em final de 2015, mais bastante tempo. E aí eu percebi que não foi melhora na enxaqueca, não.
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o que eu percebi foi uma melhora na inflamação. Eu percebi que reduziu um pouquinho a celulite e aquilo me chamou a atenção. E aí eu pesquisei, fui pesquisar no Dr. Google e fui atrás de enxaqueca e inflamação com as palavras em inglês. E daí que foi que eu acabei chegando num livro que chama My Migraine Miracle.
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Eu estou… Josh Turknet é um neurologista americano, que também tem enxaqueca. Ele e a esposa sofrem de enxaqueca. E ele escreveu esse livro, acho que foi um pouquinho antes, em 2013, 2014, em que ele propunha para quem tinha mais do que 10 dias de dor, por mês, o meu era todo dia, na época.
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ele propunha uma dieta cetogênica. E aí, que eu já estava já no desespero, já não sabia mais o que fazer, eu falei, eu vou… Já comecei com essa low carb, tudo bem, fazer a low carb já estava indo. Eu comecei a fazer então uma dieta cetogênica em comecinho de 2016. Eu comecei no…
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no começo de 2016, melhorei bastante, mas eu tive que ainda fazer outras coisas para conseguir superar o vício em analgésico e anti-inflamatório, porque realmente é algo que, mesmo que você esteja numa alimentação boa, algumas pessoas conseguem até superar sozinha, sem fazer, sem usar de estratégias e tudo, mas no meu caso o vício era tão grande.
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que não dava. Eu tive que ir atrás de fazer um trabalho, assim, de melhora de tudo, né? Assim, é sono, atividade física, a água com sal que acaba entrando bem… É muito importante, porque essa pessoa que não tem enxaqueca, quando entra numa dieta low carb e cetogênica, já tem uma necessidade maior.
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de sal, a pessoa que tem enxaqueca tem muito mais, porque são pessoas que acabam urinando mais do que a média e acabam perdendo mais eletrólitos do que a média, e é bem importante esse uso também da água com sal. E eu fui fazendo tudo isso e em 2016, mesmo em pouco tempo, pouco tempo depois, eu já estava bem melhor ainda em enxaqueca.
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O que você fala bem melhor, Valéria, porque até onde eu entendo era diariamente. Você dormia com o enxaqueca que acordava no… E aí nesse quesito bem melhor para você o que significou? Então aos poucos isso foi melhorando cada vez mais. Aumentando o intervalo entre as crises. Aumentando o intervalo de dor aí. Mas o que tinha é que eu… Eu fui ficando…
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Eu tenho enxaqueca com aura. São poucas pessoas que têm enxaqueca que têm enxaqueca com aura. O que é a aura da enxaqueca? A aura é quando a pessoa vê uns pontinhos luminosos, tem algumas pessoas que acabam tendo uma… visão parcial, que uma parte da visão fica apagada, ou fica…
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distorcida, no meu caso são pontinhos luminosos. Então, assim, quando acontece de aparecer essa aura, a gente já sabe quem tem enxaqueca e quem tem enxaqueca com aura, sabe que isso é um prenúncio de uma dor terrível. Terrível. Você sabe que já era. Você vai ter que ficar largado no quarto escuro, porque não tem solução.
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Hoje em dia eu já não tenho nem mais aura, mas aos poucos o que foi acontecendo foi que aquela aura que eu tinha, que era uma vez a cada 15 dias ou às vezes até mais frequente que isso, ela foi diminuindo para ser uma vez por mês, depois foi ficando sem dor, então vinha a aura, mas não vinha a dor.
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E hoje em dia eu já não tenho mais nem aura. Faz algum tempo que eu já não tenho mais aura. Nossa, que bom. Imagina, que produtividade, o que você ganhou de produtividade na sua vida? De absenteísmo, de você deixar de trabalhar para poder produzir. Cara, você tem vida agora. Eu fico pensando como isso impactou na sua vida. Com certeza. É uma mudança muito grande.
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E aí o que aconteceu também? As pessoas começaram a me procurar, porque todo mundo sabia que eu sofria com enxaqueca. E as pessoas começaram a me procurar para saber o que eu tinha feito. E foi então que eu resolvi começar a estudar para poder ajudar as pessoas melhor, porque não é uma coisa o que funcionou para mim, que daí eu simplesmente vou passar para outra pessoa.
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E aí na época eu resolvi fazer o curso do Mark Sisson de coach de saúde, que é o Primal Health Coach, e eu fiz o curso dele e comecei a ajudar as pessoas e um pouco depois resolvi então como acaba que a orientação passa pela nutrição, e eu resolvi então estudar nutrição.
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para daí poder ajudar com mais propriedade, vamos dizer assim. Olha aqui, a doutora Aline também é médica, é oncologista, ela já fez um live aqui com a gente e é também uma grande entusiasta de uma cetogênica carnívora. Comentou aqui, pessoas com enxaqueca são consideradas neurologicamente incapazes, atrapalha trabalho, vida, dia a dia. Eu não sofro, mas cara, eu imagino que seja terrível, a qualidade de vida muito comprometida.
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MV, há quanto tempo já se sabe que a cetogênica tem um efeito positivo? Olha, talvez não nem enxaqueca, mas na epilepsia já desde 1922, né? Há mais de 100 anos. Mais de 100 anos! Você sabe que o primeiro estudo com dieta cetogênica para enxaqueca é de 1928? Olha, tá vendo? Também aí, quase…
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Quase 4 anos, né? Eu fiz até um trabalho de iniciação científica para a faculdade, englobando todos os estudos científicos que tinham na época e já era bastante significativo. Hoje em dia, de lá para cá, estudo sobre enxaqueca para dieta cetogênica tem…
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a cada ano, a cada mês tem estudo novo saindo. Então são bastante estudos que comprovam a melhora da dieta cetogênica para enxaqueca. Não necessariamente a pessoa que tem enxaqueca vai precisar entrar numa dieta cetogênica, né? Como eu mesma falei lá no livro do Dr. Josh Tuchnet, ele fala que…
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quem tivesse dor acima de 10 dias por mês. Naquela época eu achava que se eu tivesse 10 dias de dor por mês eu estaria tão feliz. É isso, cara. Caraca! É uma loucura, mas é que as pessoas se enganam achando que ter 2 dias de dor por mês que não seja…
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dois dias de dor por mês já é uma enxaqueca crônica, já é considerado, acima de dois dias por mês, já é considerado enxaqueca crônica. Então, às vezes, as pessoas não consideram o quanto que isso é limitante, você perder dois dias por mês, três dias por mês da sua vida, o quanto que isso pode te atrapalhar.
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na cama é impressionante imagina você dois dias sentindo dor dor dor e não consegue fazer nada você sai. Deve ser ruim demais. A Valéria falou do ponto de vista da enxaqueca nem todos precisam mas para a vida geral nem todo mundo precisa tá nem todo mundo precisa da cetogênica tem aqueles que se sentem melhor na cetogênica né mas nem todo mundo precisa e aí a Valéria por si só já deixou muito claro aqui uma das grandes perguntas por quanto tempo eu posso seguir uma cetogênica?
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Cara, em pessoas no caso da Valéria talvez seja o estilo de vida. Se ela sair, ela aumenta riscos de voltar às crises. Não tem risco e não tem prazo de validade, né Valéria? Não, não tem e tem outras questões que me fazem manter numa dieta… Hoje em dia eu faço uma dieta ceto-carnívora, vamos dizer assim. Eu como… É… Faço uma alimentação animal based, para sair de uma plant based para uma animal based.
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Então, minha dieta é baseada em produtos de origem animal, basicamente, de produtos de origem animal. E uma coisa ou outra, sei lá, não falo que seja totalmente carnívora, porque eu não sou do tipo que não coloca nada de temperos, que não coloca nada de fruta, de vez em quando eu como um pouco.
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Num dia que me dá até um pouco de vontade eu como, até um pouco de folha, mas é bem pouco. Hoje em dia quase não tenho vontade de comer ou se eu tô num evento social que às vezes isso acaba sendo uma coisa que acaba até te empurrando, né, pra que você não fique tão assim fora ali do… De uma questão social, né? É, de uma questão social mesmo.
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é um estilo de vida, né? Isso que a gente fala, que o que a gente propõe é um estilo de vida, não é um alcorão, não é uma prisão, né? Não é pra você falar assim, não, eu não posso sair nunca disso daqui. Não, é um estilo de vida e isso que é bacana, né? O estilo de vida só funciona porque a gente sabe o que vale a pena a hora de abrir uma exceção. Tem pessoas que fazem dieta carnívora com frutas vermelhas, por exemplo. Eu às vezes compro, eu sempre tenho aqui no congelador frutas vermelhas, né? As berries,
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é como se a gente estivesse morando na natureza. Na natureza a regra é a seguinte, você come o que você acha, você come o que você caça. Se você conseguiu achar fruta vermelha naquele dia, umas frutinhas silvestres, você come. Se não achou, beleza. Então é seguir mais ou menos essa lógica, sabe? Como se fosse como se você estivesse morando na natureza. Isso que é legal, né? Valéria, no seu caso, o que foi que você percebeu de grupos alimentares que têm uma
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Cara, vai dar ruim.
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Olha, em primeiro lugar, no topo da lista, estaria o glúten mesmo. Não é nem a questão dos grãos, mas principalmente o glúten. Eu acho que já tem toda essa ligação do eixo e o intestino cérebro que a gente fala. Então tem toda essa questão de que se você tem uma maior permeabilidade intestinal,
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Isso já está comprovado, né, o Alessio Fazano comprovou aí pra gente que qualquer pessoa, quando consome glúten, tem uma maior permeabilidade intestinal. Mesmo que não seja celíaco, pra ficar mais claro. Mesmo que não seja celíaco, qualquer pessoa. Só que o celíaco tem uma maior dificuldade em recuperar essa permeabilidade intestinal. Uma pessoa normal não tem, né.
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eu classifico a enxaqueca como uma sensibilidade não celíaca ao glúten, né? Então ainda não tá totalmente comprovado que seja isso, mas tá bem associado, né? Então assim, quando a gente retira o glúten já há uma grande melhora. Outras coisas que vão ajudar…
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a melhorar, né? Daí são todos os grãos, justamente também pelo fato de aumentarem a permeabilidade intestinal, de terem também essas proteínas mal digeridas, às vezes, né? Muitas vezes. Pro leigo, desculpa interromper, Valérie, mas pro leigo que tá chegando aqui agora, que tá se identificando com sua história. Quando você fala em grãos, você inclui desde arroz, milho, grão de bico, tudo isso.
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É, o grão de bico, ele entra na seção de leguminosas, da família do feijão, mas que também acaba tendo esse mesmo tipo de problema por causa da quantidade de antinutrientes. Eu falo bastante de antinutrientes no meu perfil, e essa questão de você se consumir muitos grãos e…
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também as leguminosas, todos eles têm bastante antinutrientes e acabam atrapalhando a absorção, a digestão também, e também a absorção dos nutrientes, não só presentes nesses alimentos como presentes até na carne e outros alimentos que você esteja consumindo.
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os fatores antinutricionais, tem substâncias químicas que estão lá nos grãos, que se ligam a outras coisas boas, tipo zinco, por exemplo, o milho atrapalha muito a absorção de zinco. E aí você come o grão, a outra coisa boa que você comeu não vai fazer efeito porque o antinutriente que estava lá no grão grudou nele e inativou aquilo, não foi absorvido. Então, as pessoas não têm só permeabilidade intestinal, elas podem ter deficiências nutricionais.
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pelo fato de elas comerem grãos, não é porque elas não comem outras coisas, elas até comem, mas o fato de elas comerem grãos junto atrapalha a absorção de outras coisas que elas comem. E a caseína também, Valéria? Então, a caseína já é algo que eu já… Eu não entendo que esteja tão relacionado com a enxaqueca. Enxaqueca, certo. A caseína é…
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Às vezes pode ser ruim, mas quando as pessoas retiram os grãos, a farinha e o glúten, principalmente, as pessoas geralmente começam a responder melhor ao consumo de laticínios. Não é só a questão da lactose pode ser algum problema, dependendo da pessoa, eu já atendi pessoas que têm…
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problema com lactose até com manteiga gee, então assim, são pessoas extremamente sensíveis, mas no geral, as pessoas conseguem consumir melhor os laticínios a partir do momento que retiram os grãos.
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É porque o seguinte, né, os grãos, eles têm alguns fatores antinutricionais, por exemplo, a saponina, ela é muito presente nas leguminosas, né, no feijão e no grão de bico. Isso é muito comum, quando você coloca o feijão de molho, dá aquela espuma por cima da água, né, aquela espuma é justamente a saponina, e que ela não sai 100%. O máximo que a gente consegue tirar de saponina é 70% quando a gente deixa o feijão 24 horas de molho, então ela não sai totalmente.
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muito mais. Então o que acontece? Essa saponina, ela faz um mecanismo muito parecido com o sabão, ela reabilita gordura por onde ela passa. A gente tem uma camada protetora, um muco protetor no nosso intestino que protege as velocidades do nosso intestino e é onde ficam ali grudadinhas as enzimas que quebram os nutrientes, inclusive a lactase, que é a que quebra a lactose. Então quando a gente come grãos
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muito feijão principalmente, esses antinutrientes da saponina passam lavando, passam retirando essa mucosa, que é o primeiro estágio da disbiose.
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O primeiro estágio da permeabilidade intestinal é a retirada da mucosa. Quando você tira essa mucosa do intestino, as velocidades começam a ficar expostas e as enzimas que ficavam grudadinhas, inclusive a lactase, começam a ser perdidas. A pessoa começa a ter uma intolerância à lactose não é porque ela não produz mais lactase, igual que todo mundo pensa. Na verdade, é porque a lactase que ela produz não está conseguindo mais ficar grudadinha onde ela precisava ficar, porque a pessoa consome tanto grão que aquela mucosa é retirada
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a enzima vai embora e ela não consegue mais quebrar a lactose. Então as pessoas precisam entender um pouquinho desses mecanismos porque quando a gente fala oh fica esperto com grão, a pessoa é por quê? É por essas e outras que isso acontece. Isso comigo aconteceu, então eu tinha uma intolerância à lactose violenta, quando eu parei de consumir grãos que eu entrei no low carb, com um mês e meio, dois meses no máximo assim eu já estava conseguindo voltar.
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a consumir laticínios não é boa. Não tive mais problema. É isso que eu falo. Geralmente as pessoas conseguem consumir bem. E não é só a saponina que está presente no feijão que vai acabar atrapalhando. O feijão é muito rico em oxalato também. Eu falo bastante de oxalato também no meu perfil e é um assunto que eu tenho estudado bastante. Até porque eu também acabei tendo bastante problema com isso, com essa questão dos oxalatos.
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E os oxalatos também acabam atrapalhando, né? Então as pessoas que consomem muito oxalato acabam tendo uma dificuldade também de digestão dos laticínios, justamente porque o oxalato tem uma afinidade muito grande com o cálcio, né? Que está presente nos laticínios e acaba atrapalhando também essa digestão. Então daí a gente acaba, é aquela coisa que a gente acaba sempre associando
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o que a gente está comendo, é… Associa com a questão dos laticínios, mas quando, na verdade, pode ser o espinafre que você está comendo, a batata doce que você está comendo, o feijão que você está comendo, que está atrapalhando a sua digestão dos laticínios. Olha só, já ficou a mensagem subliminar aí, ó. O tal do suco verde detox, a base de…
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folhas verdes, né? Muito inteligente não, tá? Oh, Valéria, tem uma pergunta do Carlos Jarutais aqui. Como era o seu consumo do açúcar antes e como é agora? Porque assim, a restrição a princípio ficou de grãos, cereais e leguminosas, né? E o açúcar? Então, o açúcar, eu, como eu falei, eu tinha, eu procurava ter uma alimentação razoavelmente
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muito mais açúcar que eu considerava natural, né? Então assim, de grãos, de frutas, né? E aí eu eu comia muita fruta, muita fruta, eram no mínimo cinco porções de fruta por dia, tá? Quando às vezes não era até mais do que isso.
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Então eu não sei dizer exatamente, na época eu não contava quanto de carboidrato que eu consumia, mas eu imagino… Na época do Plant-Based. É, na época do Plant-Based. Mas eu imagino que por volta de uns 150, 200, por mais que eu não consumisse o açúcar, eu acho que eu comia por aí. Tá. Entendeu? E hoje? Hoje em dia… Dá um exemplo, Valéria, de um dia de refeição…
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que você tem? É, o meu café da manhã é carne moída. Normalmente, tá? Tem alguns dias que eu como ovo, mas no geral eu como, é o que eu me sinto melhor, tá? O que me sacia mais, não é nem que eu não… Ah, não, você não gosta de ovo? Ovo pra mim enjoa mais do que comer carne moída. Então, eu prefiro comer carne moída no café da manhã e…
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Não sei se também é um resquício de às vezes de comer cereal no café da manhã. Às vezes você achar um bolzinho no café da manhã, eu acho prático, eu acho que para mim não me enjoa, me sacia bastante, meu pós-treino, porque eu sempre treino em jejum. Então eu faço musculação no geral e sempre treino em jejum.
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E daí depois no almoço sempre eu como uma vez por semana, pelo menos as pessoas me veem lá na saga do fígado, né? Então eu coloco, eu nem gosto de fígado, não é uma coisa que eu gosto, mas eu vou, eu procuro incluir pelo menos uma vez por semana fígado, porque eu já tive bastante problema com anemia também lá atrás, né?
38:07
Isso sempre foi um problema para mim. Então, hoje em dia eu mantenho, eu não tenho mais problema com deficiência de ferro, mas eu mantenho com o consumo de fígado pelo menos uma vez por semana. Consumo de vez em quando também, pelo menos umas duas vezes por semana eu consumo peixe e frango e assim, é bastante coisa, não é pouca coisa, tá? Assim, no café da manhã…
38:33
São 180 gramas de carne, pelo menos. 180, às vezes até mais. O consumo, tá? Não é pouquinho também, assim. E os vegetais que você mais consome.
38:50
Hoje em dia é abóbora. Eu acho que há alguns meses eu também comia carne de todo tipo. Aqui em Recife a gente chama de jerimum. Um purê de jerimum assado. Porque a nutrição, como a gente falou do marketing sobre a alimentação, a gente associa vegetal, parece que o prato tem que estar absolutamente colorido com a variedade muito grande de vegetais. Não precisa.
39:16
O que a Valeria apontou aí, os alimentos mais nutritivos que a gente tem, densidade nutricional, alimento da origem animal, né, carnes, órgão, fígado, cara, isso são verdadeiros multivitamínicos, né? Os vegetais ajudam para que a gente varie textura, sabor, tem até um pouquinho de fibra que está tudo bem, né Valeria? Mas assim, não supervalorizar também nem tanto, né? Eu consumo, às vezes eu consumo um pouco de couve-flor também, eu consumo…
39:44
Como eu falei, eu não fico me importando tanto que tem, às vezes, de tempero, às vezes é um alho, cebola, às vezes pode conter também na minha alimentação, às vezes até outros temperos, né, tipo especiarias, algumas especiarias que coloca ali na carne para deixar um pouco mais saboroso, mas eu consumo bastante laticínio, né, consumo bastante, iogurte principalmente.
40:13
e alguns queijos. Não tomo leite. Não tomo leite… Até porque eu gostaria de consumir se fosse um leite cru, mas aqui é difícil de achar e tudo. Então, eu até prefiro também, eu acho que o iogurte, ele substitui bem essa vontade de, às vezes, de você ter alguma coisa, até como sobremesa, sabe? Eu uso muito o iogurte como sobremesa para mim.
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E aí eu coloco no iogurte, às vezes um pouco de… se eu estou com vontade, coloco um pouco de fruta picada, um sumo de maracujá, que às vezes eu dou uma congelada, coloco ali também. Adoro, adoro maracujá com água com gás, cara. Também uma delícia. Verdade. Olha, esse eu não experimentei, vou experimentar. Delicioso. E Valeria, você pontuou…
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que cancelou também que tinha alguma questão delicada com intestino, né, na época do plant-based e hoje a abordagem predominantemente carnívoro. O que era e como está agora? Bom, aí então eu passei por essa minha jornada da enxaqueca que eu melhorei bastante, logo no primeiro ano melhorei bastante mesmo, tanto que eu comecei a ajudar outras pessoas, mas fui melhorando ainda mais ao longo do tempo, né.
41:41
o que eu falo de melhorar bastante, que você até perguntou, eu acabei falando mais da questão da enxaqueca com a aura e acabei não falando que até em cinco, seis meses por aí, eu já estava sem dor diária, já estava com uma ou outra dor pontual, assim, mas bem mais fraca.
42:09
e eu conseguia controlar as dores, eu comecei a conseguir controlar as dores e não precisar mais nem de analgésico e anti-inflamatório. Então, hoje em dia, mesmo que eu tenha dor, é difícil eu precisar de um analgésico e de um anti-inflamatório, então eu tirei totalmente da minha vida. Mas analgésico eu tomo, assim, precisa estar muito, muito difícil mesmo, numa situação que não tô conseguindo controlar.
42:39
E aí, só que meu intestino continuou ruim, né? Que eu falei que eu já tinha um problema, me enchia de fibra, comia muita fibra e mesmo numa dieta cetogênica, eu tava com muitos problemas digestivos, assim, né? Não tinha, tinha uma dificuldade de digestão muito grande, e minha alimentação já era bem restrita, só para ter uma noção.
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Eu na época estava consumindo 11 gramas de carboidrato por dia e com uma digestão péssima, o intestino que não estava funcionando, às vezes precisando tomar um monte de suplemento para conseguir ir ao banheiro. Foi então que eu comecei a ouvir falar da dieta carnívora, isso foi final de 2017,
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o Sean Baker apareceu, que acho que foi a maioria das pessoas que acabou sabendo de uma dieta carnívora, mas eu demorei até meados de 2018 para entrar numa dieta carnívora, porque a gente sempre fica com aquela coisa, mas será que vai dar certo? Mas será que funciona? Mas será que não… E será que… E eu fiquei estudando muito.
44:07
até saber como é que eu deveria fazer, entrei nos grupos para me informar como é que era a melhor forma de fazer, como é que uma pessoa que está começando numa dieta carnívora precisa fazer, o que que pode acontecer. E foi então que em agosto de 2018 eu comecei numa dieta carnívora e foi impressionante.
44:35
a mudança principalmente no meu intestino. Foi… Olha, Andor, intestino ruim, aí comia muita fibra, diminuiu para bem pouquinho, consumia 11 gramas de carboidrato por dia, muito pouco, né? E aí bem pouquinho a fibra, o intestino não melhorou. Então reduziu fibras a zero e como está? Melhorou, passou a funcionar perfeito o meu intestino.
45:05
É, tem um estudo maravilhoso, esqueci o nome do autor aqui agora, é daqui tem um filmzinho muito legal, que eles fizeram um ensaio clínico, né, pra ver se reduzir fibras melhorava ou piorava o intestino. E as fases do estudo foi muito legal, que quanto mais eles reduziam as fibras, mais as pessoas melhoravam. É impressionante, só tem como a gente reduzir fibras a praticamente zero quando a gente faz uma dieta carnívora.
45:30
Porque se você comer planta, você está comendo fibra. Então você só consegue tirar fibra da dieta quando você vai para um estilo de vida animal based. E é impressionante, na carnívora as pessoas pensam que ovo fermenta, que carne fermenta. E pelo contrário, gente, porque fermenta é carboidrato. E as fibras são um tipo de carboidrato. Então quando a gente come muito carboidrato, que seja ele em fibra ou em outras formas, é esse aí. Deixa eu ver. Olha aí.
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Esse estudo é mesmo maravilhoso. Parando ou reduzindo o consumo dietético da fibra em relacionado a sintomas da constipação, sintomas associados. Então, os indivíduos que reduziram o consumo de fibras a zero tiveram melhora de 100% de sintomas. 100%, gente, 100%. Você tem noção do que é um estudo científico quando dá 100% de resultado? Entendeu? E vai totalmente contra tudo que a gente vê por aí nas diretrizes.
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Não, é. Lá na faculdade de Nutrição tem umas coisas lá que as pessoas não estão preparadas para essa conversa, a gente não pode nem falar. Então, sei lá, você entra no jogo, é isso mesmo, põe fibra e tal, lá não dá pra discutir essas coisas não, mas aqui no Atletas Loucave dá pra gente discutir. O que acontece, gente, é que as fibras fermentam. As fibras, inclusive as fibras solúveis, atrapalham a absorção de colesterol. Muita gente pensa que isso é bom, né?
46:55
Só que o nosso intestino ele tolera fibras, ele não gosta disso não, é o contrário do que as pessoas pensam, né? Ah, eu preciso de fibras, não, você não precisa de fibras. Inclusive se você tem problemas intestinais a melhor forma de resolvê-los é numa dieta carnívora. Você pode ficar na carnívora o resto da vida se você quiser ou depois você pode voltar reintroduzindo vegetais, vai fazendo teste, ver quais vegetais você vai tolerar e tal.
47:20
Mas isso o estudo mostra, a gente vê na prática o que é o intestino perfeito, a gente não tem gases, a gente não solta pum. Quem faz uma dieta carnívora não solta pum, não tem fermentação, não tem bactéria fermentando lá. Aí as pessoas pensam assim, mas e o butirato? Nossos interócitos precisam de butirato, então os corpicitônicos fornecem butirato, o BHB fornece.
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o butirato, para os nossos interócitos, né? O ser humano sobreviveu milhares de anos, muitas vezes sem nenhum alimento, ou em jejum, ou então comendo só carne, comendo o que achava na natureza, os bichinhos que caçava, né? O nosso intestino ele não gosta de planta, ao contrário do que muita gente pensa, ele tolera. Algumas pessoas toleram bem, outras pessoas toleram mal.
48:07
de acordo com a dieta que teve durante a vida. Dependendo do que a pessoa comeu durante a vida, ela pode chegar num nível de intolerância a vegetais muito grande, como era o caso da Valéria e de outras pessoas que a gente conhece. Nesses casos, a gente tem que partir para uma estratégia carnívora e essa estratégia pode ser temporária e muitas vezes ela se torna…
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a vida toda que a gente gosta né o ser humano quando aprende a comer carne não quero mais saber de salada não é muito difícil querer comer um prato de salada a preguiça de comer salado depois que a gente conhece o estilo de vida carnívoro você olha aquele monte de plantas assim eu falava pra que que eu comei isso gente a carne tem tudo né todos os nutrientes essenciais tem lá os aminoácidos essenciais as gorduras que a gente precisa estão todas lá
48:57
Carboidrato não é essencial, tá gente? Pra quem não sabe. Então você olha praquelas plantas, você só pensa no tanto de pum que vai dar aquilo, o tanto de fermentação, o tanto de incômodo intestinal que aquilo vai dar, a gente morre de preguiça. A verdade é essa. Depois que a gente conhece a carnívora, comer qualquer vegetal dá preguiça. Você sabe que aquilo vai te gerar algum incômodo depois? Olha só, só pra aproveitar aqui o nosso tempo… Cadê?
49:25
A Valéria, cara, a experiência de vida dela já tá carimbando aqui a expertise, né? Sobre a questão da enxaqueca, questões inflamatórias, mas pelo que eu vi, Valéria, não é só sobre questões inflamatórias suaves, mas pessoas com doenças autoimunes também, que têm gatilhos alimentares mais sensíveis com a alimentação, né? E tem uma pergunta aqui, olha só. Por favor, dê uma palhinha sobre o kefir, né? Kefir de leite que eu gosto muito, mas não sei se é bom pra quem tem artilha.
49:52
não sei se é artrite romantóide ou se é o artrite, mas enfim, se você puder comentar sobre kefir… Eu acho que kefir é uma ótima forma de se consumir laticínio, né? Porque tem bastante probiótico, é um alimento super bom. Eu acho que não tem problema nenhum aí a artrite.
50:18
tem muito a ver também com essa questão de oxalato que a gente estava falando, né? Porque os oxalatos quando a gente consome, eles… Quando a gente consome em excesso, que é muito fácil de se consumir, em excesso quando a gente está consumindo plantas, né? Seja qualquer quantidade, seja… Você não precisa nem ser vegetariano ou vegano para daí, às vezes, consumir uma grande quantidade de oxalato. Se você consome muita batata…
50:48
consome muito polvilho, né? Suco verde. Suco verde, então, daí é… é… essa outra moda que tem agora, né? de consumir leite vegetal, né? Leite de castanhas. É… E aí você vai… se você come esse tipo de coisa, consome esse tipo de coisa, provavelmente, ah, Trit, tem muito mais a ver com isso do que…
51:17
o kefir não vai fazer mal, o kefir vai te ajudar, é um alimento bom, né? Assim, dependendo do tempo de fermentação, ele vai ter pouca lactose e até mesmo quem tem problema, bastante dificuldade de consumir laticínios por causa da lactose, se for consumir um kefir.
51:45
fermentado por 48 horas, a pessoa não, a pessoa tolera muito bem, sabe, consegue consumir muito bem. É que ele fica bem azedinho, mas é o jeito dele, né? Essas doenças inflamatórias todas têm muita relação com vegetais, muita relação. Quando a pessoa tira grãos, já costuma dar uma melhorada muito grande, porque aí sai glúten, sai gliadina, sai avenina.
52:14
sai todos os oxalatos, fitatos, sai tudo, quando você tira grãos já melhora tipo assim 70%. Aí se analisa, melhorou, zerou ou continua tendo algum problema. Aí vale a pena talvez tentar uma estratégia carnívora. Por exemplo, uma coisa que a gente não falou, os cortos cetônicos eles são anti-inflamatórios. O BHB, o betadroxibutirato, ele imibe um
52:44
Então os corpos cetônicos por si só, eles já têm um efeito anti-inflamatório que age tanto na enxaqueca, que age em doenças inflamatórias em geral, que age também na epilepsia e em vários mecanismos que têm a ver com a inflamação, os corpos cetônicos agem nesse sentido de diminuir a inflamação. Então seria interessante, eu acho que no primeiro momento, para quem tem artrite, tentar uma cetogênica. Se não funcionar 100%, aí eu acho que é melhor tentar uma dieta carnívora.
53:13
Artetiromatóide, que é uma doença autoimune. A minha esposa tem, né? Ela não cura, mas entra em remissão. Entra em remissão. Tem o protocolo autoimune, que ele costuma funcionar bastante para quem tem doenças autoimunes e aí é muito mais coisa do que só… Então, às vezes, claro que uma carnívora seria…
53:42
vamos dizer assim, o mais, uma dieta de eliminação, o topo da dieta de eliminação, né? Mas o protocolo autoimune, que muitas vezes eu acabo usando até junto com uma dieta cetogênica e acaba sendo bem restrito mesmo, porque as pessoas daí não podem consumir bastante, tem vários temperos que não podem ser consumidos, às vezes até.
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Tomate não pode consumir, né, num protocolo autoinúmero, então tem bastante, bastante coisas que a gente precisa retirar para daí a pessoa melhorar. A minha esposa ela tinha na, tem né, só que não tá manifestando, nas articulações das mãos, chega um momento que ela não conseguia dobrar mais. E aí olha só, só para a gente resumir a história, chegou um momento que ela rompeu o ligamento do tornozelo.
54:36
Ela tem uma alimentação equilibrada, né, comendo tudo um pouco, até que ela ficou na cama dois meses, não andava e eu fiz todas as refeições dela. E eu me neguei a dar açúcar e farinha. Em dois meses a médica tirou o remédio biológico, entrou em remissão e ela não toma mais remédio. Só comendo mais comida de verdade, tirando agentes inflamatórios, tá? Então é plenamente possível, tá? E é claro que algumas pessoas vão ser mais sensíveis que outras, existem protocolos bem mais agressivos, como o que a Valeria tá falando.
55:02
o que eu acho mais indicado logo de início você tirar tudo que pode ser um causador de inflamação. Mas cara, na grande e enorme maioria dos casos é plenamente possível entrar em remissão. Pra gente aproveitar o nosso tempo aqui, o Juliano perguntou, Valéria, sobre bebida alcoólica você consome alguma? Olha, eu consumo vinho, mas bem raramente e é numa quantidade bem pequena.
55:30
É assim, eu consumo sim, eu consumo, mas não é com tanta frequência assim não, e o volume é cada vez menor até, minha tolerância diminuiu bastante. E só voltando aqui, olha aí, já respondido aí, tá? Teve hoje inclusive, MV, alguém comentou em algum vídeo do YouTube do Atlas Locarbe que alguém estava melhorando de uma doença autoimune, e a pessoa tinha artrito e romatóide também, não sei nem se é essa pessoa, acho que foi alguma mulher lá.
55:59
e ela achava que não que comer carne inflamava a maioria das pessoas acredita isso né que carne inflamatória se você que chegou aqui agora tá olhando a história da valéria assiste esse vídeo quantas vezes for preciso ela saiu de uma plant based pra uma animal based ela tirou o excesso de vegetais ela não tirou vegetais 100% mas ela tirou o excesso a base e alimento da origem animal o que a valéria não consome ela é mais sensível do que a maioria das pessoas tá é grãos cereais
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leguminosas, né? Então é basicamente isso, sem processado e o de processado. Vegetar de baixo-amido, em em geral, e basicamente carnes e ovos, tá? A MV foi atender ali o interfone. E pra gente estar na reta final, Valeria, queria deixar registrada aqui, como a gente se comunica muito com atleta, na sua época de animal, de plant-based, você também corria, né? Era isso? E tomava gel e não dava bem. Conta um pouco pra gente. Não dava nada bem. Bom, além de ter enxaqueca, né?
56:59
Então, na época em que eu corria, ainda tinha bastante enxaqueca e, como você falou, eu consumia uma dieta orientada por nutricionista tradicional. Então, assim, eu corri três meias-maratonas orientadas por um nutricionista esportivo, também, na época.
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mas passando muito mal. Então, assim, eu acabei tendo bastante problema intestinal, inclusive durante as provas, com uma dificuldade, assim, grande, porque era que começava a correr e tinha que ir atrás de um banheiro, e é bem difícil porque você está ali na prova, você tem… você se programou todinha para aquela prova,
57:58
para conseguir ter uma performance legal e quando você chega, aquilo tá… Você não consegue performar bem porque você tem que ficar parando e indo atrás de banheiro em banheiro, né? Que desconforto, olha só. A Valéria sofria com enxaqueca, um intestino ruim e ainda tomava gelo e carboidrato para correr. Obviamente não dá certo, né? E aí, muito desconforto, né? Mas conseguiu concluir três meias-maratonas. Três meias-maratonas, né?
58:28
Eu passo de mula manca, né? Eu falo, eu brinco que era bem devagarinho, assim, mas eu eu consegui correr três meia maratona, assim. Isso foi em qual ano, Valéria? Foi em 2013, 2014, 2013.
58:53
as evidências nessa época sobre low carb atividade física era escasso, né? Hoje a gente já tem muito mais informação. Acho que é a Maria Vitória. Hoje a gente já tem muito mais… Ah, meu livro chegando! Olha que maravilha, olha a coisa mais linda. E se for a B12? Não. E se for a B12? Quem come carne tem deficiência de B12? Você sabe que… Não!
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Eu vou contar que eu sempre tive deficiência de B12. Eu falei que eu tinha deficiência de ferro e sempre tive deficiência de B12. Quer dizer que naquela época, ninguém, nenhum médico foi capaz de falar você está deficiente em B12, de B12, com uma B12 por volta dos 300, que era o meu normal, por volta de 300 e ninguém me falava que eu estava
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que também pode ser tudo isso, só isso já pode ser uma causa de enxaqueca, né? A deficiência de B12 pode ser uma causa de enxaqueca. E a minha B12 era sempre por volta dos 300, inclusive na dieta cetogênica, porque eu ainda numa dieta cetogênica acabava comendo menos proteína do que eu deveria, né? E aí quando eu saí, quando entrei na dieta carnívora,
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Em três meses a minha B12 saiu da casa dos 300 para os 700. Comigo foi a mesma coisa. Quando eu comecei a cetogênica também, eu tive que tomar cetoneurin, que é a reposição de B12 venosa. Dói para caramba aquele negócio. E depois que eu entrei na dieta carnívoro, minha B12 foi a 900 e cassetada. Então é tudo de bom. O cérebro funciona mais rápido, sinapses nervosos são mais…
01:00:46
mais rápidas, né? Gente, as pessoas não têm noção do tanto que elas sofrem e elas não fazem a menor ideia que pode ser deficiência de B12, que pode ser deficiência de vitaminas, que só estão presentes nos alimentos de origem animal. Então fala-se muito de plant base, fala-se muito, a carne inflama, inflama os cofres de quem vende remédio.
01:01:10
Na verdade, é isso que acontece. E a gente que faz um estilo de vida carnívoro, animal based, a gente sabe que é um negócio maravilhoso, que a gente para de gastar com remédio. Imagina o tanto que você já economizou aí de analgésico e anti-inflamado, remédio. Imagina o tanto que você já economizou. Eu juro que toda vez que eu entro numa farmácia, me dá uma…
01:01:35
uma dor aqui, assim, sabe? Uma sensação, assim, de lembrar o tanto que era… Eu passava na farmácia toda semana para comprar analgésico e anti-inflamatório. Lá vem a mulher da enxaqueca, né? Os caras do balcão já sabiam, lá vem a mulher da enxaqueca, né? Os olhinhos até brilhavam, assim, só os cifrões e os cifrãozinhos, assim. Olha só, e é importante a Valérie falar isso, muita gente é viciada e viciada ou ignorando ou de forma desconhecida, não sabendo que não é saudável tomar esse volume.
01:02:05
tão grande de analgésico e anti-inflamatório, tá? A sobrecarga hepática é enorme, enorme. Em uma hora a conta pode chegar, tá? Então não se acostume sempre tomar um remedinho para ter uma dieta equilibrada se você sabe o que pode fazer, tá? Valerian, a gente chegou na nossa, nosso tempo, tá? Enfim, passa rápido demais. E é só que queria fazer uma pergunta para a Maria Vitória. E se for a B12, Vitória?
01:02:31
E se for B12, o que a gente faz? Dependendo do nível de deficiência de B12 que a pessoa tiver, ela tem que entrar numa… igual aconteceu comigo, numa reposição venosa mesmo. Dependendo do nível de B12, a pessoa tem que entrar numa reposição venosa, mas obviamente, se ela não mudar o estilo de vida e não passar a comer carne de verdade, ela vai ter que ficar tomando injeção de citoneurin, que dói pra caramba o resto da vida.
01:03:00
E às vezes, o problema também pode estar no abuso, não só, né? Os analgésicos são um problema, mas também os prazois também são outro problema, né? Que a gente vê hoje em dia, e que só isso já é causa também de deficiência de B12, né? Então, causa de deficiência de B12 pode ser o abuso de prazois aí, né? Que tem gente tomando como se fosse água aí.
01:03:29
todos os meses. Porque o que acontece? Os prazois, o miprazole, esses da vida, eles inibem a produção de ácido clorídrico no nosso estômago, que é fundamental para a digestão de proteínas, para a produção de fatores intrínsecos, que é o que faz a absorção da B12. Então a gente tem que ficar muito atento, tem que comer carne, gente. A carne é fundamental, fundamental para a nossa saúde. Cuidado com as narrativas, cuidado com esse povo que fala de plant-based.
01:03:58
Cuidado, não é que planta faz mal não, também não é assim. Mas pode ser que um excesso de plantas pode estar te fazendo mal. E principalmente a falta de comer uma quantidade de proteína animal adequada. Faz diferença sim. Existem um grupo de vitaminas igual a B12, igual a vitamina D, igual a vitamina A, que só estão presentes em alimentos de origem animal. E que são vitais.
01:04:25
são vitais pro nosso organismo, vitais, se você não comer essas vitaminas você vai ter problemas, você vai ter problema cognitivo, você vai ter muita coisa, então fica atento porque fala-se muita coisa bonita, eles tentam te convencer de que o mundo bacana é um mundo feito de plantas.
01:04:44
Mas o mundo é cruel, na verdade. O planeta Terra, o nosso equilíbrio biológico aqui, é cruel. Alguns animais dependem de matar outros animais para sobreviver. E esse é o nosso caso. O ser humano é um animal que depende de comer outros animais, gente.
01:05:01
o mundo é cruel, é assim que funciona o equilíbrio no planeta Terra. E a gente precisa entender isso, não significa agora também que eu quero matar animais com crueldade, nada disso. As pessoas precisam entender que o equilíbrio ecológico nesse planeta funciona assim há milhares de anos. Para alguns animais sobreviverem, para o equilíbrio existir, uns animais precisam comer outros. Fazer o quê, né? Valéria, muito, muito obrigado pelo seu tempo.
01:05:31
muito aceitado o convite. Enriquecido demais, a primeira vez que a gente fala com profundidade sobre aqui enxaqueca. Cara, mais de 30 milhões de brasileiros sofrem com enxaqueca e a mensagem está dada, não se acostume com isso, ou não se conforme, é plenamente possível, até onde a gente sabe em quase todos os casos, tem uma melhora, talvez até uma remissão total das crises, né Valéria? É, dá sim. Muito obrigado Valéria. No caso sim.
01:05:56
Então, muito obrigada. Eu que agradeço a oportunidade de vir aqui falar e pelo convite. Foi um prazer. Ó, acompanha a Valéria. Pra você que tá no podcast tá aqui ó, @valeriakl no Instagram. Segue ela lá. Tem muito conteúdo bacana também sobre alimentação e a experiência de vida dela é pelo que ela falou aqui. Você já sabe, né? Que ela entende o que fala e se você sofre com isso ela pode te ajudar demais também. MV, show de bola. Tamo junto.
01:06:26
Rapaziada, beijo no coração, tchau tchau e até a próxima. Tchau, gente. Até mais, obrigada.