DIABETES – A CAUSA E A CURA – Episódio #338
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Olá, bom dia! Hoje é 1º de julho de 2023 e estamos iniciando mais uma live do Atlas Lowcarb. Hoje, excepcionalmente, hoje a gente está fazendo no sábado, naturalmente, nas quintas-feiras, mas para um tema tão importante e alguém com tanta especialidade quanto o diabetes, a gente está trazendo agora no sábado a nutricionista Josi Pires. Josi , muito obrigado por ter aceitado o convite, seja muito bem-vinda. Imagina, foi nada.
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Vamos falar sobre o diabético. Para você que está aqui agora no Instagram, cara, compartilha, tá? Manda para alguém que você conhece que tem diabético, que precisa de boa informação. Para você que estiver no YouTube também, compartilha, tá? Participe, deixa sua pergunta, deixa sua colaboração. Se tiver alguma dúvida, deixa sua pergunta que a Josi está aqui. Aproveita que ela está ao vivo para tirar todas as suas dúvidas, tá? Josi . Se apresenta para a gente. Para quem está aqui agora e ainda não conhece a Josi, quem é a Josi? Onde mora? O que faz? O que come?
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Fala um pouco pra gente. Excelente. Só antes de iniciar o pessoal aqui do Instagram reclamando que tá com app. Gente, vem pro YouTube, certo? Não tem como melhorar porque eu já coloquei o fone de ouvido. Então quem tá no Instagram, clica aí no perfil do Atletas Locado e vai pro YouTube. Você vai conseguir assistir a mais uma qualidade melhor. É o único conselho que eu tenho. Ok.
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Sou nutricionista, né? Já faz cinco anos que eu estudo exclusivamente o diabetes e trabalho com diabético. Depois de um tempo na profissão, eu decidi que queria focar nesse público. Foi desde a época da faculdade, em 2015 mais ou menos, quando eu estava na faculdade ainda. Pra ser bem franca, eu nunca desejei ser nutricionista clínica, viu, André? Eu entrei na faculdade de nutrição e eu estava…
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pensando em abrir um restaurante, tinha feito gastronomia antes, mas na faculdade, no período antes de concluir o curso, no estágio de clínica, eu me deparei com algumas situações que mudaram o meu foco, que chamou muito a minha atenção, que foi o quê? Aquela dieta padrão, hospital, veja, ainda na faculdade eu não…
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Eu tinha, nem perto, a compreensão que eu tenho hoje, o conhecimento, mas eu comecei a olhar para cada prontuário, para cada história e cada dieta, cada refeição que eu mesma passava oferecendo. Na manhã seguinte, eu olhava o prontuário e parece que o paciente não melhorava ou então estava pior cada vez mais, pensando assim.
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na glicemia, no controle glicêmico, pensando inclusive na própria pressão arterial. Eu lembro ainda hoje, na faculdade, um paciente que estava levando a culpa de que a pressão não controlava porque ele estava comendo a dieta dos acompanhantes, né? Mas assim, uma dieta hipossódica, mas que tinha pão, franceses, enfim, algumas coisas que hoje, né, eu sei que realmente aqueles alimentos colaboravam para que aquele paciente…
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de fato ficasse com uma pressão extremamente alta. Mas, ok, então foram esses casos que chamaram a minha atenção na faculdade que mudaram completamente a minha visão, né? Ou seja, antes eu queria ir a um restaurante e vender de tudo, tá? Não era comida fixa, não, era vender a comida. E de repente eu me vi indo para uma área totalmente assim desconhecida, mas que eu aprendi a amar. Então depois da faculdade…
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Eu acho que você vai perguntar isso aqui na nossa frente, né? Mas eu me deparei com uma realidade de muitos pacientes diabéticos e eu, como cristã, que só abracei essa causa no sentido já pra você nutricionista, eu quero fazer a diferença pra vida daqueles que eu vá aprender. Então, me especializei em diabetes, fiz quatro cursos de especialização, entre eles está o curso Diabetes à Solução, administrado pelo Dr. Souto e o endocrinologista Rodrigo Bomeni.
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E é isso, faz cinco anos que eu venho estudando isso e com muito amor, né, tenho sempre falado, eu basicamente respiro diabetes hoje. Josi, quando e como foi que você entrou em contato com o movimento low carb? Pois é, foi interessante porque depois do curso eu não tinha essa compreensão de low carb porque ninguém aprende sobre low carb na faculdade, nem uma nutricionista. Na verdade, o que a gente escuta, né, os burburinhos é que é dieta da moda e tal.
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Agora, uma coisa interessante é porque o meu marido, quando nós nos casamos, ele tinha epilepsia e aí uma vez na aula a professora citou dieta cetogênica. E aí eu fiquei muito curiosa porque, veja, meu objetivo àquela altura era, opa, será que eu posso ajudar meu marido? Então no término da aula eu fui até ela, professora me fala sobre dieta cetogênica. Ela falou, não, é uma dieta perigosa, tem que ser feita no hospital, não pode ser feita…
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E ela não me deu explicação nenhuma, tá? Então assim, eu fiquei com aquela curiosidade e eu cheguei em casa e falei, amor, eu acho que tem uma coisa que vou conseguir te ajudar, porque meu marido tinha crises, entende? Então ele tinha diversas crises, ele chegou uma vez ter um desmaio no banheiro do trabalho e quebrar a caixa do aparelho com a cabeça, então assim, era uma coisa que era preocupante, né?
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Então, quando eu terminei a faculdade, eu já estava com essa curiosidade, mas eu não tinha conhecimento ainda que existia profissionais especialistas nisso. Foi quando eu encontrei primeiro o doutor Souto, como muitos profissionais a gente se deparou naquele bloco dele, né? E aí, depois daquilo, eu comecei a ler e falei, tá, então existe realmente uma alternativa, uma outra linha de trabalho que eu quero ir alinhado com toda a experiência que eu tinha tido no hospital.
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Foi aí que eu comecei a estudar e cheguei nos cursos de especializações. Mas tudo começou, eu diria, com o objetivo de ajudar o meu próprio marido, que hoje nós temos 16 anos de casado e vai fazer dois anos e alguma coisa que o neuro retirou dele e o fenobarbital que ele tomava e a gente conseguiu controlar realmente essas crises só com o diéter. Ele fez dieta cetogênica, enfim, mais ou menos por aí.
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Não vamos nos aprofundar nisso, mas a gente já fez algumas lives com psiquiatras, psicólogos, neurologistas e a cetogênica é uma ferramenta poderosa para a saúde neurológica. Então a gente não vai se aprofundar. E é bom a Josi relatar isso, eu também não sabia. É um caso real, não é um caso isolado. A a cetogênica não é uma dieta perigosa e muitas pessoas têm grandes benefícios. Nem todo mundo precisa, mas não há risco, né Josi?
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Exato, não é muito perigoso. A Josi falou do diabetes, ela se deparou muito com muitos pacientes diabéticos. E olha só, eu trouxe alguns números, são números de 2021, são recentes, mas não são atuais. Só sobre amputações, mais de 16 milhões de brasileiros sofreram amputações, quer dizer, sofrem de diabetes, mais 12 mil amputações em 2021. Em 2021, mais de 16 milhões de brasileiros
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de 15 o diabetes e mais de 12 mil amputações foram realizadas nesse ano. Amputação diabetes tipo 2, tá? E o SUS gasta em média, olha só, 3 bilhões de reais por ano com doenças relacionadas à alimentação, ao estilo de vida. E o diabetes é um que encaixa nesse quadro e a Josy vai falar já já. Josy, eu tenho feito uma pergunta recorrente aqui nas lives para os profissionais da saúde e eu
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Sabe? Era raro encontrar um adulto obeso com diabetes tipo 2. Encontrava, mas era raro. Hoje não só é comum, como as crianças também estão crescendo, gordas e doentes, com diabetes, hipertensão, gordura no fígado. Para você, onde é que a gente está errando, Josi? Pois é, uma boa pergunta, né? Até porque no final dos anos de 1800 para início dos anos 1900, um deles se industrializou como um todo, né? Então as pessoas, elas…
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deixaram de comer o alimento fresco, deixaram de comer a comida de verdade para priorizar os pacotinhos, para priorizar alimentos industrializados hiper palatáveis que não dão sociedade pobre do ponto de vista nutricional. Então já tem essa questão, não que a industrialização em si tenha sido algo ruim, não, gente, eu sei do avanço, né, que a nossa sociedade teve como um todo, mas pensando para a parte da alimentação.
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diversos problemas aconteceram. Vamos lá primeiro. Então a gente vai pensar, porque que a gente come? Eu entendo que a comida ela tem um papel muito superior do que apenas nutrir o corpo, mas a grande verdade, André, é que hoje se eu perguntar para a grande maioria das pessoas quando foi a última vez que você comeu porque você sentiu fome, as pessoas não lembram.
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Porque primeiro a gente tem diversos motivos para comer, é fato. Está triste? Come. Está feliz? Come. Ah, eu vou comer porque eu vi aquela propaganda. Aquele alimento é muito prazeroso. E de fato, os alimentos industrializados, eles são criados, né? E aquela embalagem, as cores, o bali, é feito com um critério para chamar a nossa atenção. Então, primeiramente, as pessoas têm escolhido o produto alimentício além…
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no lugar da comida de verdade, né? Essa ideia de que não tem alimento mocinho, beleza, não vamos demonizar a comida, mas a grande verdade é que quando se pensa de que pode comer de tudo um pouco, a gente gera um grande problema aqui, porque diversos alimentos, as pessoas tentam comer um pouquinho e elas não conseguem, porque o próprio produto em si, ele foi feito pra você comer em excesso.
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O próprio produto em si faz com que você, de primeira mordida, não queira parar. Eu gosto de citar o bis, impossível comer só um, só o próprio produtor do produto já fala isso. Então, se a gente for cair, ok, já tá consciente. Então, alinhado a isso, essa ideia de comer de três em três horas. Então, por que eu vou precisar comer de três em três horas?
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Se eu falar para você, ah, André, você deveria evacuar de três em três horas, isso gera um espanto, nossa, que história é essa? E a comida, a função dela é fisiológica, a gente precisa comer da mesma forma que nós precisamos dormir, que nós precisamos descansar, ou seja, a ideia de que a gente precisa comer de três em três horas já tem alguma coisa muito errada aí.
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Porque se for pensar a luz da evolução, a gente não evoluiu com menos de 3 em 3 horas, a gente é comida para isso. E sem falar que pensando pro desenvolvimento do diabetes. Então são comidas que estimulam a insulina o tempo todo, que estimulam, né? Porque vamos pensar os carboidratos, a pessoa come, então são alimentos que tem uma proteína diluída.
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Baixa proteína, ricos em amido, em farinha refinada, muito palatável, muito hipercalórico. Então as pessoas elas comem, como nós já falamos, comem por diversos motivos. A tendência é ganhar peso e aí não tem corpo que consiga aguentar esse excesso. Eu posso fazer uma analogia? Vamos pensar, vamos pensar, André, no tempo das chuvas.
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Eu vi alguém comentando aqui, que dia legal, né? Uma mania chuvosa. Então, na época chuvosa aqui no Brasil, em diversas cidades, existem alagamentos, né? A gente fica torcendo para que a chuva cesse, caso contrário, já tem diversos deslisamentos de terra e tal. Então, o nosso corpo hoje, no corpo de algumas pessoas, algumas pessoas estão vivendo em um período de tempestade eterna.
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nunca passa, ou seja, o tempo inteiro ela está comendo, ela está enchendo os seus estoques de energia. E aí o que acontece? A pessoa vai ganhando peso, vai desenvolvendo resistência insulínica, ela não faz um jejum para dar um espaço, entende? Para o corpo usar os estoques de energia, então fica direto chovendo. E aí os prejuízos que as cidades…
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acaba passando de deslizamento, enfim, a gente vai tendo com que a pressão vai ficando alta, a pessoa vai ficando cada vez mais cansada, mal humorada, diversos problemas de saúde. Então, se for responder a tua pergunta, o ambiente mudou como tudo. Então, houve uma mudança drástica e infelizmente muitos de nós não estávamos preparados para alcançar.
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Ou seja, nossa genética jamais imaginou a gente agora nesse ambiente cheio de… ter muita comida é legal, mas da forma como a gente está fazendo, não está sendo de muita ajuda para o corpo. O ambiente mudou muito mais rápido do que a nossa genética é capaz de acompanhar. E não só a genética, de absorver. Claro, porque não é alimento. Substância alimentícia é uma coisa e alimento é outra.
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é gostoso, mas é hiperpalatável, é prático e isso é uma cilada, é uma armadilha enorme, né? E a gente vê muitas vezes as pessoas caindo nessa armadilha do conforto e da praticidade e a saúde desandando e entra num ciclo de dependência e fica difícil sair, porque a gente sabe que é gostoso, né? Quando a gente fala para evitar açúcar, não é porque a gente não gosta, a gente gosta, mas a gente conhece a armadilha e o impacto metabólico, né, Josi? Exatamente, exatamente.
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Olha só, e aí eu quero entrar nesse tema, tá? A Josy falou sobre comer a cada três horas. Deixa só um comentário aqui. As pessoas crescem nesse ecossistema entendendo que parece que é ok comer com tanta frequência. Quando a gente vai na literatura, Josy, não tem nenhum estudo que comprove isso, que comer com três horas faça mais sentido ou seja saudável. De novo, voltando lá para os anos 1930, 40, um adulto fazia em média duas refeições por dia. Mal lanchava porque comia alimento.
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que tinha industrializado, tinha, mas não comia com tanta frequência como se come hoje. Os jejuns eram naturais. Nossos avós, bisavós, faziam duas refeições de comida de verdade. Então, enfim, não é natural estar comendo o tempo todo. E aí, Josi, eu queria entrar agora no nosso tema. Para quem não sabe o que é, para quem tem ou conhece alguém que tem, o que é o diabetes? Ok. Uma boa pergunta, porque muitas pessoas imaginam que o diabetes é a glicose alta no sangue. Mas a verdade…
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a glicose alta no sangue é apenas um sintoma, o diabetes em si é um grupo de doenças metabólicas com diversas funções, então vamos lembrar para o pessoal que não existe só um tipo de diabetes, existem diversos tipos de diabetes, então tem o diabetes tipo 1, muito ali diagnosticado em crianças, mas também pode ser diagnosticado em adulto, a gente tem o MOD, a gente tem o LADA,
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autoimuni latente do adulto e a gente tem também o diabetes tipo 2 que é a doença que eu resolvi em uma profundidade dela cada vez mais e ajudar porque mais de 90% dos casos hoje de diabetes da nossa população são diabetes do tipo 2 e aí que a gente pensa em diabetes tipo 2 eu preciso lembrar da resistência insulínica né porque é uma doença caracterizada pela resistência insulínica,
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a pessoa vem alterando o metabolismo dela por anos. Principalmente, eu preciso falar que tem diversas causas, mas eu não posso fechar o olho para a parte da alimentação. Sabe, André? É muito comum hoje as pessoas dizerem ah não, a culpa não é da comida. E aí as pessoas continuam comendo da mesma forma, sendo sedentárias. A gente até fala essa questão…
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de quantas vezes nós nos alimentamos por dia. Então, se eu sou da época, tá? Que na minha infância, em 1996, o café da manhã era peixe na brasa, carne de porco. Então, eu sou do interior aqui de Fortaleza, Será. Que delícia, cara. Comer um café da manhã com peixe e carne de porco? É. a gente comia isso no café da manhã.
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Meu primeiro contato com o biscoito recheado, por exemplo, foi nos anos 2000. Até então eu não tinha comido biscoito recheado. E de repente eu venho pra cidade, hoje quando eu volto no meu interior eu vejo as pessoas com resistência insulínica, elas têm acantose nigricans, são muito visível, elas estão com excesso de peso e elas trocaram, fugam a linha pra fazer frituras em olhos vegetais, então hoje não tem mais peixe, hoje tem…
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o pão, o biscoito que chegou em todo mundo. E aí o que acontece? Você vai comendo, você vai ganhando peso e aí vamos pensar, explicar o mecanismo da resistência. Resistência, o corpo ele pode desenvolver por diversos fatores. Vamos pensar aqui na questão do álcool, né? Então eu não bebo álcool, provavelmente se eu tomasse uma taça dessa daqui de alguma coisa, sei lá, cachaça, tequila, é…
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Eu muito provavelmente iria sentir os sintomas da toxicidade por álcool muito rápido. Mas vou dar um exemplo do meu pai. Meu pai é alcoólatra, não tenho contato com ele e eu tenho certeza que uma taça dele ele não se embriaga mais. As pessoas falam que ele ingere litro de bebidas. Então veja, o corpo vai criando resistência. Tudo que a gente tá, acorda de manhã e já vai comendo pão, bolacha, biscoito, você não tem…
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o controle da sociedade, está tudo alterado, você vai comendo, você vai ganhando peso e essa célula cheia de energia, ela começa a fazer o que? Olha, não pode mais entrar aqui. Se você olhar no microscópio a célula de um obeso, então algumas células estão estouradas, é tanta energia que está ali dentro que a célula estoura e essa resistência é um mecanismo de proteção do próprio corpo em si, não tem mais para onde ir.
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Então diabetes tipo 2, a gente fala que essa glicose alta ela nada mais é do que a ponta do iceberg, né? Tem todo um problema ali por trás que é o quê? Síndrome metabólico, a gente for olhar os critérios, né? Tudo bem que tem paciente diabetes tipo 2 que é magro, a gente sabe que tem esse perfil do paciente magro, mas que tem aquela barriguinha ali que chama barriguinha saliente, gordura visceral, é um perfil um pouquinho diferente.
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Agora quando a gente pensa no paciente diabético obeso, é muito claro, né, porque tem diversos sintomas ali dessa alteração, desse estilo de vida, né, que a pessoa tira como se fosse uma semente. Então assim, você nasce saudável, então você tem a semente, você planta, você começa a cultivar ela até que cresce a planta. Às vezes eu falo para os meus pacientes, enxerga o diabético como se fosse um embrião e aí a resistência insulínica, o pré-diabético vai se manifestando.
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né? Começa com uma resistência insulínica, primeiro que ninguém mede o exame de insulina, a pessoa não sabe que tem resistência insulínica e aí ela vai no seu médico e ela tá com um diagnóstico de pre-diabetes, mas ela escuta, não, mas é normal, as pessoas pensam, ah, mas eu não sou diabético, então tá tudo bem. E aí elas não mudam nada na sua rotina, não muda nada. Então, três, quatro, cinco anos depois elas estão com o diabetes propriamente dito, ali caracterizado na sua manifestação clínica.
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Então, diabetes é uma doença causada pela resistência insulínica, principalmente aí que a gente, claro, está falando de diabetes tipo 12, porque o diabetes tipo 1, nós sabemos que é uma doença autoimune. Pessoal está me perguntando aí para eles, o pessoal está entendendo. Quem tiver dúvidas, é só ir colocando aí, tá? E aí o corpo se manifesta, ele reage criando essa resistência. E aí a principal diferença, Josi, do diabetes tipo 1 e 2.
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Porque apesar de chamar diabetes, mais um é praticamente o oposto do outro, né? Exatamente, né? Porque no diabetes tipo 1, nós temos o quê? Um pâncreas que não produz insulina, né? Devido justamente ao sistema imunológico que está ali, né? A gente chama atacando as células beta-pancreáticas, então o pâncreas não produz. Em contrapartida, no diabetes tipo 2, o pâncreas produz insulina e produz muita insulina. E…
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Por exemplo, se ele entrar em falência é pela exaustão, é que ele trabalhou tanto que ele cansou, coitado. Então vamos lá. Eu até falei que ia explicar o critério do próprio… fugiu a palavra aqui… da resistência, pronto. Então vamos lá. Vamos pensar em dois alunos na sala de aula. Eu tenho Maria e o João.
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Vamos fazer uma prova de manhã e os dois tiraram 10. Só que a Maria precisou estudar 24 horas e o João estudou nada. Cara nerd, uma hora e um só ele foi lá e tirou. Então é a mesma nota mas com esforço diferente. Então trazendo isso para a resistência insulínica.
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Eu tenho um alívio indivíduo que comeu de repente um pão francês com café e alguma coisa e o pâncreas liberou uma, duas unidades de insulina e ele baixou rapidinho. E contra a partida eu tenho outra pessoa que comeu o mesmo pão e o pâncreas decidiu liberar 15, 20 insulinas para conseguir dar conta disso. E aí no diabetes tipo 2, a pessoa muitas vezes faz o teste, percebe o diagnóstico de pré diabetes. Só que…
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ela já tem aquela intolerância, mas ela não muda, então ela fica coçando a barra, ela fica ali comendo, comendo. Até que chega um momento que, como eu falei, as células ficam cheias de energia, então o pâncreas está lá, precisando liberar pessoal, muito mais insulina. Então, pra mim, né, que não tenho resistência insulina, eu estou comendo o arroz, por exemplo, rapidinho, o carboidrato vai dar pipo em todo mundo, a gente sabe, mas rapidinho normaliza.
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Só que no caso do diabetes, embora o pâncreas secrete muito mais insulina nele do que em mim, essa glicose continua alta, ela não baixa, né? E aqui nós vamos falar mais na frente aí dos problemas de uma alimentação inadequada para quem tem diabetes. Ficou claro essa questão da diferença entre o tipo 1 e o tipo 2? Eu acredito que sim, quem tiver dúvidas pode colocar aqui, tá? E só para deixar mais ilustrativo, o carboidrato é um macronutriente que é convertido em glicose.
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E quando a gente come carboidrato, a glicose sanguínea aumenta e um dos papéis da insulina é justamente baixar essa glicose, mandar para a energia, enfim, tem uns papéis da insulina. E o diabético tipo 2, por exemplo, ele come um pouco de carboidrato e o pâncreas secreta muito, muita insulina e muitas vezes não dá conta. E aí, José, a gente vai chegar já nas estratégias, existe estratégia, enfim, terapêutica, para administrar insulina, mas uma abordagem nutricional, ela é…
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eficientes justamente na remissão desse caso e a gente vai saber já já sobre isso, né? E aí, Josi, quando a gente fala em… a Josi deixou claro aqui como funciona o que é o Diabetes Tipo I ou II, as diferenças, e o Diabetes Tipo I, inclusive, é uma doença autoimune que não tem cura, mas também quando bem administrada não oferece nenhum risco, né? O paciente DM-1 ele vive com qualidade perfeitamente bem, né Josi? Exato, sim, sim, com certeza. Dá para reduzir bastante as unidades de insulin ali.
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Josi, qual é a causa do Diabetes Tipo 2? A gente ilustrou o ponto de vista, o contexto evolutivo. Não é natural ter Diabetes Tipo 2, porque é uma doença adquirida pelo estilo de vida e num período recente de 100 anos, cara, na geração dos nossos avós, talvez alguns bisavós, era raro encontrar. Hoje é muito comum. E a gente vê, você já apontou que o ambiente está muito diferente. A nossa alimentação está diferente. Não é só alimentação, alimentação tem um peso gigantesco do desenvolvimento do DM2, mas na sua experiência.
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Qual é a principal causa do diabético 2? Interessante a pergunta. Quando eu penso assim na causa, né, como a gente falou, existem diversas causas, eu não poderia chegar aqui pontuando uma exclusiva, né, mas se eu for pensar na questão o nosso próprio trabalho, a gente trabalha o dia inteiro sentado, a gente não gasta muita energia, né, e é muito comum as pessoas estarem em seus consultórios e com um potinho de bolacha, comendo, não…
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faz nenhum tipo de exercício, as pessoas elas não dormem bem, as pessoas elas voltam o celular com o smartphone na mão e elas muitas vezes passam a noite ansiosas, então essa liberação de hormônios e o estresse, né, como a noite mal dovenida também está contribuindo, então sedentarismo, a alimentação inadequada, a falta de sono, então são…
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um conjunto de fatores que lamentavelmente nós temos vivido, eu diria que a maior parte da pessoa tem estado nesse ambiente de contínua inflamação do corpo, ganho de peso e com isso o resultado é esse. Infelizmente eu não posso falar, é só alimentação, porque diversos fatores estão incluídos aí.
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Eu, aí é minha opinião, se eu fosse colocar um que tem um maior peso, a alimentação, de longe. Não é só a alimentação, é muito claro, né? Mas a alimentação tem um peso importantíssimo, né? Assim como a Josy contou, a nossa alimentação como espécie humana tá muito, muito diferente se a gente faltar 200 anos, por exemplo, em um período recente, né Josi? Sim, sim, em um período recente. Eu tenho uma pergunta aqui do Marcos, bom dia.
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Eu acho que é DM3, né? E já está confirmado, assim, o Alzheimer, né, que é chamado de diabetes tipo 3, né, Josi? Também que é uma resistência insulínica, né? Tem como reverter em pessoas idosas com sobrepesas de teatose hepática, Josi? Pois é, a respeito do Alzheimer, e sim, eu atendo, passando assim, tem uma melhora, né? Os estudos demonstram que tem uma melhora. Inclusive, dá pra fazer a doença também, andar pra trás, aí, né?
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Depende muito, André, eu vou dizer assim, do tempo de doença, do contexto, às vezes da adaptação do paciente, né? Mas, sim, é possível, é possível. Então, se existe uma pessoa que conseguiu, outras podem conseguir também. Nada é impossível. Sim, uma conseguiu, outras podem. E se uma doença decorida pelo estilo de vida, em teoria, seria melhorar o estilo de vida, né? Só que como a Josi pontuou, depende do tempo, né? Então, quanto mais recente, mais…
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entre aspas, mais fácil a remissão, né, Josi? O tempo influencia muito, né? Tanto o DM-2 quanto o 3, né? E a Josi falou do estilo de vida, é importante ressaltar isso também, porque o diabetes tipo 2, apesar de ser uma doença adquirida, cara, a doença se manifesta com décadas, né? Geralmente 8, 10, 15, 20 anos. Então, um estilo de vida cultivado, um estilo de vida inadequado, sedentarismo, má qualidade do sono, má alimentação…
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a médio e longo prazo, a doença se manifeste e o preço pode ser alto, né Josy? Com certeza, inclusive nessa parte do diabetes de estudos, já no imonso também, que o diabetes, ele tipo 2, ele se caracteriza 10, 15 anos antes do diagnóstico, até porque muitas pessoas acabam recebendo o diagnóstico num exame de rotina. A pessoa foi lá fazer um exame e aí recebeu, olhou a meia glicose, tá, 300, deu esse
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Então a pessoa nem faz ideia porque é uma doença silenciosa muitas vezes e aí as pessoas, uma doença que não dói, por não doer, muitas vezes é até difícil a gente conseguir que o paciente ele tenha uma aderência boa ao tratamento, um mês que não dói, né? Só que aí pessoal, tem aquela questão das complicações, né? Porque já no pré-diabetes tem um risco maior de lesão, né? Nos nervos, a retina, então você vai tratar o diabetes.
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mesmo não doendo porque você quer evitar complicações. Então diabetes hoje é a doença que mais amputa, é a doença que mais seca e a doença que mais causa, por exemplo, falência renal. Se você chega numa sala de imodiários e pergunta quem aqui tem diabetes, você diz ah eu tenho diabetes. Então embora é uma doença que não machuque de imediato, ao longo do prazo o estrago é grande. E assim, com todo o avanço que nós temos…
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na tecnologia, são muitos remédios bons, são uns remédios bons hoje no mercado, mas por que será que o diabético ainda continua sendo a doença que mais afunda, por exemplo? Então assim, com todo o conhecimento, as epidemias de diversas outras diversas pandemias já foram controladas, né? A AIDS está controlada, mas gente, o diabético não, o que a gente está fazendo de errado?
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Olha só, foi importante, Josso, pontuar isso. Existem sim medicamentos que têm um resultado interessante, mas esses medicamentos, a minha opinião também, servem mais como muleta, né Josso? Porque algumas pessoas querem tomar medicação, mas continuar com o mesmo estilo de vida, mesma alimentação. É improvável ter melhora. A glicemia talvez não aumente, mas nesses números que eu trouxe de 2021, deixa eu só trazer aqui, mais de 12 mil amputações foram feitas em pessoas com diabetes e cara, boa parte dessas pessoas tomavam remédio. Isso não anulou os riscos.
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Então é preciso tratar, melhorar o estilo de vida. E tem uma pergunta aqui, José, do Juliano. Bom dia. Por que pessoas com diabetes têm dificuldade na cicatrização? Exatamente. Porque, na verdade, o açúcar alto no sangue dificulta que aquele tecido lesionado receba os nutrientes, receba os anticorpos. Então o diabético é uma pessoa que tem uma circulação também ruim, devido justamente a esses fatores.
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Agora, se o teu diabeto está bem controlado, e aí vamos já entrar na… Eu já posso falar da dieta também para responder ele? Ou você tem um outro que eu não creio não é? Já pode entrar? Já, já. Não, eu tenho outra pergunta aqui antes de a gente entrar na limitação, se você quiser segurar aí. Eu queria que você só falasse quais são os fatores de risco de pessoas que têm diabetes. Pois é, o diabetes hoje é uma das doenças. Vou falar assim o diabetes, mas lembre que o diabetes, o açúcar, é só um sintoma.
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Então a resistência insulínica, que é a causa ali por trás do diabetes, é o maior patrulho de risco para infarto, para AVR, para depressão alta, para câncer. Então a gente vai tratar o diabetes para evitar todos esses problemas. Já falamos aqui de amputação também, de cegueira. Não só isso, mas tem a importância sexual nos homens e nas mulheres. Então a pessoa também acaba…
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Como que eu posso falar? Antigamente o Alzheimer que foi citado agora, antigamente doenças como câncer, como Alzheimer, não se ouviu falar. Hoje, entendi. E o diabético, a pessoa que tem diabetes, ela tá mais propensa a isso, a desenvolver todos esses problemas. E aí é só deixar registrado. Cara, quando a gente fala em estilo de vida, comer comida de verdade, entenda que isso deve ser a base.
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Para quem vive com essa dieta equilibrada, dieta flexível, comendo de tudo um pouco, sempre se sabotando, comendo um pouquinho de substância alimentícia, boa parte dessas substâncias são inflamatórias, aumenta desejos compulsivos, aumenta pensamentos em comida. Assim como a Josi falou, o diabetes tipo 2 é uma só das doenças metabólicas, tá? Ela é diagnosticada com 15 anos, cara, do desenvolvimento. É uma doença silenciosa. Quando a gente fala da importância de cultivar bons hábitos, é justamente para você não ser pego desprevenido e muitas vezes…
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pode ser tarde, né, Josi? Então, só pra deixar registrado, cara, tenta dormir bem, tenta se exercitar regularmente, coloca na base da alimentação comida de verdade, porque assim como a Josi falou, de uma maneira mais sutil, uma exceção não vai ser problema alimentar. Se você comer um pão, fizer uma exceção, cara, se você tem uma boa saúde metabólica, num momento pontual não vai ser problema, mas o contrário, a médio e longo prazo tem um preço alto e a gente tem visto essa epidemia hoje, né?
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Vamos lá, Josi, vamos lá, voltando aqui para a pergunta do Juliano e do Marcos também. Como o Diabete tipo 2 pode ser impactado através de uma intervenção alimentar? Pois é, isso é bem legal também. Já faz anos, pessoal, que as eletrizes médicas e nutricionais
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tratar com dieta convencional, com remédios e, apesar de todos os esforços, o que a gente tem assistido é uma doença se tornando uma epidemia, como nós já falamos, causando diversos problemas. E onde é que está aí o erro? Acho o erro. Então, como eu falei da minha faculdade, que eu comecei a atender diabéticos, eu comecei a olhar para esse público com um olhar diferente.
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Então, a começar pelo um teste para diagnosticar o diabetes, que é muito legal, que é o teste oral de tolerância à glicose, que o indivíduo vai ingerir 75 gramas dele glicose pura e aí se depois de duas horas a sangra em si não estiver alta, maior que 200, ele vai ser diagnosticado com diabetes. Então, a pessoa recebe esse diagnóstico e aí ela vem no meu consultório e eu peço para ela apenas…
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trocar o pão francês pela tapioca ou para ela trocar o pão francês pelo pão integral. Então vocês vão entender o seguinte, o que a gente come? Então o carboidrato, o carboidrato depois de digerido, independente se é um pão francês, independente se é um pão integral, a diferença maior entre eles é que o vai ter um pouquinho de fibra, tá? Mas a carga de semicali ainda é muito grande. E aí…
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esse é um paciente que ele foi reprovado no teste. Então a pessoa tomou 75 gramas, depois de duas horas a glicemia estava nas alturas e ela foi para casa. E aí eu digo assim, tá bem, André, você tem diabetes, mas as diretrizes nutricionais recomendam que você tem que comer 300 gramas de carboidrato diariamente, é uma loucura. Quando eu penso nesse diagnóstico,
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não importa o melhor remédio, as pessoas gastam dinheiro muito. Eu tenho um paciente que está economizando hoje em torno de 4 mil reais porque ele usava as melhores drogas e a glicemia dele, a hemoglobina glicada, não conseguiu controlar. Por quê? Porque você não tolera glicose. Só que quando você pensa no palmo integral, o que é o amido? Então o amido é um polímero de glicose. E quando você come esse alimento, então da boca para dentro,
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Seria interessante se o pântrias tivesse a compreensão que nós temos e dizer, ah não, é glicose do pão integral. Mas infelizmente, pessoal, glicose é glicose. Você vai comer e você vai receber. Então, o que eu percebo muitas vezes hoje é que os profissionais, devido ao ambiente da alimentação ter mudado tanto, às vezes a pessoa pensa, ah não, André, tu tem diabetes, mas olha, sinceramente, não acredito que tu vai conseguir deixar de comer pão.
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sinceramente eu não acredito que você vai conseguir deixar de comer arroz então cara pega esse remédio aqui come tudo que quiser um pouquinho e é isso diabetes é uma doença crônica e progressiva não tem muito o que se fazer. Quando você olha para o paciente né o que que é mais importante para o meu paciente o que é mais importante para mim pra Jose? Gente eu prefiro um mil vezes ter que deixar de comer o pão apesar de não ser diabético e deixar claro que eu não
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Arroz tem eventualmente aqui em casa, a gente não compra macarrão e depois eu vou até contar um pouquinho a respeito disso. Então assim, apesar, eu prefiro abrir mão desses produtos que eu sei que eles dão prazer, um aumentâneo pra gente, mas quer rapidamente passa e aí no caso de quem tem diabetes. A pessoa come uma alimentação rica em amido, tapioca, cuscuz, pão e duas horas
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furando o dedo ou com o medidor contínuo de glicose, tá lá uma glicemia de 200, 180 e isso quando tá quando tá 400, 500, 600. Então qual que é o impacto da dieta? Se você entende a origem do diabetes tipo 2 e você olha para o paciente, vamos partir do princípio, André, de que o ser humano ele tem capacidade de mudar, de alcançar o que ele quiser.
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Então eu olho pro meu paciente e digo, explico tudo e falo pra ele, olha, a dieta certa para você é a gente tirar do teu corpo aquilo que ele não está tolerando. Então assim como nós temos a doença celíaca, a doença celíaca é uma doença que a pessoa não tolera o glúten. E se eu insisto pro meu paciente, que ele, ah não, mas calma aí, pão é muito bom. Quem vai deixar de comer um pãozinho de manhã com manteiga quentinho?
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Então paciente, as mulheres podem desenvolver cansa do intestino, elas podem ficar até estéril, olha só, então são tantas coisas, elas sentem dores, são tantas coisas que podem acontecer e porque a gente olha pra pessoa e diz não, não pode comer glútex, mas porque o diabetes é diferente? Talvez porque como eu falei, a doença não dói no momento, no entanto quando a gente
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tem essa compreensão de que cada refeição que ele está fazendo não é nutrição que ele está dando para o corpo. Gente, pão não muda em diabético. O pão depois de digerido ele vai virar glicose, a glicose está alta no teu sangue, a glicose alta ela é tóxica, nós já falamos dos problemas dela. Então pão não muda em diabético. Tapioca não muda em diabético. Arroz não muda em diabético. Então eu preciso mudar.
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a fonte dessa nutrição, dessa energia, desses nutrientes para esse paciente. E quando o paciente começa a receber uma dieta de baixo carboidrato, focada em tratar o que? A resistência insulínica? Então, quem foi a pessoa que perguntou? Só para saber, o Juliano, né? O Juliano? Isso, ele perguntou da cicatrização, né? E o Marcos do DM3. Ah tá, então o Marcos, o Juliano e o pessoal que está assistindo a gente. Quando a gente tira o excesso…
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de glicose do corpo, em pouco tempo o paciente começa a melhorar. Em uma globina glicada, é um exame que mede ali, justamente a média nos últimos três meses, né, baixa rapidamente nesses pacientes. Então, o diabetes, ele não era pra ser considerado uma doença crônica e progressiva. Por que ele é considerado? Porque muitas vezes o profissional, ele olha, ele subestima o paciente. Não, você não tem força de vontade, então é isso aí que você vai comer.
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Toma esse remédio e você está tomando um remédio. Aí vamos lá. O remédio é como se você estivesse dentro do mar, dentro do mar de um barco, um barco furado entrando água para todos os lados, né? Tu com um balde tentando tirar, mas aí não para de entrar água. Então se você está tomando o remédio, mas tu já acorda de manhã com migalha de aveia ou com banana e com mamão, você está… Meu Deus, coitado com o remédio, você não está se ajudando.
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Então as pessoas precisam entender que beleza é comida, nós não temos que demonizar comida, mas a gente tem que ver se aquele alimento faz de bem para o nosso corpo, gente, porque o papel principal da comida é a nutrição. Então se você não se nutre, você é um indivíduo que tem diversos problemas. Vamos começar assim, tu não consegue render. Se eu pensar em rendimento, todo mundo quer trabalhar, todo mundo quer cuidar.
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Tem energia para cuidar dos filhos, da casa. Mas o diabético não rende. Quantas pessoas falam que não consegue, que você quer subir a escada da casa? Só tem coragem para nada. Então será que vale a pena a gente abrir mão de toda a nossa vida por um prato de lentilha, como fez o apaz lá da Bíblia? Não vale a pena por um prato de um pedaço de pão de arroz? A vida é muito mais do que isso, gente. Certo? Então…
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a Josi deu um exemplo muito bom. Muitas vezes o próprio profissional da saúde desencoraja o paciente dizendo que, cara, você não vai deixar abrir mão do pão, então toma um remédio. Olha só, de novo, mais de 12 mil amputações foram feitas em pacientes com diabéticos em 2021. Eu tenho certeza absoluta que todos soubessem que poderiam evitar amputação em troca de abrir mão do pão teria feito, por exemplo.
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Então muitas vezes isso é subestimado boa parte das pessoas tiveram amputação feita estavam tomando remédio e eu falei só de amputação e sem falar dos outros desfechos que a Josy falou pessoas que perderam visão que tiveram um infarto que desenvolveram um câncer então muitas vezes só abrir mão daquele processado e ultraprocessado pode prevenir um desfecho pior né Josy então o que falta muitas vezes é clareza da consequência né não olha só o prazer imediato cara todo mundo gosta de pão mas será que precisa será que está ajudando em alguma coisa?
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Se você soubesse hoje que melhorar a alimentação poderia prevenir algum cara, um desastre, você faria isso? Então pensa isso porque cultivar comida de verdade, cultivar bons hábitos, cara, é mais simples, né? Só exige clareza do prazer, né? Um envelhecimento saudável, né, Josi? Exatamente. E ainda sobre isso, quantas pessoas diabéticas não abraçam essas recomendações ao pé da letra? Elas fazem bem bonitinho, André. Sabe? Tem gente que tem um
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restaurada, mas não consegue justamente por causa disso. Eu já vi, por exemplo, professores dizer, ah não, ninguém vive, é uma dieta radical demais, ninguém vive sem isso. E dá pra viver. Então, dentro da minha casa, meu marido, eu dou o exemplo dele, porque ele, ele tipo assim, todos os dias, gente, meu marido, ele come dois ovos mexidos com café. Isso é, isso é de segunda a segunda. No café da manhã. No café da manhã. São dois ovos, dois ovos mexidos. Então…
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Acontece que as pessoas foram orientadas ou estimuladas ou ensinadas, eu não sei, que para a comida ser boa tem que ter amido, tem que ser refinado. Então elas acabaram, André, desviando o olhar. Por exemplo, elas enxergam o ovo, elas enxergam a carne, o peixe, a comida de verdade, como algo restritivo, como dieta, como sinônimo deles sofrimento.
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E para você tratar o diabetes de forma eficiente, você começa por aqui na sua cabeça. Então você tem que começar a enxergar que a gente não evoluiu comendo pão. Antes da agricultura, que só tem mais ou menos os 10 mil anos de existência, a gente comia era carne, a gente comia era peixe. Alguém perguntou aqui, Josi, desculpa, o que comer no café da manhã? Exatamente isso que Josi está falando, comida de verdade, né Josi? Não tem como, por que burocratizar, né?
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Exato! Olha, o ovo, eu por exemplo, não sou muito fã de ovos no café da manhã. Eu sou uma pessoa estranha, parece que o ovo não mata a minha fome, eu prefiro comer bife. Não é sério, eu como o ovo e fico com fome. Mas o que eu faço? Eu como bife. Você pode comer ovo se você gostar, você pode fazer o bife. Gente, você jantou, você acordou de manhã, tem um caldo na tua geladeira, um caldo de carne, esse aqui mata fome. Então eu pego esse caldo, quebro mais um ovo dentro,
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super sacia, mas você poderia pegar qualquer proteína. Ah, Jânia, mas eu não quero comer proteína. Posso comer fruta? Então, o diabético, ele deve entender o seguinte. Você tem intolerância a açúcar e não importa a fonte dela. Então, só para o pessoal entender o que é o açúcar. O açúcar de meso, né? Eu tenho ali duas moléculas que eu tenho, a frutose e a glicose, juntas, né? Vai formar a sacarose, que é o açúcar de meso.
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Beleza? Então, observe que o açúcar de mes ele é metade frutose, que é o açúcar que a gente vê na fruta, e metade a glicose. Então, se eu tenho, por exemplo, o mamão, vou começar o dia comendo o mamão, a frutose ela é açúcar, a frutose ela não vai levar tanto assim a glicemia do diabético, mas ela vai estimular o acúmulo de gordura no seu fígado. Então, não é interessante para você. E se você junta, por exemplo, o mamão com a aveia, a coisa tá mais pior ainda.
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Então, se você for comer fruta, você vai ter que escolher uma fruta que tenha mais gordura, mais fibras, mais nutrientes em si do que o açúcar propriamente dito. O abacate, por exemplo, ele é interessante. Então, eu já mostrei nos meus stories, o café da manhã, eu gosto de abacate só com sal. Eu estava respondendo a alguns seguidores ontem, aí a pessoa perguntou isso pra mim. O que é o café da manhã? Alguém falou, vamos comer ovos com sal e limão. Eu falei, gente, eu gosto de ovos com sal e limão.
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Eu não sei, mas essa é comida para nutricionista. Não, gente, não é isso. Não existe comida. Então, vou usar uma frase do solto, né? Não está escrito nas leis de Moisés que tem que comer o sapão no café da manhã. Não tem isso. Então, você pode comer o queijo. Dá para fazer combinações interessantes. Agora, uma vez, o que o diabético precisa? Entender o que é o açúcar, que o açúcar não está só no açucarero, tá?
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Porque, conforme eu expliquei pra vocês, a sacarosa e o doce açúcar, se eu tenho, por exemplo, o amido, a capioca, ela é um polímero de glicose que você vai comer, que vai levar a cor de semia, tão quanto o açúcar de mesa, às vezes até mais. Então, uma vez que você compreende isso, sobra todo o restante. A gente não come só o carboidrato. Nós temos três grupos alimentares. É o carboidrato, é a proteína.
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e a gordura e eu não quero nem demonizar o carboidrato. Sabe por que André? Vou te contar porque assim o problema do carboidrato hoje é que a maior parte dele é o carboidrato industrializado. Na nossa evolução a gente comia, mas peraí gente, não tinha batata todo dia também para comer. Então a gente comia eventualmente para a gente conseguir encontrar uma batata. A fruta também era fruta da época, né? Tinha que esperar, tinha e acabava. Olha só como a natureza é linda.
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a gente tem comida agora faz jejum, só que nada, tudo isso mudou e mudou drasticamente de uma hora para outra. Então se você tem diabetes e você precisa emagrecer, eu vou falar assim, o melhor remédio para o diabético, Jepelocarb, associa isso com o jejum. O jejum, meu amigo, é um detox assim fantástico que eu recomendo que eu trabalhe com meus pacientes diabéticos porque no perigo de jejum…
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É como se lembra aquele período de churras, de muitas churras aliás, de tempestade e aí você tá comendo anos após anos, de repente você começa a se andar um momento de descanso pro teu corpo, o teu pâncreas, o teu fígado. Então o fígado muita vez tá ali cheio de gordura, tá com grau 3, tá tá. Então você começa a fazer um jejum ali bem planejadinho com a dieta adequada.
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você vai ver o quanto que a tua saúde começa a melhorar. E eu vou chamar a atenção até mesmo para as crianças. A minha filha, por exemplo, antes de ir para a escola, eu faço para ela bife com linguiça, porque ela adora linguiça. E aí eu junto os dois. Eu tenho bife com bacon. Mas ela come isso. A minha filha tem 11 anos, ela não tem diabetes, ela é magra. E ela vive contando o quanto que ela tem clareza, metálica, consegue se concentrar na sala de aula.
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Então comida de verdade, a gente está falando pro diabético, mas é pra todo mundo, né? Porque se a gente, já pensou André, eu não tenho diabetes, mas já que eu tenho saúde, então eu vou sair por aí comendo qualquer cosa e não quiser. Tá bem, né? Você vai, eu tenho o chance de desenvolver resistência esculínica, como eu já tive resistência esculínica. Eu nunca fui diabética. E aí eu quero falar um assunto legal contigo, André, porque assim, comida de verdade é bom? É.
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Mas lamentavelmente até a comida de verdade as pessoas têm comida em excesso hoje. Tem gente que pega uma panela de arroz e come. Tem gente que pega um pratão de batata, é mais difícil, mas come. Faz um purê, junta purê com manteiga, com creme de leite. Tudo isso é comida de verdade. E houve um tempo pessoal, e por que? No meu próprio Instagram, né? Eu fico ali pisando no freio.
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Às vezes dentro da nossa comunidade, não, comida de verdade não engorda, não adoece, mas gente vou falar pra vocês. Devido ao meu estilo de vida, a forma como eu cresci, eu nunca fui muito… Eu não gosto de pizza, tá sendo uma compiça, porque eu não gosto mesmo, não gosto, não adaptei, não tenho um paladar pra isso. Mas assim, eu gostava muito de arroz, de feijão, aqui quem tá no Nordeste ama pirão, né? Pirãozinho ali. E aí faz um… Acho que um cinco.
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seis anos que minha insulina chegou a dar 14. Aí eu também uns susto, eu falei, como assim? Para tudo, né? Insulina de 14, Jos, o que que tá acontecendo, né amiga? Aí eu fui fazer, rapaz, eu tô comendo carboidrato demais, mesmo sendo da comida de verdade, porque não é que o carboidrato seja ruim, mas é a gente que come excesso. A composição do prato é feita muito de forma errada.
52:05
Por exemplo, se você vai montar seu prato, as pessoas começam montando arroz, queijão, carolka salada e um bifinho da palma da mão. Mas não deveria ser assim. Você deveria começar montando o seu prato pelo mais importante, que é quem? É a proteína. Então, diferentemente do carboidrato, que a única função dele é fornecer energia para as células e as células não usam energia só do carboidrato, tá? Na uso de carboidrato nós vamos… Aliás, as diretrizes nutricionárias, elas dizem que…
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O limite inferior de carboidrato compatível com a vida é zero, desde que você ofereça os nutrientes essenciais adequados ali, os macronutrientes adequados, que é o que? Gordura e proteína. Então, você não está comendo o carboidrato, você vai dar para o seu corpo essa fonte de energia que é a gordura. E para quem está com esteatologia pátrica, para quem está precisando emagrecer, é muito mais eficiente, porque o teu corpo vai ter a tão chamada…
53:03
flexibilidade metabólica, eficiência metabólica de queimar essa gordura que tá armazenada. Então depois que eu vi que eu tava com recense insulina eu falei não Joss para tudo. E aí você vai montar o prato como? Começa pela proteína, começa pelo menos metade do seu prato, não tem como mudar a quantidade, apermei metade do teu prato proteína. Quero comer batata e você não tem diabetes, então você vai também mandar essa quantidade, gente é sério, embora seja comida de verdade.
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Eu lembro que o meu avô andava quilômetros, o cara acho que ele merecia, ou ele também era agricultor, ele até merecia um prato de feijão com farinha depois de um dia quente no sol, trabalhando de inchada, capinando, ou então merecia depois de andar leguas e leguas tentando pegar, sei lá, lenha pra alguma coisa pra cerca, mas a gente não, eu passo o dia aqui sentada, aí eu vou querer na hora do almoço comer o mesmo tanto de carboidrato, por exemplo, que o meu avô que andava o dia inteiro.
54:02
eu vou guardar, né? E aí isso falando para quem não está diabetes, mas para o diabético, se você já tem diabetes, aí então vou cortar o pão francês e eu posso comer a batata, não vai ter diferença, porque teu metabolismo já está muito alterado, já tá doente, já tá inflamado. Então respondendo aqui a pergunta da pessoa que fez, qual que é o impacto positivo da dieta? Se você tira o macronutriente que essa pessoa não tolera…
54:31
A tendência é a gente conseguir controlar esse diabetes e fazer a doença andar para trás. Entrando aqui no tema da nossa live. Eu ainda tô falando demais? Não, pode seguir. Eu só queria pontuar uma coisa, tá? Porque assim como a Josy falou, eu concordo 100% com ela, não é demonizar carboidratos. Inclusive, ela falou trocar o pão pela batata, cara, pro diabético não vai fazer diferença, mas é claro que a batata tem uma qualidade muito melhor do que o pão, muito.
54:59
Ninguém adoece ou engorda, naturalmente, só porque come batata, mas o pão, ele não sacia, ele não nutre, tá? Ele é processado, tem, enfim, tem muito glúten, mesmo pão sem glúten, tá? O fato de ser processado, ele tem um impacto metabólico diferente da batata, tá? A espécie humana não comia batata. E Josi, só um ponto, tem uma questão interessante aqui que a Maria comentou. Olha só, arroz é comida de verdade, mas no meu caso, ativa a minha compulsão e eu não tenho limite pra comer arroz, por isso prefiro não comer.
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perfeito e eu queria só pontuar isso, autoconhecimento é fundamental. No entanto, olha só que curioso, esse comportamento compulsivo ele é desenvolvido muitas vezes como gatilho por conta de uma dieta equilibrada também, uma dieta flexível, essa comilância de carboidratos refinados. Você começa a desenvolver certas questões compulsivas e até carboidratos de comida de verdade são gatilhos para isso. Porque se a gente voltar duas, três gerações.
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até povos caçadores coletores da atualidade, índios por exemplo, que não têm contato com substância alimentícia, cara, eles não têm compulsão por batata, não têm compulsão por frutas, tá? Isso é desenvolvido quando a gente se envolve muito, tem essa experiência com comida de mentira, processados e ultraprocessados, e aí até a comida de verdade em muitos casos é preciso ter uma atenção especial. Inclusive a gente fez uma live aqui recentemente sobre a saúde, a compulsão,
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Muito, muito, tá? Então uma dieta cetogênica, por exemplo, ela pode ser utilizada como ferramenta adjuvante também nessas questões comportamentais. E aí foi muito bom você relatar isso, tá, Maria? Pronto, Josi. Fale, você quer falar agora da cura, é isso? Da remissão? Sim, e o que a Maria falou é justamente o que eu tinha falado antes, que arroz é comida de verdade, mas tem gente que às vezes pega na panela e come e coge.
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o lance da batata, só um lance aqui. Batata para quem tem diabetes. Veja, quando a pessoa ela está disposta a alcançar um algo mais pessoal precisa fazer um esforço maior. Então se você quer alcançar a emissão do diabetes, o que eu diria para você? Evita tudo aquilo que estimula a tua glicose e a tua insulina.
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tudo aquilo que machuca o teu corpo. Ah não, mas eu tô tranquila, eu só quero assim, tomar o meu remédio e comer tudo que eu quiser. Porque a gente tem que ver o seguinte, que ponto é que você tá, de onde é que você cai? Porque nem todo mundo também, André, tá disposto a alcançar a remissão. Essa é a vida de verdade, né? Tá disposto a pagar o preço caro, né? Tá disposto a pagar, né? Aí que sobre essa questão do diabético, né? A cura do diabético. É possível curar?
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Então, assim, o que a gente consegue? A gente consegue fazer a doença andar para trás. Prometer cura é algo meio, assim, controverso, porque, assim, a pessoa, ela consegue fazer a dieta, ela foi para a academia, ela ficou linda. Aí os exames dela, está lá clicada, 5,4 e tal, e tal. Daí quase, só que a pessoa pensa o seguinte, ah, está bem, estou curada. Já que eu estou curada, posso voltar lá naquele bazinho, encher a barriga de cerveja, posso comer e voltar.
58:17
a comer batata frita, porque não é isso que já adoeceu. Então você vai desenvolver tudo novamente, pessoal. É que nem o nosso salário. Eu vou ter rendimento, sabe, quando eu estiver trabalhando. Para a gente trabalhar, alguém vai te pagar? Não vai. Então não adianta achar que você vai colocar o diabético em emissão, aí você vai voltar aos velhos hábitos e que não vai acontecer. Você vai voltar, tem chance de você ficar diabético de novo. Você quer falar? Não, a gente vai responder às perguntas aqui e…
58:47
Josi, tem dois pontos que eu queria mencionar aqui. Tem uma aluna minha de um programa que chegou lá diabética, enfim, a glicose em jejum estava quase 230. Em poucos meses, ela tomava três remédios, tomava insulina várias vezes ao dia. Em dois para três meses baixou muito e a glicose em jejum estava 98. Então podia melhorar. Ela foi para médica, para endócrino. A endócrino fez um drama dizendo que ela estava com hipoglicemia.
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que não podia tirar a insulina, que ela precisava comer mais carboidratos por conta da insulina. Olha só que bizarro. E, cara, isso é comum, Josi, a gente vê médicos fazer isso. Parece que quer cultivar, não é o paciente, é o cliente. E aí eu quero trazer um outro ponto, tá? Recentemente eu vi uma live da Josicom a doutora Gabi, que foi fantástica, e ela também mencionou um caso de, eu não sei se foi um nutricionista ou um endócrino, que recomendou fazer para um diabético.
59:45
Eu não vou exagerar, isso deveria ser crime, tá? Deveria ser crime, porque o diabetes ele evolui para a amputação, para a cegueira e para outros problemas e o diabético ele tem intolerância à glicose, a aveia vai levar glicose. Assim como o endócrino que eu falei aqui também recomendou comer mais carboidrato de pão, mesmo sendo integral vai levar glicose. Cara, se o objetivo é tratar…
01:00:07
Assim como a Josi falou, é possível que a doença entre, ande para trás, ou seja, é possível que o diabético tenha glicose normal e pare de tomar qualquer medicação que seja, é possível. Se vai curar ou não é perigoso, porque se voltar aos hábitos de antes tudo volta. Mas cara, a alimentação tem um impacto muito importante e eu queria saber a tua opinião sobre isso Josi. No caso da minha paciente é uma senhora de 90 anos, hoje ela está muito bem controlada graças a Deus, mas ela chegou para mim uns 45 dias atrás.
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com uma glicose bastante alta, segundo a filha dela tava a 300, algo do tipo, e a endócrita não tava pedindo pra deixar de comer alimentos de origem animal, porque prejudicavam o diabetes, e que ela deveria comer aveia como fã de proteína, né, que é de chorar pra gente, mas né, de chorar. E não é à toa que, gente, ela tá com o libre no momento e a glicemia dela mais alta que deu uma 140. Claro que eu mudei tudo, né? Claro que eu tirei a aveia, tirei tudo, ajustei.
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E o que mais chamou a atenção nesse caso, para mim, é que essa senhora, segundo a filha dela, ela vivia assim, ela sentava na mesa e faltava dormir, ela não tinha nenhum tipo de disposição para nada. E ela agora, recebi vídeo dela no Pilates, ela está conseguindo vestir a roupa sozinha, ela está indo, até a louça ela chegou a lavar. Então assim, 90 anos de idade. Será que o que falta muitas vezes é a gente enxergar…
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o nosso ser humano, de enxergar a pessoa. Então, se entra alguém na sala do profissional e ele não enxerga, então ele vai dizer o quê? Ah não, você vai tomar insulina e comer muito carboidrato, será que aquilo que esse indivíduo quer para a vida dele?
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Quem tá na live, gente, o diabetes não é uma doença que causa hipoglicemia. Diabetes não causa hipoglicemia. Diabetes causa é uma doença de glicemia alta. Agora, qual que é a questão aí? Se o paciente até é como se fosse um ciclo vicioso, né? Uma dieta ruim, ela faz com que esse paciente necessite de uma dose alta de medicamentos ou de insulina. E muitas vezes também o medicamento ruim é o ciclo. Ele faz com que…
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E aí você, de repente, tá, a menstruação começa e você deseja remissão no diabetes. O que a gente espera? Que o profissional, que o nutricionista, que o endócrino logístico enxergue o paciente e respeite isso. Eu costumo falar que essas decisões estão muito mais relacionadas com o próprio profissional do tipo assim, muitas vezes a pessoa não se vê deixando de comer eternado o alimento e ela julga que a outra também não é capaz. Perfeito. Né? Mas…
01:02:55
aquilo que eu falei. Eu sempre empato do princípio que o ser humano ele é capaz de conseguir qualquer coisa que ele quiser. Prioridade, o que é importante para você? Gente, quem está nessa live, pelo amor de Deus, sabe que pensando no seguinte, não é sobre proibido ou permitido, é sobre escolha. Eu escolho comer saudável, eu escolho ter saúde, eu
01:03:25
Aí a pessoa perguntou sobre a cicatrização do diabetes. O que que incomoda mais, gente? Uma ferida aberta no pé, doendo muitas vezes ou você ter que não comer quatro bolachinhas no panzinho. O que que importa mais para o ser humano? Então o que falta aí é a necessidade de nós profissionais enxergar o paciente e respeitar
01:03:55
O que que ele quer? Obviamente também que tem pessoas que eu repito, que vão dizer, eu já tive paciente e falo, olha Josu, eu entendi, mas assim, eu não estou disposta a abrir mão e a gente respeita, porque nós não somos ditadores, mas a informação ela tem que chegar. Você tem o direito de saber qual que é o melhor tratamento para o diabetes, aí cabe você essa tomada de decisão, juntamente com o seu personagem, dá para a gente ocultar, porque hoje a informação sobre o glaucarbo ela ocultada.
01:04:23
Existe um preconceito muito grande com a dieta. E low carb é uma dieta recomendada pela ADA, que é a Associação Americano do Diabetes, pela Europeia, pela Canadense. Então, gente, nós não estamos falando aqui de uma coisa que não tem evidência, não é uma coisa que saiu da nossa cabeça. Na verdade, segundo a ADA, a dieta low carb pode ter benefícios até superior a refébios, e a gente vê isso na prática.
01:04:49
Então, qual é o remédio que vai levar você a ter remissão do diabeque sem mudar a dieta? Nenhuma. Mas a gente tem uma dieta que, dependendo da pessoa, do diagnóstico, ela consegue fazer com ter a remissão do diabeque sem tomar remédio. Olha só, isso em efeitos colaterais. Você não tem que gastar muito para isso. É comida de verdade. Você tem que fazer o quê? Você tem que querer. Aí tem que querer. Porque se você não quiser, aí você vai ficar no banco…
01:05:17
né, se vitimizando, coitado de mim que não posso comer pão, coitado de você nada, você tem diversas coisas pra comer. Então eu digo assim, o André, eu tenho até um termo de compromisso pro meu paciente, você quer se comprometer? É contigo mesmo. Porque a gente tá vivendo no mundo, André. Que as pessoas se ofendem com qualquer coisa. Que a pessoa chega no meu Instagram e se ofende porque eu falo pro diabético que ele não pode comer. A veia? Ah, mas coitado, mas a veia é um bom alimento. Mas pra quem que a veia é bom? A veia é bom pra quem?
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Para o diabético? Para o diabético não. Então, as pessoas se ofendem como qualquer coisa. E, gente, vocês precisam não terceirizar 100% o tratamento de vocês. Não importa, você não deve entregar a sua vida, confiar que está aqui, é tua. E muitas vezes o que o diabético quer é uma desculpa para comer. Aí eu vou lá, né? Se as outras falarem que pode, eu posso comer. Então, aí, mas o meu endóctono falou que eu posso colocar…
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açúcar mas calma no café já tem a curiosidade de testar se realmente você pode porque o corpo né o metabolismo que tá sendo machucado é o teu né da tua idóquia. Perfeito olha só e só para trazer uma experiência real tá tudo é esforço e tudo é prioridade eu não sei se Josi sabe se para quem tá aqui sabe mas eu fui obeso né lá em 2013 eu tava obeso e cara
01:06:41
sendo bem sincero, eu tinha vergonha do meu corpo, eu não tirava a minha camisa na minha própria casa, eu não me sentia bem, eu tinha medo do meu futuro porque eu tinha acabado de me tornar pai, então eu decidi melhorar o estilo de vida. Desde 2013, José, janeiro de 2013, eu não como nenhum pão, não tomo refrigerante, nem como macarrão. Cara, ao longo do tempo, se eu tivesse feito essa sessão, ia ter problema? Provavelmente não. Mas assim como a Maria apontou aqui, o caso de despertar um gatilho compulsivo com arroz…
01:07:07
Eu concordo com a Josy quando falou que não existe ex diabético, se você voltar ao mesmo estilo vai voltar. Eu não sou ex obeso, se eu voltar ao mesmo estilo eu vou voltar a tudo de novo. Então é um preço que eu assumi o risco, eu me esforcei pra mudar. Desde 2015 eu não tenho asma, não tenho dor de cabeça, não tenho enxaqueca, não tenho gripe, alergia, nada disso, sem remédio.
01:07:30
Se eu come esse pão refrigerante e voltar, provavelmente não, se fosse um momento pontual, cara, mas eu sei que aquilo estava associado a uma forma que eu tinha de me sentir mal, angústia, vergonha, frustração. Então é um preço que se paga, o diabético, como falei aqui, cara, mais de 12 mil amputações. Eu tenho certeza que todos ou quase todos, se soubessem que poderia prevenir, deixando de comer alguns alimentos, como a gente está falando aqui, os processados e os ultraprocessados, eles fariam. Então é uma escolha, alguns não estão dispostos a abrir mão e está tudo bem, é uma escolha, mas o risco é alto.
01:07:59
Então, é tudo esforço, é prioridade o que você quer para a vida e não é para a vida agora, é para a vida no envelhecimento com qualidade, né, Josi? E aí eu quero trazer um ponto, tem a Rosiene perguntou aqui. Doutora, diabetes é hereditário? Pois é, uma das coisas que eu costumo falar é a seguinte, as pessoas elas herdam doenças, porque muitas vezes elas herdam os mesmos átidos alimentares, elas herdam tudo.
01:08:28
São os nossos pais assim, embora, né, tenha assim esse lado do gene ali, o que acontece? Você não tá condenada pela fosgenética a ser diabética, tá? Então, o que você precisa fazer? Claro que em alguns estudos, né, de filhos adotivos, por exemplo, aqueles filhos que tinham pais diabéticos tinham a maior predispolição a desenvolver o diabetes. Mas, observem pessoal que…
01:08:56
Essa questão, como eu posso falar, do gene é um gatilho. Então, para a doença se desenvolver, você precisa oferecer ali um ambiente propício a isso. O que você faz? Ah, minha família toda tem diabetes. Então, será que você está fazendo os mesmos hábitos que essas pessoas estão comendo? Você está vivendo de igual modo que a sua família? Sai desse ambiente, troque a sua alimentação, vá fazer uma atividade física, durma bem.
01:09:26
controle o estresse, você vai ver que você não necessariamente tem que desenvolver o diabetes. Então assim, tenha parte hereditária, mas não necessariamente tem que ser hereditária, certo? Faça a sua parte bonitinha que você não tá acontenado a ter diabetes porque tá… Ninguém pode mudar a genética, né gente? Genética não é coisa que ninguém consegue mudar, mas eles conseguem mudar o estilo de vida e com isso mudar o nosso futuro, certo? Doutor Zeneto faz uma postagem, enfim, com uma certa frequência, que é exatamente sobre genética.
01:09:56
Ele fala que é como se a genética fosse a arma, mas é o estilo de vida que impus o gatilho. A genética vai te dar uma predisposição, mas não é uma sentença. A sentença vai ser como você conduz o seu estilo de vida. E aqui no Instagram, Josi, tem uma pergunta da Raquel. Qual é a diferença entre índice glicêmico e carga glicêmica na importância para o diabetes? Pronto. O índice glicêmico, ao quão rápido aquele alimento vai levar à flagrissimia…
01:10:24
E a carga é basicamente a quantidade de carboidratos. Espera aí que a minha voz faltou. Deba uma aguinha. A carga, né, a quantidade de carboidratos ali como o outro. Gente, na prática, pra quem tem diabex tipo 12, isso influencia no tratamento e na remissão? Não influencia, não se iluda, não se iluda, certo? Tudo bem, vamos pegar aqui a melancia. Ela tem um índice glicêmico alto.
01:10:51
Mas ela tem muita água e ela tem uma carga baixa. Aí você… beleza. Agora vamos pensar, por exemplo, em alimentos que tem… pensar aqui pelo lado do índice glicêmico. Tem alimentos que tem um índice glicêmico que não é tão alto. O pão integral para algumas coisas. Aí você vai comparar ele com o próprio índice glicêmico na glicose. Não… é quase a mesma coisa, não muda muito. E aí o diabético, ele pega de repente um alimento desse e aí ele vai fazer o quê? O Tachia.
01:11:19
botar veia, botar linhaça para tentar baixar o índice glicêmico. Só que você não está mexendo na carga, a quantidade é a mesma. Aquilo que eu falei com o André, se você quer alcançar um bom controle do diabético, reduzir dose medicamentosa e alcançar remissão, não se empreenda a isso. Isso são coisas que sinceramente no meu constrói, eu aprendi na faculdade, índice, cargo pessoal fala muito por aí, mas na prática isso não vai te ajudar a reverter o diabético.
01:11:48
Josi, você está em Fortaleza? Estou em Fortaleza. Olha só, deixa eu só dar um outro exemplo. Vamos supor, eu estou em Recife. Eu acho que de ônibus dá umas 12 horas de viagem. Vamos supor que no ônibus cabem 100 pessoas, tá? Então o ônibus vai sair de Recife para Fortaleza. Não importa se subirão 500 pessoas no ônibus logo no primeiro ponto em Recife ou se vão ser fracionados. A velocidade com que as pessoas entram nesse ônibus seria o índice glicêmico.
01:12:17
a carga glicêmica ao total de pessoas. Uma hora vai estourar, vai dar ruim. Para o diabético, isso é importante, os dois, mas a carga também não adianta colocar chia, tentar diminuir esse intervalo da glicemia a aumentar, porque uma hora nesse ônibus vai estourar, não vai caber as pessoas. E o diabético precisa ter uma atenção especial a isso demais, né, Josinha? Exatamente. Então, a recomendação maior que eu vejo é, põe chia porque baixa o índice glicêmico. Come tapioca com ovo.
01:12:46
baixo índice glicêmico um pouquinho, baixa gente, mas o carboidrato fica ali, a glicose, ele vai ainda fazer mal para o diabético do mesmo jeito, certo? Aí o André falou algo legal assim, o lance do comer pontual, o diabético, né, assim, o problema às vezes é que as pessoas elas não querem comer de forma pontual, André, elas querem comer todos os dias, né? E ainda no lance do pontual, vamos lá, ai não, mas é porque elas pensam o seguinte,
01:13:16
não, mas eu comi hoje pão, então uma noite eu posso comer o cuscuz e a tarde eu posso comer tapioca, porque é só agora, é só agora, porque ela tá olhando pro nome do alimento ali, né? Só que o diabético ele tem que prestar atenção na quantidade realmente do carboidrato que tá sendo ingerido, que independente dessa fonte, né? Isso aí vai impactar na sua saúde. Então, por exemplo,
01:13:42
Não quer dizer que em uma dieta low carb de fato você nunca mais possa comer um pão. Por exemplo, de novo, na minha rotina, na minha casa, a gente tem um dia no mês que a gente tem uma refeição livre e a gente pode escolher o que a gente quer comer. Não é um dia livre, é uma refeição livre. Que às vezes eu combino isso com alguns pacientes. Na maior parte do tempo você precisa, você que tem diabetes, precisa comer…
01:14:08
alimentos com baixo carboidrato. Esqueça a história de índice, de carga, se você quiser ter resultado de verdade, certo? A mesma coisa serve para a contagem de carboidratos para quem tem diabetes O2. Não vai ajudar em nada, mais atrapalha do que ajuda, porque você vai estar se iludindo, achando que está tudo bem e o diabetes vai muito além da glicose no seu sangue, glicose alto ou glicose baixo. Muitas vezes a sua glicose
01:14:38
tá baixa porque ela tá sendo ali como eu posso falar, meio que uma maquiagem. Tem uns remédios no mercado que eles baixam a glicose e até baixam a glicada, porém pessoal, eles não reduzem o risco cardiovascular. Então baixar sua glicose de qualquer forma tem diversos estudos que demonstram que isso aí não é o melhor caminho. Quando eu penso em tratar o meu paciente diabético…
01:15:05
O que eu quero? Quero tratar você de forma que você não tenha infarto, que você não venha ter AVR, que você não tenha complicações da doença. Quando você também recebe uma orientação de uma dieta, então você não deve pensar só naquilo que você consegue ver. Tem que ver se a resistência insulínica está sendo de fato tratada, certo? Caso contrário, você vai ter uma diabetes controlada.
01:15:31
Mas vai estar cheio de complicações, que é o que eu vejo muita gente por aí. Então cuidado com essa história. Ah não, contagem de carboidrato é excelente para quem tem diabetes tipo 1, que a pessoa vai ter que manipular ali a dosagem. É crucial um tratamento até para quem quer. É crucial na verdade, porque tem que aplicar direitinho, tem que contar tudo até. Nem só o carboidrato. Mas o diabetes tipo 2 não. Não podemos confundir o tratamento. As doenças elas tem características, não é?
01:16:00
iguais que a glicose alta no sangue, mas a causa, o tratamento, a dieta deve ser diferente para cada caso, tá certo? E aproveitando o gancho, uma low carb cetrogênica também, as duas são excelentes estratégias para o DM1, da diabetes tipo 1, porque deixa muito mais fácil o controle do carboidrato. Inclusive a gente vê, não sei se em jogo tem algum paciente DM1, mas numa teste low carb tem vários atletas DM1 que melhoraram muito a questão do controle.
01:16:30
a com acetogênio e quilocar. Quer comentar algo, Josico? Não, é verdade. O diabetes tipo 1 é uma ótima estratégia, né? Aliás, o diabetes tipo 1 é um pós-fome para ser tratado como diabetes com o low carb. No entanto, eu hoje só trabalho com diabetes tipo 2. Por que eu não trabalho com diabetes tipo 1? Geralmente, a criança e eu não tem uma boa abordagem com essa galera. Então, mais para os adultos mesmo, gente. Josico, tem uma pergunta aqui.
01:16:56
Ah, no Instagram. Diabético, pode comer farinha de amendoa e linhaça num bolo? Pode, com certeza. Dá pra fazer, sim. É uma ótima farinha, tá? Pra fazer panqueca, pra fazer empanados. Realmente, a farinha é essa. Farinha de coco, a farinha de linhaça, farinha de amêndoas, pode usar o cílio. Tem uma farinha que é bem interessante, a farinha de frango que a gente faz, tipo, farinha de frango. Adoro. Dá pra fazer um pão gostoso com farinha de frango. Então, sim, tá? No caminho certo.
01:17:26
Mônica, tenho diabetes tipo 2, amo maçã e banana, o que você me diz? Que você vai, nesse caso aí, prestar atenção na tua resposta, certo? Porque assim, dependendo do tipo de diabetes, cada pessoa também vai ter uma sensibilidade à insulina ou dependendo do quanto você precisa emagrecer, como é que tá esse controle. Agora quero comer maçã. Se tu der uma mordida na maçã, não vai impactar muito.
01:17:53
Então, às vezes eu falo o seguinte, quer comer fruta? Primeiro não come de estômago vazio, tá? Porque aí você vai estar fazendo, dando ali uma quantidade de carbo que vai ser absorvido mais rápido. Vai comer isso aí por um sobremesa, de preferência depois do almoço. Uma estratégia legal pro diabético comer fruta é põe na salada. Então você pode fazer uma salada de repolho, entendeu? Coloca o mazente, coloca abacate, coloca um pedacinho de maçã.
01:18:20
pedacinho de abacaxi. Eu tenho muito cuidado quando eu vou dizer que o diabético vai perder as frutas doces. Gente, as frutas elas não são iguais. Tem fruta que tem muito carboidrato e que também vai atrapalhar. Não é que você vá ficar diabético com o meu fruto, pelo amor de Deus, mas se você tá já com uma glicemia alta, vamos pegar um exemplo do meu copo, né? Tá metade. Se ele tivesse cheio, se eu botar mais um pouquinho ele vai transbordar, vai derramar. Então assim…
01:18:49
Depende muito do paciente o lance da fruta. O paciente está bem controlado. E aí ele quer comer uma quantidade, ou uma maçã, quer comer uma banana. De repente deu pra ti. Por outro lado, se eu pego um indivíduo que está com uma glicada, que acontece muito. De 9, de 12, uma glicose de 400. Eu não vou deixar o meu paciente comer banana, eu vou orientar pra ele não comer. Não come agora, espere esvaziar um pouquinho os estoques, espere controlar essa glicemia.
01:19:17
Banana é uma unidade inteira, então assim, você está com muita vontade de comer, pega essa banana, fatia na carne moída, dá metade para o filho, metade para o marido e come um terço. Então divide aí para atrair essa banana, só um pouquinho dá para matar a vontade. Então assim, o que o diabético precisa compreender? Nesse caso é a quantidade de conta. Fruta também tem água, fruta também tem fibra, mas você vai evitar comer de estômago vazio.
01:19:43
E dependendo, o que eu vou falar dependendo? Porque tem alguns pacientes que põem o livre. Só deve conhecer o livro, o sensor. E aí, às vezes tem uma subida e eu digo, o que aconteceu? Aí a pessoa diz, ah não, porque eu já decidi colocar um pedaço de tal coisa. Então depende muito da sensibilidade de cada pessoa. Você está curioso? Será que eu posso comer? Vale a pena você investir no medidor, no medidor contínuo de glicose livre, e você colocar e você monitorar, entende?
01:20:12
Ah, eu comi só metade da maçã e não impactou muito, tá tudo bem. Eu fiz o que a gente falou, eu coloquei salada, eu coloquei azeite, beleza, então tudo bem. Em contrapartida, você pode comer, pode subir bastante, porque o corpo muda a subida. É que se essa glicose sobe e duas horas depois ela permanece alta, isso é prejudicial. A gente fala assim, vamos lá, de novo, o carboidrato vai levar glicemia de todo mundo? Se eu comer…
01:20:38
batata, se eu comer o pão com o livro, eu vou ver se subiu, só que não tem uma resistência insulínica, né? Rapidamente o meu pântas vai conseguir dar conta ali daquela carga, daquela quantidade de carboidrato que entrou. Mas se é um diabético, o problema é esse, é que os teus receptores de insulina, as células estão resistentes, essa glicose vai ficar alta por muito tempo, é daí que vem a tua hemoglobina glicada alta. Quem é que vai impactar na hemoglobina glicada? A glicose de jejum impacta? Impacta, mas vamos lembrar também do férmão de alvorecer.
01:21:07
Às vezes a glicose de jejum está alta e você sabe que está dormindo. Então você acordou com uma glicose alta. O fígado produz glicose enquanto a gente dorme. Gliconeogênese. E aí tu acorda e tal. Tu acordou com uma glicose de 150. Aí tu foi lá e comeu um lanche com muito carboidrato. Fez uma crepioca. Tu botou tapioca, tu botou ovo, tu botou outra coisa. E aí no aparelhinho tu viu que ela foi de 50.
01:21:36
Por exemplo, para 220, duas horas depois ela tá lá. Então, tu vai ter que aumentar a dose de remédio para tentar baixar. Ou então, tu vai ficar com ela alta. E se vai fazer hemoglobina glicada, ela vai estar alta. Então, eu quero baixar a minha hemoglobina glicada. O que é que eu faço? Você vai ter que prestar atenção na sua glicemia pós-prandial, certo? Ela impacta muito lá no resultado fulglicado. E se você…
01:22:01
fez o café da manhã errado, aí do almoço vai só subindo, só subindo, aí você chega no dia com ela seis vezes e tal, você tá alguém na live aqui, então você vai começar a prestar atenção em cada refeição que você faz, tá certo? Claro, é como se fosse assim, cada refeição vai jogando um pouquinho de água até que vai enchendo, pode encher ou pode não colocar nada. Então na alimentação low carb, eu tenho um
01:22:31
ela não deve subir mais que 40 pontos. Então assim, você tava com 100 e você foi almoçar. O ideal é que não passe os 100 e 40. Meus pacientes ficam aí, vamos colocar em 100, geralmente sobe de 10 a 15 pontos a refeição que oriente pra eles. Então assim, se o paciente comeu e aí subiu 100, 200 pontos, então isso significa que você tá comendo uma quantidade de açúcar que teu corpo não tá conseguindo metabolizar.
01:23:01
Tá certo? Perfeito, pra gente encerrar já deu nossa hora, cara. A gente ficaria umas 4 horas aqui falando sobre isso, tem muita coisa. Inclusive a gente nem falou de jejum, né? Isso aí já fica um gancho pra gente falar talvez numa outra oportunidade sobre o jejum pra diabéticos, tá? E que não é perigoso, que ajuda no processo no contexto adequado, tá? Enfim, só pra gente encerrar, Josi. Tem uma pergunta da Emanuele. Descobri recentemente que tenho diabetes. Estou bastante perdida.
01:23:30
Quais são as recomendações que você pode fazer nesse primeiro momento para ela, Isabelle? É, você acabou de receber o diagnóstico, você provavelmente não sei se tomou algum remédio, você não tomou nenhum remédio, então você pode já iniciar, né, fazer uma dieta de baixo carboidrato. Você vai justamente pegar nossas recomendações aqui, evitar pão, evitar batata, evitar… Não precisa entrar em desespero, porque como a gente falou, diabetes…
01:23:58
Dá pra controlar, dá pra ter remissão, não tem que pensar, meu Deus, eu vou ficar cego, não vai ficar. É só você realmente começar a fazer uma atividade física. Então, a atividade física de força, musculação, ajuda muito porque você vai aumentar a quantidade de músculo, né? E o músculo é uma célula vazia, vai te ajudar a baixar os seus estoques de glicose alto no sangue, certo? Então, comer a comida de verdade no sentido assim. Pra quem tem diabetes…
01:24:25
Não é só dizer, comam comida de verdade. Como a gente falou, batata também é comida de verdade. Você vai escolher os vegetais de baixo a mida. Como regra geral? Evita as batatas. Batata inglesa, aipim, macaxeira, batata doce. Batata doce, que muitos diabéticos são orientados a comer. Porque tem menor índice de inserir. Não vai nessa onda, eu já falei. Então você vai escolher todos os vegetais, exceto as batatas. Cenoura pode? Para quem tem diabetes, eu não restringe.
01:24:53
Então, e beterraba roxa? Tem uma confusão muito grande entre beterraba roxa e a beterraba do açúcar. Vamos ver. No Brasil, o nosso açúcar vem da cana. Nos Estados Unidos, o açúcar vem do xarope de milho, do milho. Na Europa, o açúcar vem da beterraba branca. Não é da beterraba roxa. A beterraba roxa tem em torno de 6,4 gramas de carboidrato líquido. Então, ela parece muito com a cenoura. É uma quantidade pequena.
01:25:20
que dá pra fazer uma salada com uma maionese caseira. Então o que eu consigo deixar no cardápio pra dar um trazer, pra dar uma opção a mais, eu deixo. Eu restringe aquilo realmente que eu preciso restringir. Então você vai pegar esses vegetais, tirando batatas, batata inglesa, macaxeira e tal, e vai tudo isso você pode. Então pode pegar alimentos de origem animal sem medo, sem restrição, pode comer bucho, trigo, arfio.
01:25:46
coração, moela, bacon, ovos, o que você quiser. Queijos, pode comer todos os tipos de queijos, né? E você vai tentar comer quando você estiver com fome, comer até a saciedade e você precisa respeitar o seu corpo no sentido reconhecer. É fome que você tá de verdade? Você precisa emagrecer, cuidado com a questão do hábito, ah…
01:26:13
Três horas eu tinha o hábito de lançar dois pãozinho com alguma coisa, aí você vai lembrar de comer no que horário, mas será que realmente é fome? Beba água. Então faz parte do tratamento do diabetes a gente aprender a nos respeitar novamente, que se você não tá com fome, vai comer por ansiedade, você vai comer, vai com dinância e odia, vai ficar naquele ciclo, tá? Então não faz isso não. Acabou de receber o diagnóstico, agora sim, recebi o diagnóstico. E aí…
01:26:42
estão tomando vários remédios, tem que ver esses remédios porque existem remédios que estimulam a produção de insulina independente, então significa que você está tomando a metformina não causa hipoglicemia, é bom dizer isso, na englifagem, é um remédio que você recebeu só que tem um diabetes, então metformina, tá, pode fazer o local de boa, mas tem alguns remédios que você precisa de ajuste, exemplo só para entender aqui, o diami crônico, né, então remédio que ele vai estimular
01:27:11
a produção de insulina independente. Você tomou a dose do remédio e aí você começou a fazer low carb, só que o remédio vai continuar fazendo ação dele do mesmo jeito. Neste caso você precisa conversar com o seu médico para ele ajustar a dose desse remédio para você iniciar. Qual que é o correto? Diminuir o remédio, né gente? Não aumenta o carboidrato, pelo amor de Deus. Tenho esse senso para você poder discutir com o seu médico. Se você paga uma consulta, se você vai no médico…
01:27:39
Bem, você é o cliente, então você tem direito de conversar, pelo menos ela pra discutir qual que é o melhor tratamento pra você. Agora, repito, tá com o diagnóstico, não tem que ficar depressivo, não tem que desesperar, não. Procure um profissional especializado, busque ajuda, é muito importante. Eu sei que no meu Instagram, no do André, tem muita informação, mas quando se trata de tratar… quem tá saudável pode…
01:28:06
fazer de tudo, mas quem tá doente às vezes é um cuidado maior que você precisa, você tem que ter esse olhar. Às vezes a pessoa fala, a dieta loucada é muito difícil, eu não consigo, aí eu vou analisar, tem tanta coisa ali que ela aprendeu que não pode, que não chega a ser tanto assim. Então dá pra gente fazer uma dieta, uma palavra que eu não gosto muito, mas que eu vou usar, equilibrada no sentido da loucada, porque tem uns extremos, né? A gente também tá vivendo um momento que assim, carne faz mal, que tem o hormônio.
01:28:33
Os vegetais têm muito agrotóxico e a galera fica muito perdida porque daqui a pouco não pode comer nada, nem água. Então, mandaram um vídeo também que nem água eu não podia tomar. Então, é muito difícil. Você vai precisar filtrar. Seguir, às vezes, muita gente que não é profissional, porque às vezes a pessoa não é profissional, né? Ela tá lá na internet, tá dando informação e aí ela enche tanta cabecinha de vocês, vocês ficam com medo.
01:29:00
Aí a pessoa fica assim, tá bom, então só sobrou alface e gelo pra eu chupar. E não é assim. É uma dieta que é vasta, tem bastante nutriente, tem bastante comida e não é uma dieta ruim. Então eu quero falar pro pessoal o seguinte, faça, eu vou ser uma frase que eu já, já, já tá bem familiarizada com por mim, faça de cada refeição sua uma oportunidade que você tem pra fazer a boa das escolhas e para cuidar do seu corpo.
01:29:29
Da mesma forma que você não colocaria no seu carro o combustível adulterado, que nós temos critério para escolher uma roupa, um eletrodoméstico, tem a ser ainda mais criterioso quando for a sua comida. Então esse negócio aqui pode, tudo um pouco, não sei o que, será? Então assim, vou finalizar com aquela frase de Paulo que fala o seguinte, todas as coisas
01:29:58
Então tudo você pode comer, mas será que você deve comer de tudo? Será que tudo vai te fazer bem? Então assim, não importa o que o médico luta e falou, você precisa olhar pro seu corpo, certo? E ver se aquilo funciona pra você. Tá certo? Se não funcionar, não adianta insistir, certo? Uma salva de palmas para Josi. Josi, muito obrigado. E pra encerrar, deixa aqui por último o relato da Maria Simone.
01:30:28
Eu já eliminei mais de 39 quilos com low carb e jejum. Continua na batalha porque eu comecei o processo emagrecimento pesando 122 quilos e tem só 1,55m só porque eu tenho 1,84m, tá Simone? Mas é uma boa altura 1,55m. E aí, cara, não é perigoso, é saudável. E assim como a Josi deixou muito claro, low carb, o rótulo muitas vezes é que gera confusão, mas low carb é sobre comida de verdade, é o que a espécie humana sempre comeu.
01:30:55
Não existe absolutamente nenhuma contraindicação. Josi, muito obrigado pelo seu tempo, por sua colaboração. E desde já já vou deixar aqui, tá? A gente vai ter que marcar uma outra, porque tem muito assunto ainda para falar sobre estratégias para diabéticos, jejum, atividade física, a gente nem falou sobre estilo de vida de modo geral, como você pontuou sono e estresse, enfim, tem muita coisa ainda para conversar. Josi, muito obrigado, tá? Imagina o que agradeço, viu? Obrigada pessoal. Rapaziada.
01:31:24
Beijo no coração, tchau, tchau e até a próxima.