Cetogênica e Glicogênio

Se diminuirmos o consumo de carboidratos não vai comprometer a performance e nos fazer perder músculos? NÃO!

O glicogênio é a forma que o corpo armazena a glicose que é uma das nossas fontes de energia. O principal macronutriente que é convertido em glicose é o carboidrato. Há glicogênio armazenado no fígado e músculos. E, o glicogênio, é uma das principais fontes de energia para os músculos.

Parece um tanto quanto óbvio que para um ultramaratonista que corre por horas e horas, durante a atividade seu estoque de glicogênio será bastante utilizado e, por isso, precisará suplementar carboidrato para manter os estoques sempre cheios e não faltar energia. Além de ter uma dieta alta em carboidratos. Não é?

A ciência NÃO comprova essa “lógica”. 😲

Um estudo reuniu 20 ultramaratonistas de elite e triatletas (ironman) e realizaram um teste de exercício máximo e uma corrida submáxima de 180 minutos (3 horas) a 64% do VO2max em uma esteira para determinar as respostas metabólicas. Um grupo habitualmente consumia uma dieta tradicional rica em carboidratos (HC: n = 10,% carboidrato: proteína: gordura = 59:14:25) e a outra com baixo teor de carboidratos (LC; n = 10, 10:19:70 ) seguiram a dieta por uma média de 20 meses (variando de 9 a 36 meses).

Foi observado que “Apesar destas diferenças marcantes no uso de combustível entre os atletas LC e HC, não houve diferenças significativas no glicogênio muscular em repouso e no nível de depleção após 180 min de corrida (-64% do pré-exercício) e 120 min de recuperação (-36% do pré-exercício).”

O grupo LC (low-carb) oxidou a gordura corporal de 2 a 3 vezes mais que o grupo HC (high-carb).

A ciência vem mostrando que atletas de ultrarresistência podem extrair enormes benefícios ao restringir o consumo de carboidratos e, além de utilizar o glicogênio muscular da mesma forma, conseguem oxidar MUITO mais a gordura corporal.

Fonte: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26892521


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